14 de jan. de 2010

O prenúncio da loucura (Cassildo Souza)

De médico e louco
Quero a maior distância
Não tem importância
Se eu ficar sozinho
Mal acompanhado?
Pior será.
Mas o que será a loucura?
Sou louco?
Que médico pode me responder?
Ser louco é ser diferente?
Ser convencional não é maluquice?
Que tolice, que importância tem isso,
No contexto alienador das loucuras
Mais endoidecedoras das ideologias humanas?
Ideologias humanas? Não.
Ideologias animais, cruéis, sem precedentes
Forças de uma negatividade aparente
Que nos fazem crer que somos normais de verdade
E nos mascara a loucura que nos atinge
Que atinge os lares, o meio ambiente, os recintos
Que evapora nossas idéias, nossos neurônios,
Nosso cérebro, nosso pensamento.
Loucura? Ah, se eu pudesse...
Seria louco
Assim não precisaria compreender
Ou até mesmo tentar resolver
O problema da humanidade.

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