19 de nov. de 2011

AOS CAPACHOS, O MEU DESPREZO



“Odeio fantoches, capachos do chefe, cupinchas do patrão; odeio essa raça de gente costa-quente, gente falsa, serpente que se arrasta pelo chão.” (Guilherme Arantes, em Fantoches, 1980).
Letra com mais de 30 anos e pouco conhecida do cantor e compositor paulistano Guilherme Arantes, ela – infelizmente – continua atual. É impressionante como alguns seres humanos se prestam a papéis ridículos, como viver espiando a vida dos colegas de trabalho, para sustentar seu prestígio junto aos patrões. Isso ocorre cotidianamente nas repartições e organizações de diversas esferas.
Ouvindo o disco de 1980, ao chegar à faixa dessa música, vi-me na obrigação, enquanto ser humano que gosta de opinar sobre as coisas em sua volta, de posicionar-me sobre tão revoltante grupo que compensa a falta de competência delatando pessoas e – o pior – acrescentando informações, a fim de ocupar determinado posto ou de manter privilégios com seus superiores.
Tais atitudes apenas ratificam a fraqueza dessas personagens. Não têm capacidade de conquistar seus comandantes por mérito próprio e recorrem a mecanismos pouco escrupulosos para continuar no cargo ou até mesmo alcançar níveis mais altos. O curioso é que – geralmente – tais comandantes não se apresentam com um caráter tão diferente dos seus capachos, pois têm nestes a oportunidade de manter-se a par das situações, porque simplesmente também não são tão comprometidos com a função que exercem.
Aos capachos e aos que deles se aproveitam, o meu desprezo. Essas atitudes não levam rigorosamente a nada e só contribuem para a falta de avanço, trazendo muito mais prejuízos do que resultados positivos. Estarei sempre disposto a contrariar aqueles que defendem esse “tráfico de influências”, porque está em completo desacordo com o elemento fundamental em qualquer tipo relação.

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