5 de abr. de 2013

O "MITO" DA PROVA AINDA ASSUSTA OS ALUNOS

Se fosse com outro nome, sem um aviso especial, sem data específica para realização, tenho a nítida impressão de que o termo "prova" não causaria tanto impacto. De certo modo, incomoda-me o fato de esse momento provocar um verdadeiro pânico em nossos alunos.

No exato instante em que inicio o presente texto, encontro-me aplicando atividade individual sem consulta dos alunos do ensino fundamental. O termo "avaliação individual sem consulta" soa bem mais leve. No entanto, seu significado de PROVA, TESTE, EXAME não passa - na realidade - de um dos inúmeros procedimentos do processo avaliativo. Não deveria provocar tanto medo, mas esse desespero tem explicação.

Temos culpa nisso. Quando os alunos apresentam desinteresse ou indisciplina, costumamos usar a prova como um subterfúgio ou um trunfo, alertando-os para que caso não tenham empenho, eles se complicarão no exame de determinado bimestre. Por outro lado, deixar clara a importância de um momento como esse é também nossa função, já que na vida todos passarão teoricamente por etapas parecidas, especialmente em concursos e vestibulares. A importância deve ser enfatizada, mas não a ponto de causar traumas. Quase sempre, todos ficam atônitos.

Esta parte do texto começo a escrever já durante a prova do ensino médio. Por incrível que possa parecer, o mito é o mesmo também nesse nível. Talvez os alunos acabem deixando para estudar na última hora, a insuficiência da preparação aumente a pressão e, consequentemente, o receio de não realizar um bom exame. O fato é que, no futuro, muitas ocasiões dessa natureza farão parte da vida dos alunos, e não devemos, portanto, enquanto formadores de pessoas cidadãs, privá-los desse exercício.

Algumas maneiras de tirar tal apreensão incontida dos alunos podem ser favoráveis: primeiro, deixar clara a relevância do exame individual, mostrando aos discentes que isso é apenas parte do processo; não fazer de um teste um escudo ou uma vingança contra o aluno, não convém à nossa responsabilidade enquanto educadores; realizar simulados periódicos no estilo de uma prova a ser aplicada. Com esses procedimentos, provavelmente se tornará natural o momento "prova". Julgando-se importante, pode-se trocar o termo PROVA por "atividade individual sem consulta". Seria uma estratégia interessante para vencermos esse mito.

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