31 de dez. de 2009

ANO NOVO É RENASCENÇA

O Ano Novo será a renascença: veremos frutos concretizarem-se, projetos realizarem-se, embriões tomando forma. O Curso dessa quebra imaginária é que nos move. Afinal, o tempo é algo abstrato e subjetivo, alguns povos até comemoram com parâmetros diferentes, mas isso não existindo, talvez provocasse um vácuo, um espaço sem composição.
Estaremos todos munidos de uma coletividade jamais vista. Esse otimismo tem um fundo realístico, porque a junção será a inevitável solucão para que nosso planeta sobreviva, em todos os aspectos. Será uma necessidade da qual todos compartilharão e, por esse motivo, ficarão dispostos à mudança de mentalidade e de atitude.
Porque, afinal, será mais uma trilha na escalada da vida. As etapas complementar-se-ão ao tempo em que nossas metas serão exploradas até que as consigamos alcançar. Todos formarão um elo inédito.
Sem essa esperança, não serviria comemorar o Ano Novo. Somos todos uma só raça, então, a expectativa é de que caminharemos para um só lado, para uma só direção, por um só propósito: a vida.
Um abraço a todos e um 2010 cheio de realizações concretas e de crescimento espiritual.
Cassildo.

28 de dez. de 2009

QUANDO TUDO PARECE RESOLVIDO...(Cassildo Souza)

Quando tudo parece resolvido,
Ainda há muita coisa pra fazer.

Não se pode parar um só segundo
Não se pode viver para afundar
Não se deve deixar de trabalhar
Nem se deve virar um vagabundo
Não se pode fugir do nosso mundo
Não se deve o futuro antever
Nem se pode um momento enfraquecer
Vendo a vida toda hora inibido
Quando tudo parece resolvido
Ainda há muita coisa pra fazer.

Todos devem viver para buscar
Praticar, refazer, reconstruir
Entender, compreender e reunir
Relutar, sem querer desnortear
Ensinar, Indicar, orientar
Planejar, projetar, até prever
Sem pensar que assim irão vencer
Tudo o que se apresenta construído
Quando tudo parece resolvido
Ainda há muita coisa pra fazer.

Nós vivemos em busca de aventura
Contentar-se não faz o nosso ser
E aquele que aspira a crescer
Já pretende sair da via escura
Se há hoje um caminho de amargura
Não é digno por pouco entristecer
Nem se faz necessário se render
Não faz bem aparência de abatido
Quando tudo parece resolvido
Ainda há muita coisa pra fazer.

O processo de viver é uma arte
Há etapas e fases a trilhar
Os caminhos a se consolidar
Não pensemos que estamos lá em Marte
O sucesso de nós ora faz parte
O progresso é vontade de crescer
O caminho pra se sobreviver
No humano está ele contido
Quando tudo parece resolvido
Ainda há muita coisa pra fazer.

Não se pode parar um só segundo
Não se pode viver para afundar
Não se deve deixar de trabalhar
Nem se deve virar um vagabundo
Não se pode fugir do nosso mundo
Não se deve o futuro antever
Nem se pode um momento enfraquecer
Vendo a vida toda hora inibido
Quando tudo parece resolvido
Ainda há muita coisa pra fazer.

Todos devem viver para buscar
Praticar, refazer, reconstruir
Entender, compreender e reunir
Relutar, sem querer desnortear
Ensinar, Indicar, orientar
Planejar, projetar, até prever
Sem pensar que assim irão vencer
Tudo o que se apresenta construído
Quando tudo parece resolvido
Ainda há muita coisa pra fazer.

Nós vivemos em busca de aventura
Contentar-se não faz o nosso ser
E aquele que aspira a crescer
Já pretende sair da via escura
Se há hoje um caminho de amargura
Não é digno por pouco entristecer
Nem se faz necessário se render
Não faz bem aparência de abatido
Quando tudo parece resolvido
Ainda há muita coisa pra fazer.

O processo de viver é uma arte
Há etapas e fases a trilhar
Os caminhos a se consolidar
Não pensemos que estamos lá em Marte
O sucesso de nós ora faz parte
O progresso é vontade de crescer
O caminho pra se sobreviver
No humano está ele contido
Quando tudo parece resolvido
Ainda há muita coisa pra fazer.

24 de dez. de 2009

O FIM DA CENSURA AO ELOGIO

Estamos num período robótico, frio, ultrarracional. É impressionante como as pessoas perderam a capacidade de reconhecer nas outras as suas qualidades. Hoje em dia, é proibido elogiar; permitido é, somente, cobrar e criticar, com a incrível justificativa de que nada estão fazendo a mais do que a obrigação.

Como vivemos um período transitivo, que é o final de ano, com comemorações natalinas e de réveillon, em que teoricamente todos refletimos sobre conquistas e falhas, nada mais justo do que considerar a possibilidade de voltarmos à “era do reconhecimento”. Que tal dizermos ao colega que ele é competente e que contribui imensamente para o trabalho dos demais? Acho que não há nenhum prejuízo quanto a isso, pelo contrário: assim fazendo, estamos provavelmente garantindo uma qualidade muito maior no seu desempenho, no futuro.

Vamos parar com as críticas destrutivas. Vamos entender o motivo de uma coisa não ter saído como deveria, ocupar um pouco o lugar do outro. Será que a vida inteira nós só fizemos acertar? Nunca erramos e, por isso, achamo-nos no direito de menosprezar os outros por seus erros? Não deveria acontecer assim, mesmo porque entendo que cada um se destaca em dada habilidade. Não conheço uma só pessoa que domine todas as áreas e, assim sendo, em algum momento, vamos nos encontrar limitados.

O Natal, de que tanto falam os proprietários de comércio e prestadores de serviços (com a devida razão, também, porque estão cumprindo o seu papel) deve ser uma prestação de contas com nós mesmos. Estamos habituados a pedir, mas esquecemos que antes haveremos de contabilizar forças e fraquezas, a fim de aperfeiçoarmos aquilo que entendemos ser de relevância. E isso pode começar a partir do momento em que consigamos ver nas pessoas as suas virtudes, considerando que tais qualidades sempre superarão quaisquer defeitos.

Vamos, então, celebrar o elogio, o reconhecimento, a capacidade de perceber os predicados positivos. Segundo a lei de causa e efeito, aquilo que vai sempre retorna e, nesse caso, sempre será reverenciado aquele que conseguir também valorizar os seus semelhantes, sem esperar nenhum benefício, nenhuma compensação, nenhum lucro, realizando tudo de forma espontânea e natural.

Bom Natal para todos. Que o recomeço seja marcado pelo uso de palavras e ações concretamente positivas.

Cassildo.

16 de dez. de 2009

NOSTALGIAS EM POUCO TEMPO

Quis-me perguntar, inúmeras vezes, por que eu sou tão saudosista. Sei que anda perseguindo essa resposta faz tempo e, para ilustrar a prova cabal dessa caarcterística peculiar em mim, vou referir-me às aulas que acabaram de encerrar, nos cursinhos preparatórios para o IFRN, PRÉ-VESTIBULARES e CONCURSOS.
Esta semana, destacada por marcar o encerramento de minhas atividades no ano de 2009, já estou sentindo a falta de alguma coisa que permeeou minha trajetória de fevereiro até agora. É como se alguma peça de um equipamento estivesse funcionando mal e precisasse ser trocada. E que, sem ela, o dispositivo não cumpriria sua função perfeitamente ou torna-se-ia sem muito valor. Resta-me o consolo de saber que é apenas um intervalo, uma situação temporária.
Isso reporta a tempos antigos. Especialmente, o período de Universidade, depois do qual passei a ficar lembrando de toda aquela cumplicidade que tinha com os colegas e alguns amigos; uma vez acabada, naquele âmbito, não mais existiria. Até hoje sonho que estou lá, junto a eles, em momentos únicos. Agora, na função de professor para cursos preparatórios, tenho essa mesma sensação que se renova a cada ano, aquele sentimento de não mais encontrar, reunidos no mesmo ambiente, os alunos que conosco conviveram quase 10 meses.
O que eu sinto, neste momento, é uma nostalgia que se formou em minúsculo espaço de tempo. Falo assim, porque normalmente o termo "nostalgia" é usado para lembrar de tempos muito antigos e, agora, pelo menos agora, eu sendo professor de Português, autorizo-me desviar o seu sentido por tão nobre razão. Já estou, sim, com muita saudade das aulas e das conversas, das dúvidas tiradas, das orientações, dos risos e dos conselhos. Situações que ficam e que jamais serão apagadas.
É isso que me move. Tenho dito: Professor é para sempre; aluno é para sempre, ainda que um ou outro possa não querer aceitar. No dia em que isso acabar em mim - e espero que nunca desapareça - não haverá motivos para que continue nessa trilha e assim, terá sido encerrado o meu ciclo. Deus ajude que isso demore muitos e muitos anos a acontecer.
Vou esperar por um ano de 2010 muito bom e que minha saga se prolongue. Desejo que tal ano inicie com muitas notícias de aprovações, para coroar todos os alunos que decidiram lutar para alcançar seus objetivos e, somente por isso, confirmarão os sonhos.
Um grande abraço.
Cassildo.

6 de dez. de 2009

O MUNDO ENQUANTO NÓS... (CASSILDO)

O mundo continua, enquanto paramos
O universo reage, se nós agimos,
A terra descansa, se não dormimos
O sol vem todo dia, ainda que não vejamos.
O mundo independe de nós.

As flores crescem, se não vivemos
As mentes viajam, se nós vagamos
O céu resplandece, se escurecemos
Os astros reluzem, se não brilhamos.
O mundo independe de nós.

O universo nunca está disperso
As estradas recebem os seus viajantes
Bandoleiros que não param jamais
E o mundo continua um só, enquanto nós.
O mundo independe de nós.

NO SEU UNIVERSO (CASSILDO)

Do mundo desligo-me.
Apago-me.
Fecho-me.
Sua presença basta
Para que eu viva,
Pelo menos nesse instante.
Estou desvinculado de tudo
O que pode ser normal,
Convencionais são minhas expressões
Abro-me em sua direção
Acordo-me no seu olhar
Conecto-me ao seu universo,
Nesses versos que ora inicio,
Intermedio e encerro

1 de dez. de 2009

MAIS QUESTÕES COMENTADAS - UFRN 2010

01. (UFRN 2010)
Na situação retratada pelo quadrinho, a resposta do interrogado
A) tem por objetivo despistar o delegado, cuja intenção é descobrir se o interlocutor mantém bom relacionamento com a família.
B) possibilita que o delegado atinja seu objetivo, ou seja, descobrir se também houve furto de confecções femininas.
C) comprova que a comunicação se realiza com sucesso, pois o interlocutor percebe a verdadeira pretensão do delegado.
D) surpreende e causa humor, devido ao fato de ele interpretar equivocadamente a pergunta que o delegado lhe faz.

REPOSTA: "D".
É uma questão que envolve elementos como subentendidos e intertextualidade. O efeito de humor é causado justamente pela interpretação errônea que o acusado faz. Quando o Delegado pergunta se ele "não pensou" na "mulher", na "filha", queria referir-se às conseqüências para a família do réu. Ele, numa situação que só provavelmente ocorreria numa piada, como é este caso, achou que se tratasse das peças de roupa destinadas a homens. Letra "A" descarta-se, pois a resposta não foi proposital, foi inocente; letra "B" também se descarta, pois não era intenção do Delegado definir roubo de peças masculinas ou femininas; letra "C" é totalmente equivocada, pois exatamente ao contrário, o processo comunicativo não ocorre com sucesso.

02. (UFRN 2010)
Pode-se subentender da fala do interrogado:
A) Ele sentia alguma frustração por ter sido a única pessoa beneficiada com a infração que praticara havia algumas horas.
B) Se houvesse peças femininas na loja, ele provavelmente teria pegado pelo menos uma, para a esposa ou para a filha.
C) Mesmo em situações consideradas de risco, ele costumava pensar primeiro nos familiares que em si mesmo.
D) Ele só assaltara a loja porque estava certo de que existiam confecções para pessoas de ambos os sexos.

RESPOSTA: "B".
A fala do interrogado, inclusive correlacionado-a à resposta da questão anterior, deixa claro que se houvesse peças do vestuário feminino, ele provavelmente as teria levado para mulher e/ou filha; letra "A" descarta-se, pois ele não parecia frustrado ou preocupado com alguma coisa; quanto à alternativa "C", não há indícios no texto de que ele pensava logo nos familiares do que em si mesmo; a letra "D", mais absurda de todas, porque o interrogado apenas se refere a peças femininas, condicionado pela pergunta do Delegado sobre a mulher e a filha.