Dia 7 de setembro. Desfiles enfeitarão as ruas das cidades do País. Discursos serão proferidos em larga escala. Mecanismos de comunicação farão suas coberturas com cuidado singular, para que nada passe despercebido. Claro, é o Dia da Independência do Brasil. 189 anos após o evento planejado para que D. Pedro I gritasse, contra sua própria vontade, "Independência ou morte!".
Muitos protestam alegando que tal independência nunca se concretizou de fato. Mas considero essa história um pouco clichê. Não é interessante repetirmos que o Brasil é um refém econômico dos países mais desenvolvidos, nem afirmarmos que todo esse acontecimento da Independência foi objeto de "cartas marcadas". Isso já está - sob minha ótica - mais do que ultrapassado. Toda e qualquer independência deve partir, em primeiro lugar, da consciência individual, antes que se estenda à coletividade.
Se reivindicamos que o Brasil seja cada vez mais autônomo, tentemos nós agir assim em primeiro lugar. Somos manipulados por tudo. Internet, televisão, modos de vestir, falar, festividades que nos são repassadas como manifestações culturais e que na verdade atendem a uma indústria gigantesca, dentre outros exemplos. Somos, a maior parte do tempo, "maria-vai-com-as-outras", porque é mais cômodo permanecermos inertes, desde que algumas necessidades vitais sejam a nós garantidas. Falta termos a coragem de irmos de encontro a certas concepções e nada é mais aprisionante do que isso. Não somos independentes. Fazemos o que a sociedade emana.
Não podemos radicalizar e combater tudo e todos que estão à nossa volta. As coisas devem ser equilibradas e harmoniosas. Mas o fato é que desejamos uma independência nacional, quando na verdade ainda não saímos de nosso próprio casulo. O casulo da ignorância, dos conceitos provincianos, do preconceito, da necessidade de aparecermos socialmente; o casulo do orgulho, da falta de coleguismo, da inveja; o casulo da falta de consciência na hora de escolhermos representantes, da falta de atitude quando discordamos de nossas autoridades e falta de refutação dentro de nosso próprio grupo. Não saímos, ora porque não queremos; ora porque temos de dar satisfação para o mundo todo. Não somos independentes. Fazemos o que os outros nos mandam fazer.
Todos precisamos refletir sobre a independência intrínseca. É muito viável fazer críticas à nação, que é apenas uma vítima da forma como a conduziram ao longo de sua trajetória. O país ser ou não independente deriva de sermos ou não politizados, conscientizados, bem-resolvidos em nossas concepções. E isso não se contrasta com termos orgulho do Brasil. Tenho, sim, orgulho de nossas riquezas naturais, de nossos artistas, de nossos esportistas, de certos profissionais que elevam no nome desta terra lá fora. Ser indepedente implica isso também. Implica referirmos a nosso país-continente com entusiasmo e satisfação. Vamos todos, antes de qualquer coisa, buscar essa capacidade interior de reconhecermos as coisas positivas e de nos livrarmos de determinados preceitos. A partir daí, poderemos reclamar a liberdade geral, num processo que não se faz de noite para o dia.
Muitos protestam alegando que tal independência nunca se concretizou de fato. Mas considero essa história um pouco clichê. Não é interessante repetirmos que o Brasil é um refém econômico dos países mais desenvolvidos, nem afirmarmos que todo esse acontecimento da Independência foi objeto de "cartas marcadas". Isso já está - sob minha ótica - mais do que ultrapassado. Toda e qualquer independência deve partir, em primeiro lugar, da consciência individual, antes que se estenda à coletividade.
Se reivindicamos que o Brasil seja cada vez mais autônomo, tentemos nós agir assim em primeiro lugar. Somos manipulados por tudo. Internet, televisão, modos de vestir, falar, festividades que nos são repassadas como manifestações culturais e que na verdade atendem a uma indústria gigantesca, dentre outros exemplos. Somos, a maior parte do tempo, "maria-vai-com-as-outras", porque é mais cômodo permanecermos inertes, desde que algumas necessidades vitais sejam a nós garantidas. Falta termos a coragem de irmos de encontro a certas concepções e nada é mais aprisionante do que isso. Não somos independentes. Fazemos o que a sociedade emana.
Não podemos radicalizar e combater tudo e todos que estão à nossa volta. As coisas devem ser equilibradas e harmoniosas. Mas o fato é que desejamos uma independência nacional, quando na verdade ainda não saímos de nosso próprio casulo. O casulo da ignorância, dos conceitos provincianos, do preconceito, da necessidade de aparecermos socialmente; o casulo do orgulho, da falta de coleguismo, da inveja; o casulo da falta de consciência na hora de escolhermos representantes, da falta de atitude quando discordamos de nossas autoridades e falta de refutação dentro de nosso próprio grupo. Não saímos, ora porque não queremos; ora porque temos de dar satisfação para o mundo todo. Não somos independentes. Fazemos o que os outros nos mandam fazer.
Todos precisamos refletir sobre a independência intrínseca. É muito viável fazer críticas à nação, que é apenas uma vítima da forma como a conduziram ao longo de sua trajetória. O país ser ou não independente deriva de sermos ou não politizados, conscientizados, bem-resolvidos em nossas concepções. E isso não se contrasta com termos orgulho do Brasil. Tenho, sim, orgulho de nossas riquezas naturais, de nossos artistas, de nossos esportistas, de certos profissionais que elevam no nome desta terra lá fora. Ser indepedente implica isso também. Implica referirmos a nosso país-continente com entusiasmo e satisfação. Vamos todos, antes de qualquer coisa, buscar essa capacidade interior de reconhecermos as coisas positivas e de nos livrarmos de determinados preceitos. A partir daí, poderemos reclamar a liberdade geral, num processo que não se faz de noite para o dia.
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