16 de jun. de 2014

ÍNTERIM


Fico brigando comigo mesmo, certas horas, perguntando-me se vale mesmo a pena entrar em tantos méritos, discutir certas questões. Na maioria das vezes, a intencionalidade do questionador é distorcida, até invertida, como se aquilo que teoricamente justifica as indagações fosse motivo para escândalo. Escandalizados geralmente ficam aqueles que temem agir adequadamente e preferencialmente em torno do coletivo.

Devo-me recolher para certos temas. O corporativismo deliberado, complacente com o que não contribui para o crescimento geral, é o que impera nos dias atuais. É muito mais fácil defender aquilo que não convém, por estar ligado a indivíduos da convivência, do que - independentemente de quem se trate - fazer aquilo que a razão determinaria como mais viável para um grupo. Essa norma não me disponho a seguir, mas - a partir de agora - também me isentarei de "reprovar" seus discípulos. 

Afinal, eu não tenho nada a ver com isso, não é mesmo? Tem-se que ajustar-se a certas normas, para viver bem: contraditoriamente, não àquelas normas que privilegiam um grupo social; mas a certos códigos, ilegítimos, que dizem respeito às idiossincrasias de certos indivíduos. Deixe que eles ajam como quiserem, afinal são donos de si, alguns até "donos da verdade", e eu não ousaria questioná-los mais do que já o fiz. Limitarei-me a posicionar-me sobre assuntos que envolvem linguagens.

Até quando a trégua? Não sei. Minha natureza é muito dinâmica, sou mesmo imprevisível, mas nunca hipócrita.

Um comentário:

Anônimo disse...

LEGAL, MESTRE. MAS PRECISA ESTAR NUMA LINGUAGEM REBUSCADA ASSIM? GOSTO DE SUA CAREZA E OBJETIVIDADE.