“Stand up”, “sit down” foram essas as
primeiras palavras que ouvi em Inglês, em sala de aula, na minha vida.
Chegaram através de uma voz forte e pela boca de um homem que, a partir
daquele dia, despertaria em mim a curiosidade por idiomas estrangeiros.
Era manhã de segunda-feira no ano de 1989. Nessa época, era comum os
alunos ficarem de pé no momento da entrada do professor em sala e só
sentarem após a autorização do mesmo.
Hoje, manhã de sexta-feira no ano de 2013, acordei sem palavras. Uma
trava na garganta me impede de exprimir a sensação de perda que tomou
conta não só de mim, mas de todos aqueles que tiveram a oportunidade de
conhecer o trabalho desenvolvido pelo mestre que hoje partiu. Por outro
lado, me sinto na obrigação de oferecer-lhe palavras, pois foi
exatamente isso que recebi durante o contato que tive com o homem que
trouxe para Currais Novos o primeiro projeto de doação de vocabulário
para aqueles que queriam ampliar suas formas de comunicação. O professor
de quem eu falo está, no dia de hoje, me provando que a forma mais bela
de se dar continuidade à vida é propagar ideias, é passar conhecimento
adiante, é plantar nos outros a semente da paixão por aquilo que se ama.
Meu primeiro e grande mestre ainda vive, foi fruteira da qual seus
frutos foram aproveitados e seu saber continuará sendo repassado. Essa,
para mim, é a vida eterna. Grato, Simão Luiz!
Giânote Araújo
Nenhum comentário:
Postar um comentário