Língua: primeira manifestação cultural de qualquer sociedade. Expressão maior do ser humano, em diferentes maneiras: verbal e não-verbal; escrita e falada; culta e variante; musical e visual. Enfim, Língua Portuguesa, Língua Brasileira, língua estrangeira: sem ela, a sociedade não sobreviveria.
30 de jul. de 2016
26 de jul. de 2016
EDITAL DA POLÍCIA MILITAR DO CEARÁ - CONTEÚDOS DE PORTUGUÊS
Análise breve dos conteúdos de Língua Portuguesa para o CONCURSO PÚBLICO Nº 01/2016 - POLÍCIA MILITAR DO CEARÁ.
Prova será objetiva, no estilo CERTO ou ERRADO, semelhante ao que a CESPE costuma fazer.
25 de jul. de 2016
CANAL NO YOUTUBE
Inscreva-se em nosso canal, para saber quando uma videoaula é publicada. Vocês poderão também sugerir assuntos ou questões de Língua Portuguesa para serem resolvidas nos vídeos.
24 de jul. de 2016
SÉRIE REVISÃO PARA O ENEM/2016: BLOCO 01
Resolução de questões de REGÊNCIA, FUNÇÕES DE LINGUAGEM, PONTUAÇÃO, CRASE e CONCORDÂNCIA VERBAL, em preparação para o ENEM 2016.
19 de jul. de 2016
18 de jul. de 2016
3 de jul. de 2016
26 de jun. de 2016
7 de jun. de 2016
O grau de responsabilidade dos professores na aferição do conhecimento
É
comum reclamarmos do sistema educacional brasileiro, por sua qualidade
questionável, pela falta de aprendizado significativo dos alunos ou pelo ensino
tradicionalmente mecânico e cumulativo, que não tem a preocupação em formar um
cidadão que seja plenamente crítico ao sair do ensino básico. Um dos motivos desse aprendizado com qualidade
duvidosa pode estar – dentre outras razões – na aferição equivocada do
conhecimento realizada pelos professores. Não raro vemos alunos com
dificuldades no aprendizado apresentando notas quantitativas muito altas, o que
acaba por revelar uma falta de fidelidade entre o estágio em que o estudante se
encontra e o que os números demonstram.
Como
professores, devemos ter muito cuidado na atribuição de uma nota. Estou
considerando que a nota é o resultado de uma série de processos de determinado
período, uma vez que a avaliação é aspecto de extrema abrangência e envolve a
análise de várias competências e habilidades do educando. Mas, se nessa
análise, acabamos por atribuir notas incompatíveis com o resultado de uma
tarefa, acabamos também por sermos injustos, à maioria das vezes de maneira “favorável”
ao aluno. Tomemos como exemplo a nota de uma redação que o professor de Língua
Portuguesa – componente da área Linguagens – atribui a um discente. Digamos que
considerando uma série de critérios, a nota real, justa seja um 6,8. Muitas
vezes o professor, sob a justificativa de reconhecer o esforço do aluno,
atribui-lhe um 8,0, como se aquilo não viesse a ter consequências drásticas. Aquele
estudante passa a entender que o seu texto de fato vale 8, o que representa uma
distorção da realidade.
O exemplo
anterior é apenas um, dentre vários que poderíamos citar aqui. Todos os dias,
seja na escola pública ou privada, alunos conseguem rendimentos que não se
alinham a sua prática diária. Professores relativizam equívocos, deixam de
corrigir falhas, agem passivamente no intuito de favorecer um avanço de estágio
do aluno. É evidente que não vamos defender aqui a reprovação em massa, a
reprovação punitiva ou algo parecido. Mas não podemos deixar de cumprir nossa
função adequadamente, mostrando a nossos discentes as virtudes e suas
deficiências, fazendo-os ter noção clara da realidade de aprendizado em que se
encontram, para que assim tenham condições de superar as dificuldades que o
processo de ensino naturalmente apresenta. Saber quanto vale um 10,0 é de
fundamental importância, visto que ele representa a nota máxima, devendo então
ser atribuído quando uma atividade proposta for plena e competentemente
realizada.
Causa-me
preocupação, sim, essa distorção. Acontece que os professores que procuram ser
justos (eu falei “justos” e não benevolentes) muitas vezes são estigmatizados
de cruéis, de ultrapassados, de detalhistas, metódicos. Isso acaba por gerar
uma cultura em que é mais fácil ao profissional favorecer o aluno – tido equivocadamente
como o fraco, o coitado, o patinho feio. Esses conceitos nem deveriam ser
considerados. No processo de ensino e aprendizagem, há apenas posições
diferentes e não hierarquia. Os alunos são capazes de desenvolverem-se
plenamente e não nos cabe – enquanto mestres – a função de agradá-los
fazendo-os acreditar num nível que não condiz com a sua realidade. Nossa função
é, ao contrário, apontar virtudes e dificuldades, contribuindo para aperfeiçoar
aquelas e superar estas. Assim, estaremos de fato contribuindo para que esses
meninos aprendam significativamente. Temos, sim, um grau de responsabilidade
muito grande na aferição do conhecimento e na consequente atribuição dos
resultados de nossos alunos. Vale a reflexão.
1 de mai. de 2016
PRONOME RELATIVO "CUJO" E SUAS FLEXÕES
USO DO PRONOME RELATIVO CUJO E SUAS FLEXÕES
CUJO
e suas flexões são pronomes relativos e são responsáveis por introduzir orações
subordinadas adjetivas, agregando-a à oração principal e formando apenas uma sentença que parte de duas ideias,
o que também é particular aos outros pronomes relativos. Diferentemente
dos demais relativos, CUJO e suas flexões
concordam com o termo seguinte e, para serem utilizados, devem ter como
referência dois substantivos, sendo que um deles indicará posse, tipo,
proximidade. Vejamos como formar frases corretas utilizando-se esse elemento:
1.
O governo da
nação investe em educação.
2.
A nação
se desenvolve rapidamente.
Oração
resultante:
A nação / CUJO GOVERNO investe em educação / se
desenvolve rapidamente.
Or. Princ. Or. Subord. Adjetiva Oração Principal
O relativo
CUJO, neste caso, concorda com o termo seguinte ‘governo’ e indica relação de
especificação (da nação é adjunto
adnominal de governo).
CUJO e
flexões podem ser depreendidos em DO QUAL, DA QUAL, DOS QUAIS, DOS QUAIS.
Professor
Cassildo Souza.
DÚVIDAS NA CONCORDÂNCIA COM EXPRESSÕES PARTITIVAS (BOA PARTE DE, MAIOR PARTE DE...)
CONCORDÂNCIA COM
EXPRESSÕES PARTITIVAS
Há sempre muitas
dúvidas no que se refere à concordância. Uma das mais recorrentes relaciona-se
às expressões partitivas (uma porção de,
a maioria de, maior parte de) ligadas a substantivos ou pronomes. Nesses
casos específicos, a orientação da maioria dos gramáticos, incluindo FARACO
& MOURA (2004, p. 540), é para que a concordância seja feita no singular
(destacando a UNIDADE do conjunto) ou no plural (destacando os ELEMENTOS do
conjunto).
Observemos:
A maior parte dos brasileiros trabalha de sol a sol, buscando
dignidade.
A maior parte dos brasileiros trabalham de sol a sol, buscando
dignidade.
Ambos
os períodos acima encontram-se adequados gramaticalmente quanto à concordância
verbal. Esta matéria é muito cobrada em concursos públicos e é importante ao
candidato ou usuário da língua formal saber que as duas formas são possíveis
sem se desrespeitar o padrão culto da língua.
Até
a próxima.
Professor
Cassildo Souza.
DIA DO TRABALHO E DO TRABALHADOR TAMBÉM
Cassildo Souza
Dia Primeiro
de Maio de 2016. Estou, neste exato momento, trabalhando. E o que poderia ser causa para reclamação é motivo
de realização e orgulho para mim, haja vista exatamente agora haver milhões de
brasileiros que gostariam de ter um labor que os completassem espiritual,
humana e materialmente. É o dia do Trabalho. O dia em que se deveria poder
comemorar bem mais conquistas do que as que até agora foram alcançadas pelos
cidadãos desta terra, onde tudo é difícil para quem de fato a constrói desde antes
de 1500. Temos o dia do Trabalho, mas quando é que teremos – de fato – O Dia do
Trabalhador?
O país não
para. Ainda que em meio a múltiplas crises que nos tomam há pelo menos 3 anos, alguns
“privilegiados” (por terem trabalho) encontram-se agora ajudando a reconstruir
uma nação que todos os dias (desde seu início) é destruída pela corrupção,
pelos interesses individuais, pela falta de coletividade. Todo dia é dia de trabalho:
é dia de pegar metrô às 4 da manhã para se chegar depois das 10 horas da noite;
é dia de entrar em túneis, arriscando a vida, para retirar minério; é dia de tentar
conter as filas dos hospitais e casas de saúde, com atendimento a quem precisa;
todo dia é dia de entrar na sala de aula, com esperança de mudar um país, e ‘enfrentar’
alunos de todos os segmentos, classes sociais e problemas imagináveis; é dia de
pegar a estrada conduzindo passageiros que também vão trabalhar; é dia de
correr atrás de bandido, para proteger a população trabalhadora; é dia de
apagar um incêndio ou de salvar a vida de uma mãe e seu bebê, para que este
possa no futuro trabalhar; é dia de editar notícias do jornal de logo mais ou
de se corresponder jornalisticamente no meio de um fogo cruzado que atinge mais
trabalhadores do que outras classes; todo dia é dia de fixar paralelepípedo nas
ruas, no meio do sol, gastando a coluna, para que o tráfego seja facilitador do
trabalho; todo dia é dia de abrir o comércio para servir a trabalhadores e para
sobreviver desse trabalho, sempre com o risco de levarem todo o dinheiro do
caixa, sob a ameaça de uma arma na cabeça, apontada por quem não trabalha.
Reiterando, é dia de trabalho. Quase nunca é dia do trabalhador.
Sonho (mas sou
realista) com o que dia em que exaltaremos não apenas o trabalho, mas também o
trabalhador. Isso chega a ser confuso, pois exaltar o trabalho em tese
estende-se a elevar o trabalhador, por ser ele o seu protagonista. Em essência,
é assim, mas não nos esqueçamos de onde nos situamos. Estamos num país
espetacular, que têm muitos atrativos, muitas coisas belíssimas e muita gente
boa – inclusive e principalmente os trabalhadores. Mas também temos pessoas –
no povo e no poder – que não respeitam os direitos, as individualidades, as
habilidades e a competência de quem executa determinada função. Parecemos viver
em torno do trabalho, como se este se constituísse sozinho, independentemente
da força laboral de um ser humano. Este ser humano – a máquina mais legítima e
eficiente que existe – se torna ainda mais humano ao realizar o trabalho mental
ou físico. É ele quem decide a qualidade e a eficiência que esse labor terá.
Viva o Dia do Trabalhador.
Dia de
reflexão, dia de comemoração, por que não, mas dia principalmente de pensarmos
em revolução. No mais positivo sentido da palavra. Revolução no pensamento, na
mentalidade, na não submissão. Revolução para se ter respeito ao Trabalhador.
Para se deixar de considerá-lo apenas um mecanismo de obtenção (e a acumulação)
de riquezas. Revolução para saber cobrar direitos, mas ao mesmo tempo pelo cumprimento
dos deveres, pelo valor moral, por ser essa a atitude digna de quem quer ver
seu lugar.
Revolução em
busca da unificação entre o Dia do Trabalho e o Dia do Trabalhador. Bom trabalho a todos. Não só hoje. Mas todos os
dias.
Assinar:
Postagens (Atom)