3 de mar. de 2009

REDAÇÃO NO VESTIBULAR

Há dois anos trabalhando com redação para vestibular, devo dizer-lhes que tenho aprendido muitas coisas que não puderam ser conhecidas enquanto aluno. É que, na qualidade de professores, temos uma visão diferente (mais que isso, precisamos ter), que é a de investigar tudo o que possa ser útil e relevante àqueles que necessitam de uma orientação.
Sinto-me na obrigação de dizer que algumas coisas que colocam em sites, blogues e até mesmo em material didático não correspondem à realidade. E por que, não sendo verdadeiras, algumas convenções são tidas como tais? Porque muitas vezes nós não procuramos saber mais sobre determinados temas. Na premissa de que ninguém tem o poder de conhecer todas as coisas , é que se exige uma investigação constante do profissional, especialmente numa área como redação, para que os seus orientados tenham segurança ao enfrentar a prova do vestibular.
Redação nada mais é do que a prática daquilo que se aprende normalmente no estudo gramatical. Todos aqueles elementos, se estudados isoladamente, não significam a garantia de uma escrita ideal. Conheço muita gente que tem a norma culta "decorada" e é um desastre na hora de escrever. Usuários dessa natureza não conseguem estabelecer uma relação que deveria ser considerada natural: teoria gramatical e prática textual. Ou seja, a gramática deve manifestar-se no exercício da fala e da escrita.
Em resumo, o que fazer para aperfeiçoar a escrita?
Ler, em primeiro lugar: o exercício da leitura, além de manter em movimento os elementos que compõem a língua, possibilita ao usuário informar-se daquilo que acontece em seu redor, condição essencial nos textos argumentativos;
Escrever seria o próximo passo. Não adianta ler tudo o que aparece, saber sobre todos os assuntos da atualidade e não praticar. O exercício é o eixo de aprendizado em qualquer atividade, inclusive na escrita;
Informar-se, ao máximo, em FONTES SEGURAS, para não correr o risco de cometer equívocos comprometedores à redação ou de fazer drama sobre alguns pontos. Tirar todas as dúvidas com os professores parece ser uma idéia bastante interessante.
Em nosso Município existem alguns profissionais que tratam a redação com a seriedade merecida, conduzindo o discente a uma capacidade crítica necessária a seu crescimento: Cloacir, Théo e Elba são os exemplos ideais. O primeiro e a terceira já possuem uma experiência longa nesse exercício; o último, por curiosidade um grande amigo, começou nessa função há pouco tempo e já se destaca pelo belíssimo trabalho realizado. Acho que temos de nos unir em favor dessa competência lingüística. No exercício docente, não deve haver concorrência, deve haver coletividade. Ter cidadãos críticos em nossa comunidade é muito mais prazeroso do que sermos apontados em estatísticas internacionais como indivíduos incapazes de raciocinar. E é isso que se cobra nas principais bancas de vestibulares do país.

2 comentários:

Theo G. Alves disse...

cassildo, meu velho, uma coisa é verdade: infelizmente o ensino de redação ainda está nas mãos de alguns aventureiros que acreditam "dominar regras" e "subjugar a língua". isso é uma pena. fico feliz de ser citado por você ao lado de gente tão boa (sei que a modéstia o impede de citar seu próprio nome, ainda que você saiba do belíssimo trabalho que desempenha). fico mais feliz ainda em saber que o compromisso com algo a que damos tanta importância (na verdade, a importância devida) tem rendido frutos tão saborosos. então vamos continuar a prática, o exercício e a reflexão. esses me parecem, mais que nunca, os melhores caminhos.

abraço!

Anônimo disse...

Emanuell Marciano,

Caro Cassildo, Concordo plenamente que a redação deve ser analisada de forma crítica. O desempenho do aluno, não depende somente do bom conhecimento da gramática. E sim, quando ele busca suporte com aqueles profissionais que tem a capacidade de conduzi-lo ao sucesso!
Valeu Teacher!