24 de mar. de 2015

PRODUÇÃO TEXTUAL - UMA PRÁTICA ESSENCIAL E ÓBVIA


Tenho observado ultimamente - pelo menos nos ambientes em que atuo e convivo - uma preocupação muito grande de alunos concluintes do ensino médio que se preparam para o ENEM: a produção textual. Nessa fase escolar, é comum os alunos ficarem tensos com as incertezas em relação ao seu desempenho nessa área que tem decidido as vagas para as universidades do Brasil. Teoricamente é um bom sinal. Teoricamente, porque nem sempre esse tipo de atitude representa uma continuidade dos estudos básicos de tais alunos. A produção textual não é um assunto para ser tratado no final do ensino médio; deve ser um processo contínuo desde os primeiros anos de escola.

Entendo que nem deveria tratar dessa temática, por parecer óbvio que leitura e escrita devam ser pilares dos estudos de qualquer aluno. Acontece que os fatos nos trazem uma realidade bem diferente. Como o nosso ensino geral é cheio de problemas e demoramos a evoluir, uma das competências que nossos jovens deixam de adquirir durante o período escolar é a produção de textos dos mais diversos gêneros; um desmando por parte dos que dizem promover a educação, desde as autoridades máximas do país a profissionais que não fazem jus a suas obrigações. O aluno passa as fases escolares sem exercitar essa capacidade, a qual será necessária não apenas na hora de fazer a prova do ENEM, mas em toda a sua vida profissional.

Não acredito numa proposta de ensino que desmereça ou deixe de prestigiar a prática escrita. E nisso fica subentendida leitura, primeiro embasamento para qualquer produção. Uma coisa nunca estará alheia à outra, mas para isso é preciso que as instituições escolares - amparadas e aparelhadas pelo Estado - reúna condições de preparar os seus docentes para, com competência e destreza, oferecer a seus discentes a possibilidade de praticarem desde cedo a construção textual. Ainda que seja incipiente o apoio dispensado pelos órgãos de educação, nada impede que os profissionais de ensino olhem com cuidado a relevância indiscutível desse incentivo para que alunos desenvolvam capacidade linguística, gramatical e crítica. Isso não se limita ao ENEM.

O que é essencial é - também - óbvio. Não dá para conceber que as escolas, os professores, os alunos vejam importância na produção textual apenas no último ano do ensino médio. É o mesmo que esperar que o país mude radicalmente da água para o vinho, sendo que temos mazelas acumuladas de 515 anos. É preciso haver compromisso especialmente dos professores ligados a área das Linguagens, com seu trabalho diário, contínuo e árduo, sim! É necessário que os pais cobrem para seus filhos atividades que incentivem a prática de leitura e escrita, já no ensino fundamental menor, porque só assim será possível atenuar as falhas apresentadas em exames que medem o nível de interpretação e compreensão textuais, por sinal, pífios.

15 de mar. de 2015

DICAS PARA O ENEM


3. CONSTRUIR INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO E CONCLUSÃO
Isso presume que o texto argumentativo cobrado pelo ENEM deve conter - no mínimo - 3 parágrafos, posto que cada parte precisa de um parágrafo para se constituir. No caso do DESENVOLVIMENTO, o redator poderá fazer mais de um parágrafo. Na INTRODUÇÃO, deve-se apresentar o tema em linhas gerais e, caso se deseje, pode-se apresentar também a TESE que se tem sobre o assunto; no DESENVOLVIMENTO, grosso modo, tem-se o detalhamento do que foi proposto na introdução; na CONCLUSÃO, tem-se a consolidação das ideias apresentadas no desenvolvimento e, no caso específico da prova do Enem, é nessa parte que se apresentam as propostas de intervenção para a problemática debatida.

DICAS PARA O ENEM


2. ATENDER À PROPOSTA DE REDAÇÃO SUGERIDA
Muita gente que realiza a produção do ENEM tangencia o tema. Isto significa que o candidato fugiu total ou parcialmente ao que foi sugerido na proposta de redação. Para que isso não ocorra, é preciso - dentre outros aspectos - ler atentamente e compreender os textos motivadores e o enunciado da proposta, bem como ter lido sobre o tema que está sendo cobrado. Enquadrar o tema devidamente é um dos aspectos mais importantes na produção do ENEM, e o não atendimento a isso pode custar a eliminação do candidato.

DICAS PARA O ENEM


1. ATENDER À TIPOLOGIA DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVA
Na redação do Enem, exige-se que o candidato produza um texto argumentativo, com base nos textos motivadores disponibilizados, sobre algum tema de interesse coletivo. A característica marcante deste tipo de modalidade textual é o posicionamento, a opinião, embasando-se em argumentos consistentes e bem construídos. Não atender a esses aspectos pode levar o candidato a produzir uma tipologia textual diferente ou simplesmente enchê-lo de informações que estas sustentem aquilo que se defende. E, como consequência, o candidato poderá ter sua redação eliminada.

7 de mar. de 2015

LISTA DOS APROVADOS PARA O ENSINO SUPERIOR - ESCOLA ESTADUAL "TRISTÃO DE BARROS" (2011-2015)

Apresentamos a seguir as listas dos alunos aprovados para o ensino superior, da Escola Estadual "Tristão de Barros", em Currais Novos (RN), no período de 2011 a 2015. São até agora 140 alunos aprovados nos últimos cinco anos, o que corresponde a uma média de 28 ingressantes nas universidades por ano.







5 de mar. de 2015

EU SOU UM CARA FELIZ!


Eu - mal iniciou o ano letivo - fiquei pensando nesta primeira semana onde eu estaria caso não estivesse numa escola, ao lado dos vários colegas, recebendo os alunos novos e veteranos, testemunhando a movimentação habitual de um ambiente que me convida insistentemente até mesmo nas férias. Estaria numa sala trancada, burocratizando algum documento? Estaria gerenciando alguma loja de eletrodomésticos ou de confecções projetando e tentando atingir metas? Num banco, contando cédulas? Na praça de táxi ou de mototáxi transportando a população? Construindo casas? 

Não sei.Fiquei matutando sobre isso e me bateu uma sensação estranha: uma sensação de pensar que nenhuma daquelas funções alheias a que eu ocupo combina com minhas habilidades. É como se eu - por algum motivo indefinido - deixando de ser professor, ficasse sem ter o que fazer, vagando em busca de uma função apenas para sobreviver materialmente. Sim, "apenas materialmente", porque como professor eu não trabalho somente para sobreviver materialmente. Eu atuo para sobreviver espiritualmente, ainda que por muitas vezes eu tenha questionado meu próprio desempenho para tal missão. faz parte do pacote.

Evidentemente, eu não encontrei a resposta. Simplesmente porque não preciso encontrar a resposta. A que interessa saber o que eu seria, se eu já sou o que eu sempre quis ser? Quantas vezes não recebi conselhos para mudar de profissão, para "sair dessa vida", como se estar em sala de aula fosse equivalente a estar cometendo um crime semelhante ao narcotráfico. Coisas da sociedade hipócrita brasileira. "Você é muito inteligente, procure outra coisa". "Seu potencial é tão grande, você tem certeza que quer isso para você?" E outras frases que, não sendo levadas em consideração, confirmam a minha sina - no melhor sentido da palavra - para conviver constantemente com alunos de quase todas as idades: dos 10, 11 anos até a idade adulta, em turmas para concursos.

Problemas. Estresses. Broncas. Qual profissão não os tem? Mas o fato é que todos os anos tenho podido analisar o processo por completo e verificar um saldo espetacularmente positivo que me confirma - à beira dos 37 anos - ter feito a escolha adequada. Os ambientes da escola, ainda mais sendo a EETB - Escola Estadual Tristão de Barros, atraem-me, chamam-me a continuar lá, ensinando, aprendendo, convivendo, atingindo objetivos e tentando explicar outros não alcançados. Isto é a minha cara, meu significado. O resto é especulação!

Eu sou um cara feliz!


Cassildo Gomes Rodrigues de Souza