Língua: primeira manifestação cultural de qualquer sociedade. Expressão maior do ser humano, em diferentes maneiras: verbal e não-verbal; escrita e falada; culta e variante; musical e visual. Enfim, Língua Portuguesa, Língua Brasileira, língua estrangeira: sem ela, a sociedade não sobreviveria.
30 de mar. de 2012
CONTRATEMPOS FORAM FEITOS PARA SEREM SUPERADOS
29 de mar. de 2012
ALGUNS DOS ERROS MAIS COMUNS EM REDAÇÕES ARGUMENTATIVAS
- · Foco da proposta: é preciso concentrar-se na pergunta-chave que será respondida ao longo do texto;
- · EXPOSIÇÃO dos dados estatísticos em detrimento da ARGUMENTAÇÃO. Dados podem ser usados na INTRODUÇÃO, para apresentar o tema, ou no desenvolvimento, para ILUSTRAR, mas não deve predominar a título de ARGUMENTOS;
- · Não posicionar-se claramente, deixando a resolução para as autoridades ou para as pessoas envolvidas;
- · Idéias extremadas, ser radicalmente contra ou radicalmente a favor, especialmente com temas polêmicos como aborto, legalização da maconha, gravidez, união de homossexuais;
- · Fuga ao gênero textual sugerido. Fazer manifesto ou propaganda sobre determinado tema;
- · Não empregar pseudônimo ou empregá-lo diferente do que foi indicado. Candidato pode ser eliminado, dependendo da banca;
- · Expressões da fala em texto argumentativo como “já pensou?”, “gente, acorde!”, “bem”, “acertou em cheio”, “imagina só”;
- · Introdução apresentando explicitamente o tema; o parágrafo introdutório deve apresentar o tema, dando pistas do que será tratado, ao leitor;
- · “Ter” usado como “Haver”; “Tem muita gente que trabalha duro.” O certo é “Há muita gente que trabalha/Existe muita gente que trabalha duro.”
- · Não abordar a posição contraposta à defendida; todo tema polêmico apresenta dupla versão;
- · Chegar à conclusão sem ter desenvolvido ou aprofundado o tema;
- · Uso de ONDE sem indicação de lugar.
PROPOSTA DE REDAÇÃO N.º 01/2012
(Clique para ampliar a imagem ou copie para o Word)
28 de mar. de 2012
27 de mar. de 2012
O CAMINHO DA SINTAXE NOS TERMOS DA ORAÇÃO
(CASSILDO SOUZA)
São termos da oração
O sujeito e o predicado
Sem eles não há conversa
Nada fica combinado
Eles são essenciais
Vamos deixar registrado.
O sujeito é o referente
Personagem principal
Todos falam sobre ele
É a palavra cabal
O predicado indica
Se o sujeito é bom ou mau.
Oração tem de ter verbo
Dela período se forma
Ele é simples ou composto
Temos de entender a norma
E cuidar na concordância
Se não ela se deforma.
O objeto direto
Complementa o sentido
Para que o verbo seja
Totalmente entendido
Pois na língua é condição
Poder ser compreendido.
A pessoa que conhece
Conhece algo ou alguém
Tem de colocar “o quê”
Tem de informar o “quem”
É o tal do objeto
Direto que nos convém.
O objeto indireto
Traz uma preposição:
Precisar de alguma coisa
Pertencer a uma seção
Interessar a alguém
Visar a uma ação.
Também são complementados
Alguns nomes abstratos
Complementos nominais
Como colheres e pratos
É caso de certeza
Que se insere nesses fatos.
Os adjuntos são dois:
Há os adverbiais
De tempo, modo, lugar
E os adnominais
Que marcam substantivos
É uma função a mais.
Vocativo é o chamado
Vem em qualquer posição
Começo. meio ou fim
E há a separação
É parecido com o aposto
Não pode haver confusão.
É que o aposto explica
O termo que veio antes
Muitas vezes com a vírgula
São detalhes importantes
Temos que ser conscientes
Escritores ou falantes.
Existe o predicativo
Que qualifica o sujeito
E também o objeto
Nos dois com o mesmo efeito
É somente observar
Para analisar direito.
O agente da passiva
É um termo diferente
Ele pratica a ação
Com sujeito paciente
Pois quando há voz passiva
Sujeito não é agente.
Isso foi período simples
Composto será à frente
É preciso ter cuidado
E organizar na mente
Cada verbo, uma oração
Estrutura diferente.
21 de mar. de 2012
ENEM + UFRN = ?
As explicações para que a UFRN já adote metade das vagas no vestibular / 2013 (portanto, realizado ao final de 2012) e, integralmente, em 2014 me surpreendem pela fragilidade dos argumentos: diz a reitora Ângela Cruz "não podemos continuar sendo uma ilha na região" (nordeste). Se o motivo de selecionar alunos para o ensino superior for apenas este, desconheço a UFRN. Ser uma ilha na região não causaria nenhum problema caso fosse verificada a melhor qualidade do processo seletivo em relação às demais instituições.
Sabemos que o governo brasileiro tem, há algum tempo, "assediado" as universidades federais para a padronização do vestibular, inclusive com oferecimento de recursos financeiros em troca da adesão ao ENEM. A concepção de um exame criado para aferição de aprendizado modificou-se para se transformar numa grande seleção ao nível superior, mas o que não tem sido considerado é que as realidades de ensino num país continental como o Brasil são discrepantes, o que - em minha humilde visão - acaba por inviabilizar o exame tido como válido para todas as situações.
Em relação, especificamente, ao vestibular realizado pela UFRN/COMPERVE, as matérias discursivas têm sido preponderantes ao resultado final e à consequente classificação final dos candidatos. Sem as provas subjetivas, no entanto, sabendo-se que no ENEM são 180 questões exaustivas e todas objetivas, acaba havendo muito mais uma loteria ou uma prova de maratona do que propriamente uma premiação ao mérito do conhecimento. No caso da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, provavelmente a escolha dos candidatos melhores tende a acontecer de maneira mais justa.
Não me posiciono contra o ENEM; como já citei aqui, a proposta é boa, mas em nosso caso, temos um vestibular melhor, mais bem elaborado para a nossa realidade. Conteúdos que enfatizam o nosso Estado, especialmente em geografia e história, não serão abordados quando a seleção for pelo ENEM. Não dá para aceitar a explicação simplória de que vamos nos adequar ao Exame para não sermos mais "uma ilha na região". Teríamos de nos adequar ao que fosse, desde que a prioridade estivesse na qualidade da seleção, na boa estrutura do processo e na praticidade e facilidade oferecidas aos candidatos. Não se constituindo assim, a equação ENEM + UFRN não tende a ser solucionada com clareza.
12 de mar. de 2012
ALINHANDO OS OPOSTOS (Cassildo Souza)
Trajetória-ilusão
O início-conclusão
Da estranha sensação.
O redondo aplainado
O espinho perfumado
Desse escuro-clarão.
E o direto-inverso
Quanto seco no molhado
Quanto cheio no vazio.
E o bondoso-perverso
Quanta emoção racional
Quanta cheia no estio.
E vida-morte sempre
O sofrer prazerosamente
Inicia o final.
A reta-torta se cansa
E o estático se lança
Nesse enigma-sinal.
11 de mar. de 2012
VÍRGULA FACULTATIVA. E O SENTIDO?
“Vamos identificar todos os alunos, que se inscreveram” ou “todos os alunos que se inscreveram?”
Dúvidas sempre existirão nessas questões. Quando pôr a vírgula com pronome relativo, nas orações subordinadas adjetivas?
Algumas gramáticas abordam o assunto muito superficialmente, na seção de período composto, apenas afirmando que a vírgula é facultativa. O que elas não esclarecem é que o fato de empregar ou não a vírgula requer considerar sentidos diferentes. As recomendações gramaticais nos orientam – também – que no caso de ser posta a vírgula, a oração resultante será ADJETIVA EXPLICATIVA em oposição à ADJETIVA RESTRITIVA (quando não há vírgula). Mas o que essas duas orações têm de diferente?
Em Vamos identificar todos os alunos que se inscreveram, o caráter de restrição acontece porque, sem a vírgula, deve ser interpretado que só serão identificados aqueles alunos que se inscreveram, não se incluindo aqui, portanto, outros alunos que não tenham feito inscrição, mas cuja existência deve ser considerada. Daí a oração adjetiva ser denominada de RESTRITIVA, já que se limita o elemento qualificado (apenas os alunos “que se inscreveram”).
Agora observe a oração: Vamos identificar todos os alunos, que se inscreveram. A colocação da vírgula, no presente caso, deve ser entendida, primeiro, que todos os alunos em questão serão identificados e, segundo, que todos eles se inscreveram. A segunda parte da sentença é a explicação, a qual se configura pelo emprego da vírgula, justificando a nomenclatura ADJETIVA EXPLICATIVA.
Vejamos, assim, que apenas a “presença” da vírgula modifica o sentido dos períodos e é preciso ter cuidado em caso de exames, concursos e vestibulares, concebendo que – a despeito de ser conteúdo de natureza sintática – é a semântica o elemento a ser explorado aí, por se constituir no objeto principal em casos dessa natureza. Mesmo procedimento deverá adotado com outros pronomes relativos: "ONDE", "QUANTO", "QUEM", "CUJO". A sintaxe atua em favor do sentido, não sendo assim, o seu estudo tornar-se-ia irrelevante.