27 de out. de 2011

PROPOSTA DE REDAÇÃO - CADERNO DO CEDAP/SANTA CRUZ (TRABALHADA EM 2011)

PROPOSTA DE REDAÇÃO (CS / 2011)

A ERA VIRTUAL

Os relacionamentos mudaram com o advento da Internet. Hoje os encontros não acontecem mais tão presencialmente quanto antes. Às vezes formam-se amizades, amores se conquistam, ajudam-se pessoas, mesmo sem conhecê-las, estando cada um em lados extremos do Planeta.

A esse respeito, redija um PARÁGRAFO ARGUMENTATIVO, de modo a responder à seguinte pergunta: É possível que um relacionamento virtual seja tão sincero quanto um relacionamento presencial?

SIM ( ) NÃO ( ) ( ) EM PARTE

Espaço reservado ao parágrafo argumentativo

PROPOSTA DE REDAÇÃO - CADERNOS CENTRAL E CEDAP / 2011

PRODUÇÃO TEXTUAL E CORREÇÃO TEXTUAL

14.(CS / 2010) O texto a seguir apresenta INTRODUÇÃO e DESENVOLVIMENTO. Com base nos elementos contidos nesses dois primeiros segmentos, construa uma CONCLUSÃO coerente e coesa para o texto a seguir, com título original Os paradoxos do mundo virtual.


INTRODUÇÃO – TESE

Vivemos um período em que quase tudo é virtual: compras on-line, músicas em formato MP3, livros armazenados em dispositivos portáteis, valores guardados em caixas eletrônicos, identificados por uma senha e retirados com um cartão. O advento tecnológico trouxe mudanças radicais, obrigando as pessoas a uma adaptação para a qual nem sempre estão preparadas.

DESENVOLVIMENTO – 1º ARGUMENTO

É importante ressaltar que, como todos os segmentos, a “virtualidade” tem seus pontos positivos e negativos: Numa das instâncias, facilita nossas vidas, evita deslocamentos gigantescos, permitindo comunicação intercontinental, inclusive com grande utilidade na área medicinal, em que laudos e exames médicos são transferidos via on-line em segundos, evitando a demora da entrega de uma correspondência pelo serviço postal até se conhecer o resultado de um exame.

DESENVOLVIMENTO – 2º ARGUMENTO

No entanto, também não podemos nos esquecer da vulnerabilidade que é a dependência das redes de informação. Comumente, os hackers roubam dados importantes como n.ºs. de documentos, cartão de crédito e data de nascimento, clonam cartões com senhas subtraídas de quem está fazendo uma transação na Internet, pirateiam CDs e DVDs, tudo pela facilidade digital que nossa época permite.

CONCLUSÃO – SOLUCÃO / SUGESTÃO / RETOMADA DA TESE

FAÇAMOS E DEPOIS COBREMOS!

Será que somos assim um povo tão trabalhador? Reclamamos das instâncias superiores, mas – no geral – estamos sempre buscando uma forma de não cumprirmos nosso horário e nos escondendo das obrigações. Os feriados brasileiros quase sempre encontram subterfúgios para serem alongados e adoramos isso. Os alunos são quem mais sofrem, numa carga horária escolar vergonhosa – uma das menores do mundo, ainda assim afetada pelos “dias brancos”. Queremos crescimento, mas parecemos não fazer isso coletivamente, como se – num passe de mágica – tudo mudasse apenas pela vontade e não pelas ações.

Tudo deveria nos levar a refletir que o país, o continente, o planeta não existem sem pessoas. Somos nós quem compomos esse mundo global. A inércia não só nos beneficia, prejudica também. Somos egoístas ao pensarmos que o bom é "ganhar bem e não trabalhar nada". Não existe amparo lógico ou matemático que confirme tal premissa. Não vejo nenhum exemplo de país desenvolvido sem trabalho; não tenho conhecimento de uma nação que conseguiu crescer na "malandragem", na esperteza; se as partes não realizam, o todo não sai do lugar.

E não significa dizer que devemos nos rebaixar e não lutarmos por dignidade. Uma coisa não tem relação com a outra. Precisamos entender que nossos filhos e netos é que ganharão se ajudarmos a construir as coisas hoje. Se somos professores, precisamos ter compromisso com nossos alunos; se advogados, compromisso com a justiça; se médicos, comprometimento com a vida das pessoas; se policiais, com a segurança dos cidadãos; e assim por diante. Chega de querermos o tempo todo apenas passar o tempo sentado, recebendo vencimentos, enquanto o sistema não caminha.

26 de out. de 2011

MANEIRAS DE INICIAR UM TEXTO ARGUMENTATIVO

SEQÜÊNCIA DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVA

PARÁGRAFO INTRODUTÓRIO – MANEIRAS DE CONSTRUIR

Há várias maneiras de se construir um parágrafo de introdução. Nele deve estar contida a TESE, que norteará todo o restante do texto. Nessa perspectiva, fazer uma boa INTRODUÇÃO constitui uma condição imprescindível para que a redação atinja seus objetivos e mantenha unidade, coerência e coesão.

1. CONCEITUAÇÃO – MANEIRA BASTANTE COMUM

"Violência é toda ação marginal que nos atinge de maneira irreversível: um tiro que se nos é dado, um assalto sem que esperemos, nosso amigo ou conhecido que perde a vida inesperadamente através de ações inomináveis..."

2. APRESENTAÇÃO DE DADOS ESTATÍSTICOS

"Hoje, nas grandes cidades brasileiras, não existe sequer um indivíduo que não tenha sido vítima de violência: 48% das pessoas já foram molestadas, 31% tiveram algum bem pessoal furtado, 15% já se defrontaram com um assaltante dentro de casa, 2% presenciaram assalto a ônibus..."

3. NARRAÇÃO DE ACONTECIMENTOS (FLASHES)

“A busca por explicações para os diversos matizes da personalidade mobiliza a ciência e a filosofia desde a Antiguidade.Na Grécia, Hipócrates, o pai da medicina, descreveu quatro tipos de personalidade, de acordo com a presença de determinadas substâncias no organismo. No Renascimento e na era moderna, o debate se deu principalmente em torno do grau de responsabilidade que a natureza e o ambiente teriam na formação da personalidade. Por todo o século XX, muitos pensadores se agarraram à tese de que o ser humano é produto apenas do ambiente.”

4. APRESENTAÇÃO DE INTERROGAÇÕES

"É verdade que, depois da porta arrombada, uma tranca é sempre nela colocada? Foi pensando assim que o governo nomeou, na última semana, a procuradora aposentada Anadyr de Mendonça Rodrigues para comandar a Corregedoria Geral da União, que tem status de ministério porque visa à apuração de todas as irregularidades cometidas no país."

5. CONTESTAÇÃO / REFUTAÇÃO DE OPINIÕES

“Entre os debates mais intensos que permeiam a sociedade atual, uma questão que não pode ser colocada em segundo plano certamente é a descriminalização do aborto. Os que defendem tal legalidade afirmam que, uma vez aprovada, a lei priorizaria o acesso a métodos seguros de extração, em caso de gravidez indesejada, com a justificativa se preservar a vida da mãe. Porém, o caminho mais coerente seria incentivar a prevenção, ao invés de se alimentar a prática de um crime na mais aceitável significação da palavra.

6. ALUSÃO HISTÓRICA

"Na Idade Média, no Renascimento ou até mesmo durante o Século das Luzes, a mulher esteve sempre à disposição da família, dos trabalhos domésticos e da criação dos filhos; somente no século XX ela ganha, ainda que não suficientemente, coragem para inserir-se no "mundo dos homens": pilota, dirige grandes empresas, constrói edifícios. "

7. CARACTERIZAÇÃO DE ASPECTOS FÍSICOS

"Um corredor superlotado, pessoas deitadas pelo chão, nas macas, sobre pias, em péssimas condições de higiene e de saúde: eis uma fotografia da perversa realidade brasileira na área da saúde."

25 de out. de 2011

TÍTULO NA DISSERTAÇÃO DO ENEM

A respeito de inúmeras pessoas que se andam perguntando se o título era obrigatório na prova do ENEM, peço tranqüilidade: como a proposta não o solicitava, o candidato não precisava colocar; por outro lado, quem o fez, também não errou. Em suma, era facultativo pôr o título na referida redação.

No entanto, houve pessoas que colocaram como título o próprio tema sugerido e, como não era permitido transcrever trechos dos textos-base, essa parte será desconsiderada para a correção da redação.

No mais, foi um ótimo assunto para se discorrer, atentando-se para o fato de que a proposta era muito aberta e se poderia desenvolver as idéias sob diversos enfoques.

22 de out. de 2011

TRANQÜILIDADE E PACIÊNCIA: ARMAS PARA O ENEM

Chegado o fim de semana decisivo do ENEM, muitos se apavoram com receio de não se sobressaírem na prova que envolverá mais de 5 milhões de estudantes. Tranqüilidade e paciência parecem ser as armas certas.

São muitas questões a se resolver, e por isso, a pressão é muito grande. Mas às vezes o próprio candidato se deixa levar por essa carga, a qual deve ser deixada de lado. É preciso ler cautelosamente cada enunciado e cada texto, para atender bem ao que está sendo pedido. Uma dica importante: nunca deixem a redação para o final da prova, pois - cada haja imprevisto - o Exame poderá ficar comprometido, uma vez que o texto é de caráter eliminatório.

Desejo a todos muito boa sorte nesse desafio, com consciência de que o ENEM poderá colocar mais de 100 mil alunos nas universidades brasileiras em 2012, pelos programas do Governo Federal que incentivam o acesso aos cursos superiores. Dessa forma, faz ainda mais importante manter-se a calma, a serenidade e resolver os cadernos de prova com o conhecimento admiro durante os estudos do ano.

Um grande abraço a todos e meus desejos de sucesso!

20 de out. de 2011

REVISÃO PARA O ENEM - QUESTÕES E MODELO DE DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA EM PROSA

01. (ENEM / 2010)


a) a opção pelo emprego da forma verbal “era” em lugar de “foi”.

b) a ausência de artigo antes da palavra “árvore”.

c) o emprego da redução “tá” em lugar da forma verbal “está”.

d) o uso da contração “desse” em lugar da expressão “de esse”.

e) a utilização do pronome “que” em início de frase exclamativa.

RESPOSTA: “C”. Questão de VARIAÇÃO LINGÜÍSTICA. A linguagem informal oral é claramente identificada no uso de “tá”, contração de “está”, observada na alternativa em questão.


02. (ENEM / 2010)

A biosfera, que reúne todos os ambientes onde se desenvolvem os seres vivos, se divide em unidades menores chamadas ecossistemas, que podem ser uma floresta, um deserto ou até um lago. Um ecossistema tem múltiplos mecanismos que regulam o número de organismos dentro dele, controlando sua reprodução, crescimento e migrações.

DUARTE, M. O guia dos curiosos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

Predomina no texto a função da linguagem

a) emotiva, porque o autor expressa seu sentimento em relação à ecologia.

b) fática, porque o texto testa o funcionamento do canal de comunicação.

c) poética, porque o texto chama a atenção para os recursos de linguagem.

d) conativa, porque o texto procura orientar comportamentos do leitor.

e) referencial, porque o texto trata de noções e informações conceituais.

RESPOSTA: “E”. As funções da linguagem são seis. A única que não apareceu entre as alternativas foi a METALINGÜÍSTICA, mais adequada neste caso. Mas, na falta dela, como o texto aborda conceituação, a resposta é FUNÇÃO REFERENCIAL, comum a textos técnicos, informativos e didáticos.


A figura abaixo é parte de uma campanha publicitária


03. (ENEM / 2007) Essa campanha publicitária relaciona-se diretamente com a seguinte afirmativa:

a) O comércio ilícito da fauna silvestre, atividade de grande impacto, é uma ameaça para a biodiversidade nacional.

b) A manutenção do mico-leão-dourado em jaula é a medida que garante a preservação dessa espécie animal.

c) O Brasil, primeiro país a eliminar o tráfico do mico-leão-dourado, garantiu a preservação dessa espécie.

d) O aumento da biodiversidade em outros países depende do comércio ilegal da fauna silvestre brasileira.

e) O tráfico de animais silvestres é benéfico para a preservação das espécies, pois garante-lhes a sobrevivência.

RESPOSTA: “A”. Questão simples de resolver, especialmente pela falta de opções criativas. Ao aluno bastaria ter conhecimento de mundo sobre as questões ecológicas em si. As outras alternativas são todas absurdas. Poranto, a leitura cuidadosa seria suficiente para se chegar à resposta.


04. (ENEM / 2010)

RESPOSTA: “E”. Questão que envolve conhecimento a GÊNEROS TEXTUAIS e a INTENCIONALIDADE TEXTUAL. Lendo o texto, percebe-se rapidamente o seu teor, a sua intenção comunicativa, que é de aconselhar sobre aspectos da vida cotidiana, fato comum em se tratando de horóscopo.


05. (ENEM / 2010)

RESPOSTA: “C”. Mais uma questão que envolve VARIAÇÃO LINGÜÍSTICA e NÍVEIS DE LINGUAGEM. O texto é específico a uma área técnico-profissional, no caso professores. Desse modo, apresenta características mais específicas e, por isso, envolve a linguagem técnica.


Texto dissertativo comentado

Estigma

O Brasil é um país vasto em imensidão e em problemas de cunho social, político e econômico. Casos complexos que estão enraizados no cotidiano de milhões de brasileiros. Porém, dentre tantos, o que incomoda pela maneira como vem sendo tratado é a saúde, um setor em ruínas. Infelizmente, as medidas governamentais que são tomadas não sanam o problema, já que são verdadeiras engabelações.

Na introdução, apresentou, entre outros problemas, o da saúde pública e criticou as medidas governamentais para amenizá-lo: uma prévia do desenvolvimento.

Contrariando o senso comum, o Sistema Único de Saúde (SUS) que deveria salvar e zelar pela vida dos cidadãos, é o órgão que tem matado indivíduos pela burocracia com que trabalha. Médicos incapacitados, farmácias vazias, falta de infra-estrutura e enquanto isso, os senadores aprovando mais um imposto. A CPMF é a prova de que a arrecadação tributária destinada á saúde não funciona no Brasil. Por que então a CSS funcionaria? A questão não é a falta de dinheiro em um país onde os cofres públicos estão sempre abundantes, e sim o mau uso deste. A corrupção, a lavagem de dinheiro são as causas que tentam ser escondidas, mas que estão por trás de um sistema em constante decadência.

No desenvolvimento, detalhou, “trocou em miúdos” as idéias da introdução. Vejamos: especificou, através de exemplos, a ruína da saúde; afirmou os motivos desses problemas, colocando como principal o mau uso do dinheiro público; por último, dentro do mesmo tópico, relacionou o sistema de saúde em decadência à corrupção, o que apresenta seqüência lógica das idéias.

Enfim, o paradoxo entre as realidades é exorbitante. Enquanto parlamentares estão bem acomodados em Brasília, milhares dormem nas calçadas de postos e hospitais em busca de atendimento. A saúde não precisa de impostos mas de transformações que podem ser feitas de uma maneira simples, mas que dependem da boa vontade dos senadores e das escolhas certas feitas nas eleições pelo povo brasileiro.

Na conclusão, encontra ou, pelo menos, sugere soluções para o problema: dinheiro não é prioridade, as transformações no sistema de saúde e as escolhas feitas pelo povo são apontadas como uma forma de amenizar a problemática da saúde pública no Brasil.