24 de set. de 2012

QUESTÕES OBJETIVAS OU DISCURSIVAS? O MELHOR MESMO É MESCLAR.

Entre colegas, num intervalo de aula, na sala dos professores de alguma escola de nível médio situada no Seridó - seja Tristão de Barros ou Iracema Brandão - vem a prgunta: O que é melhor na hora de um exame avaliativo: questões discursivas ou objetivas? Eis que um de meus colegas abre outra discussão, questionando sobre a quem eu me refiro: para os alunos ou para os professores?  É um tema verdadeiramente complexo, pois cada situação tem seu lado positivo e lado negativo, como todas as matérias de natureza paradoxal.

Vamos então às análises: se um professor elabora 10 questões objetivas de 4 alternativas, ele terá - no mínimo - 50 itens para criar, sendo 40 alternativas e 10 enunciados, o que - convenhamos - leva um tempo e um trabalho consideráveis. Para o aluno, num primeiro momento, essa prova seria teoricamente mais fácil, já que ele não teria que produzir uma resposta subjetiva; tal resposta estaria já sugerida dentre as opções de "A" a "D", embora o raciocínio lógico em muitas situações devesse ser exercido, requerendo-se habilidade de deduzir possibilidades e descartar hipóteses. Quanto à correção, o professor compensaria todo o trabalho realizado durante a elaboração, pois seria bem mais prático o processo.

Agora, consideremos uma prova discursiva com 5 questões sobre determinado assunto. Em primeiro momento, o professor pode - aleatoriamente - escolher 5 temas e produzir as questões. O ideal é que elas não sejam genéricas demais, como "Discorra sobre o assunto", "Fale sobre isso, sobre aquilo". Porém, é sempre mais cômodo para quem elabora quando se criam quesitos dessa natureza. Para o aluno, entretanto, são itens que exigem mais raciocínio, mais reflexão, mais leitura. Portanto, existe maior complexidade em respondê-las, mesmo por aqueles estudantes que se destacam, mas por isso mesmo é que devem ser cobradas. Na hora de corrigir, os professores também passam a ter mais trabalho, pois às vezes os parâmetros não são suficientes para medir a diversidade de respostas possíveis.

Está claro que o melhor a se fazer é mesclar questões objetivas (para que possam trabalhar com jogo de raciocínio lógico) com questões discursivas (pelas quais os alunos testam sua capacidade de refletir, de entendimento aos conteúdos estudados, e de produção escrita, aspecto crucial na aprendizagem); aos docentes, essa união entre objetividade e subjetividade também os ajudará na sua vivência avaliativa, uma vez que os conhecimentos experienciados pelos alunos serão mais bem mensurados. Os alunos enfrentarão esse modelo nos exames durante a sua vida e é preciso, de agora, já terem contato com estes nos mais diversificados contextos. Nisso, todos os colegas na discussão concordam e acredito que outros profissionais também, mas é claro que se trata de um debate e opiniões distintas também são extremamente relevantes.

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