8 de jul. de 2008

REDAÇÃO III - A PACIENTE

- Socorro, socorro! – gritou, com a voz trêmula, uma jovem de apenas vinte e cinco anos que se chamava Sônia e estava num banco de hospital público à espera de ser atendida.
- Ei, Doutor, me ajude, por favor! – continuava a chamar a mulher.
Os médicos e enfermeiros transitavam no hospital, mas sempre estavam apressados para socorrer outras pessoas nunca davam atenção aos pacientes que se encontravam na fila de espera.
Sonia estava prestes a dar a luz, sua gravidez era de risco e ela tinha chances de morrer na hora do parto. Márcio, que era casado com ela, chegou desesperadamente gritando:
- Sônia, o que houve? Você está pálida. Cadê os médicos?
- Não sei, ainda não chegou a minha vez, mas acho que nossa filha vai nascer - respondeu ela, com um ar de tranqüilidade na face.
Tudo parecia calmo para Sônia, era como se o nascimento do seu bebê eliminasse as dores por ela sentidas, naquele momento. Então apareceu uma enfermeira e perguntou:
- A senhora precisa de ajuda?- Sim, preciso, meu neném vai nascer – respondeu.
A enfermeira fez o parto ali mesmo e ao final de tudo colocou a criança nos braços da mãe.
- Veja, ela é perfeita! – disse Sônia quase sem voz.
- É sim, meu amor! – comentou o marido emocionado.
Ao perceber a situação da mulher a enfermeira chamou, imediatamente, um médico que encaminhou Sônia para uma sala de cirurgia. Porém, era tarde demais, a paciente já havia falecido.
Autora: Élida Priscila Fernandes Costa (9,00)

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