As cotas universitárias constituem também um tema muito polêmico. Já em vigor no país, com regras ajustáveis a cada instituição universitária ou tecnológica, aqueles porventura não beneficiados posicionam-se - geralmente - de forma contrária a essa política. Já os contemplados tentam sustentar um discurso politicamente correto, mas fica implícito que, havendo possibilidade de inserção, todos querem ser beneficiados com o acesso mais fácil ao ensino superior.
A seguir, disponibilizamos posicionamento A FAVOR e CONTRA.
A favor
O acesso ao ensino superior no Brasil nunca foi realizado de maneira igualitária entre as classes sociais. A hipocrisia quer esconder que alunos de escolas públicas sempre tiveram muita dificuldade para ingressar na universidade, o que sempre acabou frustrando o futuro de milhares de jovens recém saídos do ensino médio. Dentro desse grupo, ainda existem os negros, índios e pardos, raças historicamente excluídas das oportunidades educacionais e de trabalho. Com a política de cotas, o governo - admitam ou não - está amenizando erros do passado e renovando a esperança desses meninos e meninas para sonharem com uma vida digna e futuro promissor.
Contra
Se o governo deseja desfazer desigualdades sociais e proporcionar uma educação de qualidade aos grupos historicamente excluídos, não conseguirá fazê-lo apenas com a garantia de vagas a esses alunos, sem critérios que avaliem capacidades. O processo deve ocorrer de maneira inversa. Ao investir no ensino básico das escolas públicas, o Estado capacitará melhor os futuros universitários, inclusive aqueles enquadrados nos grupos étnicos de negros, índios e pardos. Quando se tem uma base sólida, a conquista da universidade torna-se muito mais possível de se concretizar de forma equânime e, além disso, evita-se que a sociedade aponte as fraquezas dos beneficiados pelas cotas, os quais - em sua maior parte - serão vistos como "intrusos" e incapazes de competir com todos.
3 comentários:
Essas opiniões são suas? Pegaste em algum lugar? Interessante serem da mesma pessoa... Bem sano...
Sim. Como professor de redação, eu preciso mostrar aos alunos como temas complexos abrem margem para posicionamentos diversos. Ou seja, não há 100% de obviedade para nenhum dos lados. Caso argumentos sejam bem construídos, ambas as opiniões são válidas. Existem temas que até admitem um terceiro posicionamento,o parcial. Na falta de textos que tratem do assunto, muitas vezes eu mesmo acabo criando os exemplos. Em outras oportunidades, pego também exemplos de produções dos alunos.
Obrigado por prestigiar. Grande abraço.
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