Preliminarmente previsto para iniciar em 2013, o governo
brasileiro adiou por três anos o início da vigência do ACORDO ORTOGRÁFICO DA
LÍNGUA PORTUGUESA - promulgado em 2008 e em uso desde 2009 - visando alinhar os
cronogramas de Brasil e Portugal. Assim, desde 1.º de janeiro de 2016, a
nova grafia já está valendo como oficial em situações comunicativas formais
escritas.
As mudanças incidem em aproximadamente 0,8% dos vocábulos no
Português do Brasil e em 1,3% das palavras do idioma em Portugal. A intenção
principal do acordo é padronizar a língua (matéria que provoca muitas
discussões e questionamentos entre os linguistas), facilitando o intercâmbio
cultural e econômico entre os país que a tem como oficial.
Os concursos e vestibulares - nos últimos 6 anos - poderiam exigir
tanto a versão antiga quanto a versão em vigor do Acordo Ortográfico, desde que
deixassem isso claro em seus editais. Em relação aos acentos gráficos, foram
modificadas apenas as palavras PAROXÍTONAS. Palavras derivadas por prefixação
tiveram considerável revisão em relação ao emprego do hífen. Muita gente ainda
não domina as alterações, algumas das quais exploraremos numa série de
orientações. As primeiras são as seguintes:
O ALFABETO
O alfabeto era
formado por 23 letras,
mais as letras chamadas “especiais” k,
w, y. Agora, essas letras integram o
alfabeto definitivamente, passando-se a constituir 26 sinais gráficos. São usadas em
siglas, símbolos, nomes próprios e seus derivados. Exemplos: km, watt, Byron, byroniano.
EMPREGO DO TREMA
O trema é eliminado em palavras portuguesas e
aportuguesadas, mas a pronúncia permanece.
Exemplos:
aguentar, consequência,
cinquenta, quinquênio, frequência, frequente, eloquência, tranquilo, pinguim,
linguiça
ACENTUAÇÃO DOS DITONGOS ABERTOS "EI"
Não se acentuam os ditongos
abertos -ei e -oi nas paroxítonas. Exemplos:
assembleia, plateia, ideia, colmeia, boleia, panaceia, Coreia,
hebreia, boia, paranoia, jiboia, apoio(forma verbal), heroico, paranoico.