16 de abr. de 2016

QUE ESSA CHUVA PASSE LOGO

Está muitíssimo chato e complicado ser brasileiro. Não conseguimos mais ter paz, o mínimo sossego de que precisamos para tocar nossas vidas, nossos trabalhos, nossos projetos. Para tudo quanto é lado, vemos "intelectuais" discutindo política: cada um querendo defender seu lado, implorando a audição do outro na tentativa desesperada de provar suas teses. E quão bizarras são algumas teses!!
Enquanto o processo político é comentado (não necessariamente discutido), enquanto a corrupção continua - desde 1500 - a imperar por aqui, enquanto os componentes da mídia convencional comemoram a sua audiência de um evento que supostamente afastará a Presidente (o que não considero golpe, mas entendo ser uma manobra política e, para mim, as duas coisas são diferentes), os deputados, os senadores, os prefeitos, os governadores resistem protagonizando atos de corrupção (basta citar o caso da Assembleia Legislativa do RN, de que já se esqueceram); pior que isso, doenças graves se instalaram nas casas dos brasileiros - algumas estão voltando -, a violência toma conta das ruas e ninguém mais consegue debater assuntos importantes. Sobram agressões verbais e físicas.
Fico pensando no quanto o período que dizem ser de conquistas tem trazido inquietação, discórdia e falta de bom senso às pessoas. Evidentemente que como professor que se preocupa com os alunos, eu não poderia incentivar a falta de discussão sobre temas importantes para o país. Mas não vejo favorabilidade da era que estamos vivendo para promover tais questionamentos, visto que o extremismo tem-se impregnado até mesmo na cabeça de pessoas consideradas bem informadas, os intelectuais.
Desejo que esse momento que o país atravessa modere-se porque temo por atitudes radicais e pouco aconselháveis num país dito democrático. Sinceramente, não captei direito ainda o que tem ocorrido, acredito que muitas pessoas têm a mesma sensação. Hoje, estou me proibindo de ter um posicionamento, porque posicionar-se virou, há muito, razão para desentendimentos, ridicularização, falta de respeito a posições contrárias.
Saudades do tempo em que o debate era menos acalorado, mais honesto e menos estúpido.
Os assuntos que compreendem a nação brasileira, hoje, poderiam abranger soluções para as doenças diversas que têm matado pessoas; soluções para reequipar escolas construídas há décadas e que se encontram em ruínas; soluções para resolver de vez o problema da violência, o qual só pune um tipo de grupo: a dos cidadãos de bem que trabalham diariamente para sustentar um país tão bagunçado, de um povo tão interesseiro e de uma elite política (de A a Z) tão vagabunda que nós temos.
O resto...o resto eu venho contar depois que a chuva passar.

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