2 de ago. de 2014

O INÍCIO DA TRAJETÓRIA EM CURSOS PREPARATÓRIOS


Certo dia de junho de 2005 (sei que foi entre 20 e 30.06), estava numa lan house, quando recebi a ligação de Francisca Bilisca, esposa de Simão Luiz, querendo falar comigo. O motivo: um cursinho de inglês que abriria em Santa Cruz, sob a responsabilidade de Sônia e Erivan (Maria Irene C Santos), professores daquela cidade. Estavam procurando alguém em Currais Novos que pudesse lecionar nesse local. Seria um centro de cursos e idiomas, envolvendo português, matemática, inglês. Como o CLA, através de Simão, era referência, foi lá o primeiro local onde Erivan pediu informações sobre profissionais. Simão, a exemplo que fizera em 1997, quando tive minha primeira oportunidade profissional em sala de aula, indicou - dentre outros nomes - o meu. Então, dirigi-me ao cursinho, para encontrá-los e conhecer Erivan Santos, uma pessoa extraordinária em tudo que viria depois dali. 

Já estava escrito que a partir da experiência que eu iria retomar - embora numa modalidade nova para mim - nunca mais eu deixaria de trabalhar com preparação para concursos e vestibulares. Eu estava na prefeitura havia 7 anos e tinha interrompido - temporariamente - as experiências docentes iniciadas em 1997. Viajei para Santa Cruz, dia 28.06.2005, para o primeiro contato e acertei que voltaria em 30.06.2014, para ir até Natal buscar opções de material didático, especificamente para as turmas de Inglês, viagem que fiz com a Professora Sônia. Não sendo bem-sucedidos lá, acabamos pedindo o livro fora - em Recife-PE - que seria o Interchange. Divulgações foram feitas para iniciar o cursinho e eu sempre em contato com Erivan, por telefone, ansioso para ver no que as coisas dariam. E eis que a primeira turma a ser formada foi a de concursos, com língua portuguesa. Eu sempre quisera trabalhar com português em concursos e vestibulares.  Iniciava, em 28.07.2005, a minha primeira experiência dessa natureza. Uma semana depois, iniciávamos as turmas de inglês, na sexta-feira à noite e no sábado pela manhã. Não tinha ainda toda essa bagagem, mas já procurava fazer com responsabilidade aquilo que me era atribuído.

Para resumir, o cursinho durou até dezembro/2005. Embora houvesse bom número de alunos no total e uma boa aceitação, por questões profissionais, Erivan e Sônia não tiveram condições de continuar com a ideia. Meu amigo Erleilson Herly tinha sido contratado (eu o indicara para a turma de matemática e depois várias vezes houve a retribuição) duas semanas depois de as atividades começarem. A convivência com Erivan, sua esposa Irene e suas filhas foi muito proveitosa nesses tempos. Minha esposa (namorada à época) morava em Santa Cruz, o que também era um suporte para mim. Quando chegávamos, na sexta-feira à tarde, íamos primeiro para a residência de Sônia, onde sempre fomos muito bem tratados por ela, seu esposo Dodó e suas meninas, Mylla e Raphaella. A última viria a ser minha aluna depois, no Cedap.  À noite, após as aulas, voltávamos para a casa de Erivan e várias vezes nos reunimos para ouvirmos seus conselhos, dicas, ensinamentos que ficarão eternamente memorizados e que nos guiam até hoje. Foi dele o incentivo para que fizéssemos o concurso do Estado, que se aproximava. Tratamos de segui-lo e várias noites eu estudava os conteúdos de Didática com Erleilson, antes de dormir.  Foi uma orientação certeira, posto que tempos depois fomos convocados como professores efetivos. Não há nada para dizer que não sejam palavras de agradecimento e sensação de que tudo foi positivo. Creio que nossa ida para Santa Cruz tinha o propósito de encontrarmos essa pessoa que nos deu direcionamentos decisivos em nossas carreiras.

O cursinho encerrou-se, mas os frutos de nossas primeiras aulas vieram depois. Um ex-aluno de lá, Thales, filho de um professor conhecido na cidade, indicou meu nome para o Diretor do Cedap,Sr. Reinaldo Ricardo, em 2006, o qual me convidou para lecionar na preparação ao vestibular, outro desejo latente em mim. Passei 6 anos lá (2006 a 2012) e só saí por questões de ajuste profissional, quando convocado para a segunda carga horária do Estado. Erleilson - após um aulão que ministrou com a presença de Reinaldo - acabou sendo integrado à equipe de professores de lá se encontra até hoje naquele estabelecimento. Mas a história do Cedap eu escrevi outro dia, quando me despedi de lá (http://centraldasletras.blogspot.com.br/2012/08/e-entao-eu-entraria-para-o-cedap.html). Após esses dois trabalhos iniciados em Santa Cruz, as portas iam abrindo-se e cada vez mais eu tinha que dividir minhas atividades profissionais entre a Prefeitura (de cujo quadro funcional eu fazia parte) e instituições da cidade, como COCAP (2006-2007), Central de Cursos (desde 2007), Evolução (2009-2011), J&K CURSOS-Acari (desde 2009). Sempre tive apoio de todo mundo que me rodeia, inclusive na própria Central de Cursos: em 2008, o professor titular Cloacir sugeriu que eu dividisse a disciplina com ele. Uma honra ter a confiança de uma referência atemporal, como aquele mestre.

Nunca chegamos aos objetivos por nós mesmos, sozinhos, sem suporte de pessoas que nos apoiam. Karlo Sérgio foi um cara decisivo em meu crescimento pela confiança que sempre me transmitiu desde as primeiras atuações. Sempre me deu prioridade para assumir as aulas das diferentes modalidades e eu não poderia deixar de citá-lo como importante para que eu me firmasse; o COCAP, aqui em Currais Novos, foi o primeiro cursinho a me convidar para desempenhar minha função e uma turma em especial marcou a mim e a Erleilson (um cara sempre presente em minha trajetória profissional): era a turma preparatória ao primeiro Exame de Nível Médio Integrado do IFRN - Campus de Currais Novos (2006), que teve uma aprovação espetacular, mesmo com apenas duas semanas de aula (todos os dias). Nesta turma, existia - dentre outros meninos - um certo cara chamado Eric Costa, estudante de Medicina da UFMA, que voltaria a ser meu aluno em 2010. São vários os processos. Eu já pensava em ser professor nessas modalidades, lá atrás, quando esse ramo reunia uma quantidade bem maior de alunos. Posso dizer que é um sonho realizado, visto que eu não tinha convicção de que um dia atingiria essa meta. É um segmento bastante concorrido e cheio de imprevisibilidades. Com o tempo, é normal que atenuemos a quantidade de aulas na preparação ao ENEM, concursos e IFRN, inclusive no meu caso, pela carga já "pesada" de trabalho que tenho com as aulas no Estado. Mas esse é outro capítulo, a que me dedicarei em outra ocasião, quando falarei de minha ida para a Escola Estadual "Tristão de Barros". 

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