7 de fev. de 2008

Incertezas (Cassildo Souza)

Ciente de que de nada estou certo
Ando pelo mundo das muitas incertezas
Sem saber onde parar, qual o limite
Sem ter noção, flutuando nas profundezas.

Certeza eu tenho que nada me assegura
Não duvido de nada por que não posso
Não tenho autoridade para nada contestar
Já que essa incerteza insiste em me cercar.

Estou situado no planeta incerteza
Quem nele habita é chamado de perdido
O seu alimento ideal deve ser razão
Que abastece o espírito combatido.

Mas, a escassez desse sentimento é nítida
E os perdidos ou incertos têm dificuldades
De se livrarem desse fenômeno incômodo
Que coloca em risco todas as verdades.

Se bem que verdades, nesse mundo falado
Não são tão notáveis, visto que ele é incerto
E neste mundo eu tenho vivido há tempos
Sem nenhum sinal de reversão por perto.

Isso tudo faz com se chegue a um consenso
Que, na realidade se constitui em bom senso:
No mar das questões concretas,
Estou afogado em todas as respostas incertas.

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