29 de abr. de 2013

NÃO BASTA RESPEITAR AS NORMAS, É PRECISO SABER O QUE ESCREVER

Todas as vezes que aplico uma atividade de produção textual, em algum curso preparatório para vestibulandos, algumas questões inquietantes me vêm à cabeça, seguindo-me insistentemente. Desta vez, aqui na Central de Cursos, 16h50 do dia 29 de abril de 2013, ocorreu-me de comentar sobre a importância de se conhecer os assuntos que serão abordados. Por mais "ajustadinha" que pareça a redação, somente isso não garantirá seu sucesso. É preciso ter propriedade sobre aquilo que se afirma.

Quando os professores de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias apontam a leitura como base fundamental para se escrever bem, não desejam que seus alunos simplesmente aprendam regras gramaticais ou coesão e coerência textuais no sentido técnico dos termos. Estão alertando que tais discentes precisam inteirar-se plenamente dos temas que interessam à sociedade, os quais compõem as preferências na elaboração da proposta do ENEM. É necessário, mais do que normas da boa escrita, saber a respeito do que se debate.

É razoável atentar, também, para o fato de que a leitura não pode ficar limitada aos livros e conteúdos convencionais, normalmente carregados de linguagem verbal. Assistir a um filme ou a documentário com uma visão crítica é uma maneira de ler, de conhecer o mundo em que se vive, bem como debater sobre assuntos diversos como música, futebol, crise internacional, educação. Isso faz parte do universo de experiências cotidianas também considerado na prova nacional para o nível médio. A praticidade é levada em conta quando se trata do ENEM, incluindo-se - com grande peso - a redação.

Entendamos, então, que as regras de gramática, embora também avaliadas nesse tipo de exame, não asseguram a abordagem adequada de um assunto, posto que dominar um tema demanda conhecimento obtido a partir de informações oriundas de diversas fontes. Alunos que desejam sobressair-se na produção textual de qualquer vestibular devem atentar para tais detalhes, raciocinando dentro da filosofia de que não se consegue discutir um tópico sobre o qual não se têm informações concretas. Buscar adequadamente tais informações (e elas existem aos montes) é o preço da redação bem-sucedida no ENEM.

28 de abr. de 2013

DON'T / DOESN'T


DON'T (DO NOT) e DOESN'T (DOES NOT) nada mais significam do que NÃO. A negação, em inglês, no SIMPLE PRESENT (PRESENTE SIMPLES).

DON'T para I, YOU, WE, THEY ou correspondentes; DOESN'T para HE, SHE, IT ou correspondentes.

1. You and I (WE) DON'T know the boss. (Você e eu NÃO conhecemos o chefe.)

2. Jessica (SHE) DOESN'T know the boss. (Jessica NÃO conhece o chefe.)

DON'T é também utilizado no IMPERATIVO NEGATIVO:

"DON'T speak loud!" (NÃO fale alto!)

LÍNGUA INGLESA - SUPERLATIVE



Observe os exemplos nesta frase:
         The oldest man in a Chinese town was old and ill.  

    Apresenta-se  uma qualidade de um acima da de muitos outros, configurando um SUPERLATIVO.
        Em inglês, a formação do grau SUPERLATIVO dos adjetivos é feita das seguintes maneiras:
  •  Nos adjetivos curtos, de uma sílaba, adiciona-se est. Quando o adjetivo termina em –e adiciona-se apenas st:
         tall – tallest
         short – shortest
         small – smallest  
         wide – widest     
         large – largest
         Michael is the TALLEST boy in his classroom. (Michael é o garoto mais alto de sua sala).

  • Nos adjetivos de duas sílabas terminados em -y, troca-se o –y por –I e acrescenta-se est:
        easy – easiest
        funny – funniest  
        dirty – dirtiest  
        pretty – prettiest  
        happy – happiest
        English is the EASIEST subject I know. (Inglês é a matéria mais fácil que eu conheço).

  • Com alguns adjetivos de duas sílabas, em geral acrescenta-se the most antes do adjetivo para formar o comparativo de superioridade:         
           beautiful - the most beautiful
           populous - the most populous    
           interesting - the most interesting
         English is the MOST INTERESTING subject I know. (Inglês é a matéria mais interessante que eu conheço).
  • Com alguns adjetivos de duas sílabas, as duas formas são possíveis:
           narrow – narrowest ou most narrow
           polite – politest ou most polite
           common – commonest ou most common
           pleasant – pleasantest ou most pleasant
        Mary is the POLITEST (ou MOST POLITE) girl I know. (Mary é a garota mais educada/fina que eu conheço).

  • Nos adjetivos de uma sílaba terminados em consoante + vogal + consoante, sobra-se a consoane final antes do acréscimo de est.
          big – biggest  
         hot – hottest 
         thin - thinnest 
         fat – fattest 
         wet - wettest 
       Caicó is the HOTTEST city in Seridó. (Caicó é a cidade mais quente que eu conheço).

  •  Alguns adjetivos de formas irregulares no comparativo de superioridade. Os mais comuns são:
          good – best  
          bad – worst
          far – farthest / furthest
          much/many – most 
          little – least
         English is the BEST subject I know. (Inglês é a melhor matéria que eu conheço).

  • Importante: na formação do grau superlativo, acrescenta-se o artigo definido the (o, a, os, as) antes do adjetivo.
          Values are the most important things we have. (Valores morais são as coisa mais importantes que temos).

19 de abr. de 2013

A SENSAÇÃO DE NÃO TER FEITO NADA



Ser autocrítico não é fácil. Defendo que isso deveria ser uma prática corriqueira de todo profissional que se preze. Quem é professor, no entanto, parece levar a sério demais a autoavaliação e certas vezes sente uma impressão de que pouco tem realizado em favor de seus alunos. Em determinados casos é só a impressão, mas a autoflagelação do docente é certa e inevitável.

Esses dias, por diversos motivos que não cabem ser discutidos agora, tenho percebido minha pouca (ou nenhuma) interferência sobre meus alunos. Meu discurso parece ultrapassado para eles – por mais que eu me considere bastante atual e que esteja atento a novas tendências. Minhas orientações embasadas, em meu ofício, parecem não receber um interesse efetivo, como se os ensinamentos de um professor jovem – mas já experiente – não fizessem a menor diferença na vida dos discentes. Longe de mim duvidar da própria capacidade. Confio demais em meu potencial. Muitos deles, não.

Concordo que eu não preciso me martirizar tanto porque entendo que procuro fazer o que está ao meu alcance, da melhor maneira possível. Sei que outros profissionais comprometidos também sentem tal falta de entusiasmo no exercício de suas atribuições. Não se trata de falta de gosto pelo ensino, mas da constatação de que um esforço sobre-humano, às vezes, não culmina em um resultado concreto, pelo menos para aquilo que está nas expectativas do profissional. É uma sensação incrivelmente negativa.

A sensação de não ter feito nada me tem tomado recentemente. Paranóias de um professor, talvez; cuidado excessivo com seus alunos, aparentemente; mania de perfeccionismo, mesmo que a perfeição não exista, possivelmente. Sensações assim desgastam bastante, porque – de certa forma – presumem o fracasso. E assim vamos vivendo, buscando, tentando, até que chegue um fato novo animador que encubra a sensação de não ter feito nada.

14 de abr. de 2013

VÍCIOS DE LINGUAGEM

São chamados VÍCIOS DE LINGUAGEM os fenômenos lingüísticos que se desviam da norma-culta padrão, muito comum na língua falada, mas acabam sendo, inconscientemente, levados ao registro escrito, como nas redações escolares. São classificados em:

1. AMBIGÜIDADE

Fenômeno que dá margem a mais de uma interpretação, pela maneira como se organizou a estrutura textual. Nesse caso, o leitor não sabe, ao certo, o teor da mensagem, por não existir clareza na comunicação.

1. A cachorra da minha sogra não sai de casa.Possibilidade 1: A sogra tem uma cachorra que não sai de casa
Possibilidade 2: Alguém chama a sogra de cachorra e diz que ela não sai de casa

2. Maria pediu para Flora trazer a sua bolsa.Possibilidade 1: Maria pediu para Flora trazer a bolsa de Maria.
Possibilidade 2: Maria pediu para Flora trazer a bolsa de Flora.

2. BARBARISMO

Constitui a grafia ou pronúncia inadequada ao padrão culto da língua, pela troca, ausência ou excesso de sons/letras.

Acho muito supérfulo esse negócio de carro de luxo.(Escrita correta: supérfluo)

Repercurtiram muito mal as suas colocações na TV. (Escrita correta: repercutiram)

3. CACÓFATO ou CACOFONIA
Indica uma formação sonora desagradável, com palavrões ou repetição excessiva de uma estrutura fonética.

Tudo aquilo que abunda sobra.
A classificação deve ser por cada uma das modalidades.
Sempre saio só no sábado.
Eu apoio a sua idéia, só que assim você não conseguirá nada.

4. SOLECISMO


Compreende qualquer falha de natureza sintática: concordância, regência, falta de seqüência lógica.

Responda ela no telefone. (Responda-lhe ao telefone)
Todas as coisas é muito relativas. (...são muito relativas)
Haviam trezentas pessoas no evento (Havia...)


5. REDUNDÂNCIA ou PLEONASMO VICIOSO
É aquela repetição desnecessária, tendo em vista palavras já citadas ou subentendidas, provocando ruído ou entropia ao texto.

Na sua opinião, você acha, particularmente, que vai passar?(Na sua opinião, você passará? / Você acha que passará?)
Eu voltei de novo à Câmara, porque o povo quis meu segundo retorno.(Eu voltei à Câmara porque o povo quis).

5 de abr. de 2013

O "MITO" DA PROVA AINDA ASSUSTA OS ALUNOS

Se fosse com outro nome, sem um aviso especial, sem data específica para realização, tenho a nítida impressão de que o termo "prova" não causaria tanto impacto. De certo modo, incomoda-me o fato de esse momento provocar um verdadeiro pânico em nossos alunos.

No exato instante em que inicio o presente texto, encontro-me aplicando atividade individual sem consulta dos alunos do ensino fundamental. O termo "avaliação individual sem consulta" soa bem mais leve. No entanto, seu significado de PROVA, TESTE, EXAME não passa - na realidade - de um dos inúmeros procedimentos do processo avaliativo. Não deveria provocar tanto medo, mas esse desespero tem explicação.

Temos culpa nisso. Quando os alunos apresentam desinteresse ou indisciplina, costumamos usar a prova como um subterfúgio ou um trunfo, alertando-os para que caso não tenham empenho, eles se complicarão no exame de determinado bimestre. Por outro lado, deixar clara a importância de um momento como esse é também nossa função, já que na vida todos passarão teoricamente por etapas parecidas, especialmente em concursos e vestibulares. A importância deve ser enfatizada, mas não a ponto de causar traumas. Quase sempre, todos ficam atônitos.

Esta parte do texto começo a escrever já durante a prova do ensino médio. Por incrível que possa parecer, o mito é o mesmo também nesse nível. Talvez os alunos acabem deixando para estudar na última hora, a insuficiência da preparação aumente a pressão e, consequentemente, o receio de não realizar um bom exame. O fato é que, no futuro, muitas ocasiões dessa natureza farão parte da vida dos alunos, e não devemos, portanto, enquanto formadores de pessoas cidadãs, privá-los desse exercício.

Algumas maneiras de tirar tal apreensão incontida dos alunos podem ser favoráveis: primeiro, deixar clara a relevância do exame individual, mostrando aos discentes que isso é apenas parte do processo; não fazer de um teste um escudo ou uma vingança contra o aluno, não convém à nossa responsabilidade enquanto educadores; realizar simulados periódicos no estilo de uma prova a ser aplicada. Com esses procedimentos, provavelmente se tornará natural o momento "prova". Julgando-se importante, pode-se trocar o termo PROVA por "atividade individual sem consulta". Seria uma estratégia interessante para vencermos esse mito.

1 de abr. de 2013

QUESTÕES PARA CONCURSOS (ORTOGRAFIA):

01. Assinale o erro
a) Não quiseram fazer a pesquisa, tão pouco responderam ao questionário.
b) Todo mal é finito.
c) Invadiram a fazenda, mal nasceu o dia.
d) Não fale sobre esse jogo.


02. Só está correta a frase:
a) Chorou, mais não convenceu.    b) Ele não é assim tão mau.
c) A firma esta sobre nova direção. d) Voltou não sei por que. 


03. Assinale o erro
a) Daqui a um ano, eu te darei a resposta.
b) Sua conversa foi acerca da dívida.
c) A criança estava sob as cobertas.
d) Isso ocorreu a pouco.  

RESPOSTAS COMENTADAS:
01-A. Quando significa "nem" ou "também não", a forma correta é TAMPOUCO; TÃO POUCO (separado) significa MUITO POUCO, o vocábulo TÃO é advérbio de intensidade. Na "b , "mal" está como substantivo, portanto correto, na "c", "mal" indica tempo, por isso correta a grafia, e na opção "d", "sobre" está correto por significar "a respeito de". 

02-B. na "a", deveria ser "mas" (porém), na "c", o correto é "sob" (abaixo de, comandado por), na "d", o "que" deve ser acentuado por estar em final de oração. 

03-D. Quando indicar tempo passado, o correto é escrever "há", com o sentido de "faz"; na alternativa "a", existe temporalidade futura, portanto correto o "a"(preposição), na "b", "acerca" significa "sobre", por isso correta a escrita, na "c", poderia ser "sob" ou "sobre", dependendo do contexto.