23 de out. de 2010

A CHUVA DAS 23

Há muito tempo eu não via um fenômeno desses acontecer. Chuva às 23 horas do dia 23 . Se não eram 23 horas, faltavam 2 ou 3 minutos. Parecia hora marcada com exatidão. Veio tranqüila, aumentando, estabelecendo-se. Quando me dei conta, Currais Novos já estava umedecida e o sono de todos haveria de adiar-se.

Para quem não vive a maior parte do ano com a estação do inverno, esfriar um pouco o clima jamais seria desprezível. Ouvir o chiado das gotas, em harmonia que só um concerto poderia nos conferir é coisa de privilegiado. De quem espera a natureza manifestar seu poder, mesmo que não lhe respondamos em mesmo tom. Que coisa linda é a espontaneidade, especialmente da "natura".

Vou dormir feliz, mais do que dormiria sem a chuva. Hoje o dia, apesar de sábado, foi de muita produção, de criação, de revisão. Mas o desfecho foi positivamente inesperado e, tenho certeza, amanhã o tom verde dos serrotes me dará o bom sinal de que temos sempre o que aprender com a mãe natureza que, guiada por Deus, torna-se maestrina do universo quando menos esperamos.

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