Inevitavelmente,
todos cedemos a tradições. Uns mais, outros menos. Por mais que o individualismo
esteja em alta no século XXI, alguns rituais fazem parte de nosso convívio, de
nosso imaginário e, consequentemente, de nossa sobrevivência harmoniosa. Independentemente
de apelos comerciais que se enfatizam nesta época, não seria tão fútil traçar
planos, fazer balanços, vislumbrar o ano iminente. A necessidade de tal
reflexão é algo muito subjetivo para se dar ou não importância. Faço adesão a
esse costume, compartilhado por tanta gente.
Gostaria que
as pessoas enrolassem menos e trabalhassem mais, que atendessem adequadamente o
seu público; seria bom que o reconhecimento (financeiro ou social) se tornasse uma
prática comum entre as autoridades – públicas ou privadas – ao se valerem de
determinado serviço; que as discussões por temas relevantes, como saúde,
educação e segurança, ocupassem mais os espaços da imprensa; que a seriedade na
hora de escolher os representantes nacionais fosse um aspecto habitual entre os
cidadãos. Isso causaria um impacto interessante.
A passagem de
um ano a outro não pode ser, somente, um motivo para reencontrar pessoas, para
comer e beber mais, para ostentar o dinheiro ganho ou para postar momentos nas
redes sociais. É preciso que aproveitemos a oportunidade para ousarmos um
pouquinho nos anseios. Trata-se apenas de um marco temporal – sobre o qual há
muitas controvérsias – que vimos reproduzindo com o passar dos séculos. Mas poderá
ser um ótimo pretexto para mudarmos o pensamento, a atitude, a ação. O 2014
ideal será aquele em que não aceitaremos passivos o desmantelo, a corrupção, a
estupidez e a ignorância, exercendo um papel crucial para que essas mazelas
sejam cada mais afastadas de nosso meio.
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