27 de mar. de 2016

SÉRIE "CASOS ESPECIAIS DE GRAFIA" - 03: CESSÃO / SESSÃO / SEÇÃO


CESSÃO  
A) O vocábulo cessão é um substantivo. É o ato ou efeito de ceder, doar, liberar. Situando num período:

            A secretaria fez cessão do prédio à escola.

            Foi firmado um convênio objetivando a cessão de materiais entre as duas prefeituras.

SESSÃO
B) Sessão é o intervalo de tempo que dura determinada reunião, assembleia ou um espetáculo cinematográfico, teatral ou musical. Vejamos o uso numa sentença:

            A sessão de cinema foi na livraria.

            Hoje não haverá sessão na Câmara dos Vereadores.

SEÇÃO
C) Seção é a parte de um todo, subdivisão, segmento. Veja a aplicação nas frases:

            A seção eleitoral não pode ser visitada pelos candidatos.


            Visitei a seção de discos no piso superior da loja. 

26 de mar. de 2016

SÉRIE "CASOS ESPECIAIS DE GRAFIA" - 02: MAU / MÁ / MAL


MAU - MÁ

A) A palavra mau é sempre um adjetivo, antônimo de bom. Sempre tem como termo referente um substantivo. é o seu feminino. Exemplos:

            Foi um mau (ruim) momento escolhido para falar.
            A (ruim) impressão deve ser desfeita logo.

MAL

B) Mal pode ser:

·         advérbio de modo, antônimo de bem:  
            Ele esteve mal de saúde, mas, felizmente, melhorou. (adv.)
·         conjunção temporal, equivalente a logo que:
            Mal soube do pagamento, foi cobrar o empréstimo. (conj.)
·         substantivo:
            O mal do nosso povo é a submissão. (substantivo)

25 de mar. de 2016

SÉRIE "CASOS ESPECIAIS DE GRAFIA" – 01: EMPREGO DOS “PORQUÊS”


POR QUE / POR QUÊ

A) Escreve-se por que (preposição + pron. relativo):

  • quando puder ser substituída pela expressão pelo qual e suas flexões. Exemplo:  
O caminho por que (pelo qual) ando é tranquilo.
·         quando, depois dele, estiver escrita ou subentendida a palavra razão. Se estiver em final da frase, será acentuado. Exemplos:

            Por que (razão) o Brasil é tão corrupto?
            Não sei por que (razão) não aprendemos a ser livres.
            Você saiu mais cedo por quê (razão)?

PORQUE

B) Escreve-se porque:

·         quando se trata de conjunção explicativa ou causal. Nesse contexto, ela terá o mesmo sentido de pois. Exemplos:

            Fale baixo, porque (pois) a criança dorme.
            Chegou tarde porque enfrentou uma enorme fila no banco.

PORQUÊ

C) Escreve-se porquê:

·         quando se trata de um substantivo. Para tanto, deverá vir precedido de um artigo ou outro determinante, significando, desse modo, motivo ou razão.

            Não compreendi o porquê (o motivo) de tanta exigência.

17 de mar. de 2016

DIFERENÇAS ENTRE VÊ/VER, CRÊ/CRER, DÁ/DAR, LÊ/LER, ESTÁ/ESTAR



Na língua portuguesa existe uma dúvida muito grande em relação a quando usar adequadamente as formas verbais acentuadas em oposição às formas de infinitivo de alguns verbos, quando estes apresentam semelhança gráfica e fonética. Por exemplo, qual seria a ocasião correta para se usar VÊ e VER? Em que situações um e outro devem ser empregados?

As formas VER, CRER, LER, DAR e ESTAR constituem INFINITIVOS VERBAIS (terminações verbais, como AR, ER e IR) e, quando conjugadas na terceira pessoa do singular, perdem o "R", devendo ser acentuadas. Logo, o verbo CRER tornar-se-á CRÊ na conjugação; o verbo VER tornar-se-á VÊ e, assim, por diante.

O povo brasileiro crê pouco nas autoridades públicas. (certo)
O povo brasileiro não crer nas autoridades públicas. (errado)
A atenção que o professor dá a seus alunos é fundamental. (certo)
A atenção que o professor dar a seus alunos é fundamental. (errado)

Notemos que usar, nesses casos, o verbo no infinitivo seria alguma coisa estranha, como observamos na comparação seguinte:

Antônio faz com que os processos sejam agilizados.  = O professor  atenção aos alunos.

Antônio fazer com que os processos sejam utilizados. = O professor dar atenção aos alunos.

O infinitivo, no entanto, funcionará como verbo principal no caso de locução verbal (mais de um verbo valendo como um só), como no esquema abaixo:

O professor pode dar atenção a seus alunos de forma mais eficiente. (certo)
O professor pode  atenção a seus alunos de forma mais eficiente. (errado)

Na comparação,

O professor pode fazer tudo mais corretamente = O professor pode dar atenção a seus alunos.
O professor pode faz tudo mais corretamente = O professor pode  atenção a seus alunos.

Então, para resumir, as formas verbais com "R" vistas aqui são infinitivas e serão utilizadas nas locuções verbais, como verbo principal; as formas verbais acentuadas serão utilizadas de forma simples, como verbo flexionado na oração.

Havendo dúvidas, postem comentários. Responderemos assim que possível.

Grande abraço,


Professor Cassildo Souza.

2 de mar. de 2016

SÉRIE ACORDO ORTOGRÁFICO - PARTE III


1. ACENTUAÇÃO DOS HIATOS ANTECEDIDOS DE DITONGO:  

Não se acentua o –i e –u tônicos das palavras paroxítonas quando precedidas de ditongo.

baiuca, boiuna, feiura, feiume
*Permanece a regra dos hiatos não antecedidos de ditongo, com i ou u tônicos: saída, saúde, baú, Brejuí.

2. EMPREGO DO HÍFEN COM RADICAIS INICIADOS EM “R” OU “S”:

Não se emprega o hífen nos compostos em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo começa por r ou sTais consoantes se duplicam.

antessala, antessacristia, autorretrato, antissocial, contrassenso, contrarregra, ultrarromântico, ultrassonografia, suprarrenal.
*Permanece o hífen nos vocábulos cujos prefixos super, hiper, inter (terminados em r), aparecem ligados a elementos também iniciados em r: inter-relação.
3. EMPREGO DO HÍFEN COM VOGAIS DIFERENTES:

Não se emprega o hífen nos compostos em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo começa por vogal diferente.

autoafirmação, autoescola, contraindicação, contraordem, extraoficial, neoimperialista, semiárido, supraocular, ultraelevado

*Permanece o hífen nos vocábulos em que o segundo elemento inicia com h: super-homem, extra-humano, anti-herói.