Cassildo Gomes Rodrigues de Souza
A palavra surgiu de maneira inusitada. Sem querer, certo desenvolvedor de sites, ao tentar escrever WEBLOB, acabou - sabe-se lá por quê - empregando BLOG e rapidamente tanto o vocábulo quanto a coisa por ela representada espalhou-se pelas telas de computadores de todo o mundo.
A idéia do blog, como já vivenciamos, é da interação entre autor e leitor, uma espécie de hipertexto, que constitui o centro de todas as tecnologias sociais. Postagens feitas para serem comentadas por pessoas das variadas raças, classes, escolaridades, homens, mulheres, crédulos e incrédulos. Um fórum para colher opinião sobre temas geralmente polêmicos. Funcionou bem durante cerca de uma década inteira. Com o advento das redes sociais, entretanto, especialmente Orkut, Twitter e Facebook, tal finalidade passou a ocupar outros espaços, fazendo dos blogs - se não obsoletos - menos atrativos do antes.
Como debatia com o amigo Théo Alves, certo dia em minha casa, as páginas utilizadas com o objetivo preliminar de interagir com o leitor, fazendo deste um coautor do texto, continuam abertas. Mas agora parecem servir a fins semelhantes aos da página comum (homepage): divulgar, orientar e principalmente armazenar informações em links. Eu mesmo faço isso, desde quando criei o blog que vocês acabam de acessar, visto que as matérias aqui postadas até podem receber comentários, mas as inserções não têm prazo de validade, nem se trata obrigatoriamente de discussão sobre temas. Os textos poderão ser revisitados quantas vezes se queira.
É ótimo - a meu ver - que assim sejam consideradas até porque, guardadas as devidas limitações em relação a um site comum, o blog não cobra hospedagem no servidor e é o próprio autor que o atualiza, tornando-se prático o seu manuseio. Não é preciso nem reiterar que o propósito com que os blogs foram criados se transferiram para as redes sociais e que estas podem - inclusive - abrigar os links das matérias colocadas nas páginas dos blogs, justificando ainda mais a finalidade da interação contida em todas essas tecnologias virtuais.
Tais ferramentas parecem mesmo ter vida útil limitada, pelo menos especificamente a respeito dos seus objetos iniciais. Se hoje o Facebook responde por quase 900 milhões de usuários, não sabemos o que lhe ocorrerá futuramente. Não podemos assegurar que desaparecerá. Sim, porque da mesma forma que aconteceu com a blogosfera, de repente Twitter e afins também deverão modificar seus focos, mas permanecerão a existir neste eterno "reinvento" em que se transformaram os nossos dias.
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