24 de dez. de 2010

AULA DA SAUDADE DO EETB: EMOÇÃO EXTREMA

Como explicar o sentimento de saudade? Que definição a respeito dela poderíamos tecer? Como acostumar-se à ausência daqueles com quem dividimos, por um longo período, parte de nossas vidas? O que é, de fato, a saudade?

Ainda que a resposta a essas questões inexista concretamente, os alunos dos 3ª Anos A e B, da Escola Estadual Tristão de Barros, tentaram demonstrá-la ontem à noite. Sabemos, no entanto, que somente o tempo - abstrato por natureza - conseguirá em seu trajeto formular uma explicação para tal sentimento. Nada terá sido como antes após a noite dessa quinta-feira.

Para mim, recém-chegado àquele estabelecimento (mais precisamente em março deste ano), foi um privilégio enorme trabalhar com todos esses alunos. É uma pena que o regime semestral, do qual sou defensor, tenha limitado a um período ainda menor essa convivência que foi simplesmente espetacular.

Sinto também muita saudade. Aliás, acredito que eu já sentia isso antes de finalizarmos tal ciclo, por já saber do seu desfecho. Foi prazeroso ouvir os depoimentos dos colegas Erleilson, Elba, Marquinhos, Maíze e dos alunos, pedindo perdão por algo não agradável e ratificando a importância de cada um. Os vídeos com as retrospectivas de momentos importantes na vida deles alimentava esse sentimento de perda, mas não de perda ruim, de algo que ficará eternizado.

Espero, de coração, que vocês que ora seguem para um novo rumo, encontrem todas as felicidades possíveis e imagináveis, e que se lembrem: professor e aluno são para sempre; dispensam o prefixo "ex", porque foram feitos para ficarem na permanência, sendo um a razão de existência do outro.

Saudade, sim; tristeza, não.

Meus sinceros agradecimentos às turmas concluintes por tão bem terem me acolhido nessa Escola. Vocês estão encardidos em mim.

Até breve.

Cassildo.

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