8 de jul. de 2008

REDAÇÃO I - IMPOSTO RESOLVIDO, GESTÃO COMPLICADA

O projeto governista de criação da Contribuição Social para a Saúde, a CSS, com diferença de imposto à outra CPMF de 0,28%, garante que, a partir de agora, serão investidos 10 bilhões de reais a mais para saúde, o que, para os 259 membros da Câmara dos Deputados que aprovaram o projeto, resolverá o problema da saúde. Não é bem assim. E a gestão? Foi ou será mais bem tratada? Há planos para uma aplicação responsável deste dinheiro?
Dez bilhões de reais... A aplicação desse dinheiro se daria da seguinte forma: 200 milhões para a melhoria das unidades fiscais de urgência e emergência; 500 milhões para os cuidados primários, como melhorias nos postos de saúde; 700 milhões para a compra de medicamentos excepcionais; 4 bilhões para o PAC Saúde e, por fim, 4,6 bilhões para o reajuste da tabela de remuneração dos médicos. É desta maneira que tudo parece resolvido, mas o problema vai mais além, isso porque, por mais que sejam investidos recursos na saúde, faltam e falham os parâmetros de organização, ou seja, na maioria dos hospitais do país, a administração dos recursos de saúde não se dá de maneira responsável, o que gera “faltas” que não são necessárias ocorrer, mas que infelizmente ocorrem.
É o caso das dificuldades em se fixar médicos nas periferias, por exemplo, pois, por mais que sejam mais bem pagos para isso, muitos se recusam, seja pelo perigo ou pela falta de infra-estrutura nesses locais. Também há a distribuição errada de equipamentos para os hospitais, sem falar na falta de medicamentos adequados, são necessárias remessas com urgência por essa falta. Sendo assim, mais dedicação a esses aspectos é necessária.
Portanto, mais que dinheiro, sejam 10, 20, 30 ou 100 bilhões de reais, é preciso uma reestruturação em todo o sistema de gestão de saúde, pois quanto mais houver organização, melhor as verbas serão aplicadas e aproveitadas das devidas maneiras.

Ricardo Henrique Pereira dos Santos (9,25)

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