Quanto tempo durará
O hiato que se formou
Entre nossas esquisitas idéias?
Esse abismo, para onde deslocar
Se tudo mantém uma oposição
Se nada se obtém no núcleo da razão?
Caminhos descaminhados
Descaminhos prolongados
Nesses ninhos enrolados.
Tiros não acertados
Tombos não planejados
Em rebeldias sem causa.
Muitos emaranhados
Indefinidos estados
Que não apresentam pausa.
E a direção, sem um norte
Sem forte orientação
Na calada das incertas.
Pudesse eu escrever
Tudo que quero dizer
Sem as feridas abertas,
Diria, em alto tom
Não há nada assim tão bom
Que não emita alertas.
O espaço que cresceu
Distância que percorreu
Nada muito adiantou.
Esperarei por resposta
Sem figuras de retórica
Essa questão está posta.
Nada se modificou
Onde está esse meu “eu”,
Para onde se voltou?
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