31 de ago. de 2012

A DIVERSIDADE DA CLIENTELA ESTUDANTIL E SUA INTERFERÊNCIA NO PROCESSO EDUCACIONAL


Alguns estudos pedagógicos tendem a apontar - pelo menos na cabeça de quem os distorce - que a escola é sempre a grande vilã do sistema educacional. Embora em muitas situações isso se confirme, deve ser creditado exclusivamente a nós, educadores, a falta de sucesso com a clientela estudantil desta era, totalmente complexa e cheia de diversidades?

Concordo que estamos atrasados demasiadamente em relação ao que deveríamos cumprir. No entanto, o tipo de estudante que temos hoje deve ser analisado com maior critério. A condição social em que meninos e meninas vivem, jogados à própria sorte - ou à mercê de migalhas oferecidas pelo governo para se manterem na escola - sem perspectivas, expostos a ambientes completamente desfavoráveis, parece ser um aspecto que muitos analistas desconsideram quando apontam a instituição escolar como grande responsável pelo fracasso educacional.

As consequências dessa condição social afetam as crianças e adolescentes, às vezes de maneira irreversível. Quando chegam às escolas, esses meninos já têm em sua "bagagem" hábitos que necessitam ser desfeitos. A escola então acumula atribuições: além de cumprir as suas funções de ajudar na formação de cidadãos conscientes, acaba tendo o ônus de ser - em parte - a responsável por disciplinar seus alunos como se fosse a família, atribuição a meu ver insubstituível e por isso impossível de ser conquistada com exclusividade pela instituição educacional.

Antes de se indicar a escola como algoz da educação, incluindo os profissionais em sua maioria comprometidos, seria razoável que as análises se focassem na formação inicial, a de casa, aquela que depende de uma série de fatores para ser efetivada. Por mais que professores, supervisores e gestores estejam imbuídos em contribuir com o sucesso de seus alunos, a clientela - pelas peculiaridades que apresenta - tem interferência direta nos resultados finais a serem obtidos.

28 de ago. de 2012

MODELO NOVO DE ARTIGO DE OPINIÃO

Proposta de redação / tema: Por razões médicas ou por decisão pessoal, a mulher deve praticar o aborto?
Pseudônimo: Cagil Brasil

 INFORMAÇÃO, SAÚDE E VIDA

                                                                                                                                               Cagil Brasil
 

O aborto é atualmente um tema muito debatido em nosso país. Legalizado já em alguns países, no Brasil é alvo de discussão entre a maioria das organizações religiosas e grande parte da população que rejeita tal prática e setores feministas que clamam por sua legalização.
A legislação atual permite o aborto apenas em caso de estupro ou risco de vida para a mãe e recentemente foi também aprovado no caso de fetos anencéfalos. Esses são casos extremos, nos quais o nascituro não teria uma possibilidade de vida ou poderia gerar problemas para a saúde da sua mãe e, por se tratar de razões médicas realmente sérias, a mulher deve escolher sobre sua própria vida e a que carrega em seu ventre.

Porém, avançar para a legalização total do aborto seria um grande abuso contra a própria humanidade, pelo simples fato de tal prática ir contra a lei natural da reprodução. O rápido fluxo de informações e o acesso cada vez maior a elas favorece a diminuição no número de gravidezes indesejadas e os avanços na saúde permitem uma gestação cada vez mais tranquila e com um menor índice de complicações.

Assim, a mulher tem o dever de salvaguardar o direito à vida da criança concebida e, neste caso, não se aplica o direito de livre escolha sobre seu corpo, já que a vida é o bem maior do ser humano, nascido ou não. É importante ressaltar que a mulher já exerceu sua livre escolha ao engravidar deliberadamente, pois, em caso de estupro, a lei daria suporte à sua decisão de abortar.

Em visto disso, o governo deve garantir cada vez mais o acesso à informação e uma saúde de qualidade, para proporcionar às mulheres uma gravidez segura, garantindo sua integridade fisica e o direito ao nascimento de quem já está vivo em seu ventre.

*Texto produzido pelo Aluno Simão Pedro Araújo de Medeiros, do Cursinho Pré-Vestibular IEJ, Acari/RN.
Nota atribuída: 9,75

MUDANÇAS QUE INTERROMPEM CICLOS



         O mês de agosto representou muitas mudanças para mim.  Acho que nunca tinha havido tamanhas alterações em meu dia a dia antes. Sempre fui um pouco inquieto para umas coisas, mas – outras – eu sempre tive uma preocupação por preservá-las, como as relações nas escolas, cursinhos, prefeitura, locais onde tenho trabalhado nos últimos 15 anos.

            Convocado para ser professor no Estado novamente, tive que fazer opções. A gente não pode querer abraçar o mundo, nem conseguiria se assim tentasse. Antes de fazer tais escolhas, fui – finalmente – para minha humilde mas aconchegante residência, conquista em conjunto com a minha esposa e cúmplice, Ivanise. Na sequência, tive que informar à Prefeitura, lugar de atuação há 14 anos, que também a deixaria.

            A última despedida, se é que podemos chamar assim, pela rapidez com que aconteceu tudo, foi no Cedap, em Santa Cruz, cursinho pré-vestibular que me proporcionou a primeira chance de trabalhar com preparação desse nível. Seis  anos atrás eu iniciava as minhas aventuras nesse mundo complexo, mas prazeroso, após ter conhecido Professor Reinaldo, a quem agradeço profunda e permanentemente. 

            São modificações radicais até certo ponto, mas que me trarão novos desafios. Talvez, pela primeira vez em 34 anos de vida, eu não estivesse preparado para trajetórias tão sinuosas; já iniciado em Acari, cidade onde fiquei com a maioria das aulas, vou encarar as experiências como desafios; espero fazer tantos amigos quanto fiz nos outros locais; espero poder deixar minha contribuição. E àqueles de quem ora me distancio, podem ter certeza, os ensinamentos que vocês me possibilitaram são incontáveis e estarão sempre na memória. A vida segue e nós também, sempre na esperança de que isso não acabará, porque a continuidade é o que move quem escolheu ser inquieto.

18 de ago. de 2012

E ENTÃO EU ENTRARIA PARA O CEDAP


Agosto de 2006 
 
- Alô, Professor Cassildo?

- Sim, quem é, por favor?

- Aqui é Reinaldo, diretor do CEDAP, estou falando de Santa Cruz. Queria conversar com você para ver a possibilidade de umas aulas no isolado de Português. Quando você poderá vir aqui?

- Acho que na quarta ou na quinta-feira. Estou resolvendo umas coisas aqui.

- Pois eu espero. Ligue antes para mim, quando puder vir.

Foi assim, de maneira objetiva que Reinaldo, diretor do CEDAP – Santa Cruz, teve seu primeiro contato comigo, para que eu pudesse assumir umas aulas de Língua Portuguesa no isolado daquele cursinho preparatório ao vestibular. Sempre quisera ser professor nessa modalidade, mas achava que não chegaria; já dava aulas preparatórias para concursos, também iniciadas em Santa Cruz, no Centro de Cursos e Idiomas, comandado por Erivan e Sônia, e acreditava que turmas de vestibular fossem mais complexas: engano meu.

Na segunda ou terça-feira (não lembro exatamente), numa tarde chuvosa eu estaria lá conhecendo o famoso professor Reinaldo. Fui disposto a não assumir aulas, talvez por medo. Reinaldo cuidou para me tranqüilizar dizendo que vestibular também era uma espécie de concurso, e então contaria comigo na quinta-feira seguinte, dia 24.08.2006. Eu nem tive como reagir com um “não”.

Ali começava minha trajetória como professor de cursinho pré-vestibular, isso numa época em que não havia ainda essas políticas que “empurram” a todo modo alunos para as universidades. Talvez por isso as aulas fossem tão participativas e grandes alunos, como Thales, hoje universitário, e Prentice tivessem marcado. Depois viriam Randerson, Rodrigo e outros dos quais não lembro o nome agora. Fora de Thales a indicação para Reinaldo, uma vez que tinha sido meu aluno na época do Cursinho de Erivan.

Durante esses quase 7 anos ininterruptos, tive momentos de glória e momentos de decepção. Bom que os sucessos – na minha humilde visão – tenham sido maiores; tive uma experiência com Língua Inglesa (disciplina em que atuo hoje, pelo Estado, com muita satisfação) em 2007, nas turmas do ensino médio. Não fui bem aceito, mas completei todo o ano letivo sem uma única falta, mesmo nos momentos difíceis, mais críticos, em que pensava nunca mais ensinar Inglês. Confesso que houve dias em que, dentro do ônibus, eu chorasse pensando que era um grande vilão. Tudo serviu de aprendizado e de experiências que haviam de ser vivenciadas. Alguns desses alunos do ensino médio viriam a fazer cursinho depois e até se tornar meus amigos.

Hoje, ao saber que esse trajeto será interrompido, veio um filme à minha cabeça. O filme da gratidão por ter iniciado tudo lá, em termos de pré-vestibular; o filme por nunca haver interrompido antes minhas aulas naquela instituição. Enfim, veio o reconhecimento pela oportunidade que o CEDAP me deu e pela continuidade da confiança mesmo nos momentos desfavoráveis.

2012 é um momento em que me sinto à vontade nas turmas. Mantenho ótimo relacionamento com a maioria dos alunos. Mas, com a convocação do Estado, infelizmente eu não poderei continuar. Pelo menos por esse restante de ano. São decisões que aparecem quando menos esperamos.

Aos meus alunos de antes e de agora, a meus colegas que lá fiz, a Reinaldo e D. Joana, a Andréa, Flávia, Anchieta, Edileuza, seu Emídio, meus sinceros agradecimentos. Muito obrigado a vocês pela consideração, pelo prestígio, pelo respeito. Mesmo os que não gostam de mim acreditem: sou eternamente grato a vocês por fazerem parte do meu crescimento.

O CEDAP não representa uma página virada. Para mim, isso não passa de uma “pausa para o cafezinho”.

Cassildo Souza

13 de ago. de 2012

PARABÉNS, TRISTÃO DE BARROS!






Parabenizamos a todos os profissionais e alunos da Escola Estadual “Tristão de Barros” em virtude da comenda recebida do Governo do Rio Grande do Norte, através da Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Desportos, como “reconhecimento pelo empenho para o desenvolvimento da Educação e da Cultura” no Estado.

A comunidade escolar sente-se orgulhosa por mais um destaque desta instituição educacional que, mesmo com as dificuldades, não tem medido esforços para realizar um trabalho de qualidade.

12 de ago. de 2012

O voleibol dá uma lição ao futebol



Enquanto esperávamos que o futebol, tido como nosso esporte predileto, fosse - pela primeira vez - conquistar uma medalha de ouro, o destino em sua ironia colocou o voleibol feminino - longe de ser favorito nestas Olimpíadas - como um campeão de vergonha, pela superação. Observemos nós a postura dos jogadores de vôlei, mesmo quando perdem, e observemos as atitudes dos jogadores de futebol. Não há salto alto com treinadores do estilo Zé Roberto e Bernardinho. Há muito trabalho e pouca badalação. Esses caras são super premiados e mantêm a serenidade e seriedade. Acho que são modelos para todos os outros esportes. Mas não apenas eles, e sim as pessoas que coordenam o esporte, a mentalidade e consciência de longo prazo, como deve ser tudo que tende a dar certo.

O voleibol masculino está, no momento em que escrevo este artigo, disputando o ouro com grandes chances de ganhar (já vence por 2 sets a 0). Independentemente do resultado final, fico à vontade para dizer que há algum tempo, deixamos de ser o país do futebol e passamos a ser o país do voleibol. Continuarei sendo o mesmo futebolista de sempre, mas tenho de admitir que a nação passou a acompanhar efetivamente o voleibol; esse esporte se incorporou aos cidadãos brasileiros de maneira muito positiva.Diria que só falta haver a inversão nos altos salários que os cartolas e atletas do futebol recebem, muitos deles sem merecer; isso deveria ser ao contrário, até pela organização que aqueles que coordenam as quadras demonstram em relação aos que coordenam os campos.

Nos últimos 20 anos, o nosso futebol masculino chegou a 3 finais de Copa do Mundo e levou 2; nas Olimpíadas, nunca conseguiu passar da medalha de prata (3 ocasiões); as meninas – por duas vezes – foram prata nas Olimpíadas (2004 e 2008) e – em outras duas ocasiões – foram vice-campeãs mundiais de futebol (2007 e 2011). Marcas que poderiam ser melhores considerando que sempre fomos titulados como o “o país do futebol”. Já no voleibol feminino, somos 2 vezes medalhistas de bronze (1996 e 2000) e 2 vezes conquistamos medalhas de ouro (2008 e 2012); embora nunca tenhamos conquistado Campeonatos Mundiais, somos várias vezes campeões do Grand Prix. No voleibol masculino, as conquistas dispensam comentários: bicampeões Olímpicos (1992, 2004 e, possivelmente, 2012), Mundiais, 9 vezes Campeões da Língua Mundial e inúmeras outras conquistas menos relevantes. Comparando o tempo que se jogam os dois esportes, na minha cabeça, o voleibol ganha com folga.

Temos talentos, mas só isso não basta; se o voleibol não tivesse mudado a mentalidade, a fim de se adequar aos novos tempos, a fim de se profissionalizar de fato, não apenas em relação a altos salários (como acontece em muitos casos), não estaria no posto que ocupa hoje. Já vemos jogadores como Dante receberem como se fossem jogadores de futebol, mas isso é consequência natural do crescimento e do merchandising que se tem quando algo se torna “a bola da vez”. Ao futebol resta aprender a lição de se organizar, acabar com velhos vícios e os cartolas ultrapassados que nada entendem de do esporte e que desejam apenas usufruir financeira e socialmente das categorias de base que ainda restam em alguns clubes, firmando acordos com empresários de idoneidade duvidosa. O Brasil está se tornando o país do voleibol e isso é um recado ao futebol.

11 de ago. de 2012

PROPOSTA DE REDAÇÃO - MAIS UMA


PROPOSTA DE REDAÇÃO 

Coordenação: Professor Cassildo Souza  
PRODUÇÃO TEXTUAL  

 

Brasil tem mais de sete mil padres casados ou vivendo em união estável

Redação SRZD | Nacional | 25/04/2010 19:48

De acordo com o Movimento Nacional das Famílias dos Padres Casados, o Brasil possui mais de sete mil padres casados ou vivendo em união estável. Dos cerca de 500 que fazem parte do movimento, 40 são de Fortaleza.
Segundo José Edson da Silva, 41 anos, presidente do movimento, a proibição do casamento por parte da Igreja faz com que os padres não assumam a paternidade, principalmente pelo fato de não querer abandonar os benefícios concedidos pela instituição religiosa.
"O mercado de trabalho é exigente e quando somos padres, temos tudo - carro, casa, emprego e a segurança que a instituição dá. É muito cômodo se manter nessa situação", afirmou.





Há muito discutido, o casamento para padres católicos sempre constitui matéria polêmica, principalmente pelo conservadorismo existente por parte da Igreja, bem como pela sua doutrina, firmada numa tradição milenar. Com base no texto anterior, escreva uma CARTA endereçada ao Papa BENTO XVI, posicionando-se a respeito do casamento envolvendo os citados padres, o que lhes permitiria constituir família e – ao mesmo tempo – continuar exercendo suas funções eclesiásticas. O teor apelativo da carta deverá responder à seguinte questão: A Igreja Católica deve liberar o casamento para seus padres?

(     ) SIM                                 (    ) NÃO                                (    ) EM PARTE



INSTRUÇÕES:



Þ      Evite, ao máximo, rasuras;
Þ      Assine sua Carta Argumentativa com o pseudônimo CATOLICIS MATRIMONUS; a assinatura com o nome original implicará em nota zero;
Þ      Escreva, no mínimo, 15 e, no máximo, 40 linhas;
Þ      Escreva seu texto, PREFERENCIALMENTE, no verso desta proposta;
Þ      Serão analisados os seguintes aspectos: emprego adequado da norma culta; análise correta e coerente do tema proposto; aspectos coesivos; estrutura textual adequada à tipologia e ao gênero textual.







Nome do aluno: ___________________________________________________________________

10 de ago. de 2012

Tempo composto.


                                                                                                                                          Cassildo Souza

Ciclos são círculos
Na imensidão do vai-e-vem
A largada e o final
Da plena rotação
Em linha sinuosa.

As eras transpassam
Todas as rotas
Suas rodas se deslizam
No arisco caminho
Que o tempo construiu.

São viagens meteóricas
Quase imperceptíveis
Senão quando voltamos
A esta vã dimensão
Inconstante “in natura”.

MOURÃO-VOLTADO


    Cassildo Souza

Para que serve a luz?
Pra trazer felicidade
Pra que serve a humildade?
Para quebrar os tabus
Pra que serve o ano-luz?
Pra medir a imensidão
Pra que serve a vastidão?
Pra se opor ao limitado
Isso é que é mourão voltado
Isso é que é volta-mourão.

3 de ago. de 2012

QUESTÕES COMENTADAS


INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS – QUESTÕES COMENTADAS
Tribunal Regional Eleitoral do AMAPÁ – Analista Judiciário – FCC / 2006

As questões de números 01 a 05 referem-se ao texto a seguir.


O que mais surpreende na morte do jovem escritor Alberto Campos é que ele não trazia consigo essa marca misteriosa dos que foram escalados para morrer cedo. Não era um desses "avisados" que já parecem surgir do berço com as mãos e a alma preparadas e que, em sua rápida viagem pelo mundo, limitam-se a olhar silenciosamente para as outras
criaturas, com uma certeza nos olhos: uma certeza que nos contagia, mas que continuamos aparentemente a ignorar, tanto é grave esse reconhecimento.
O amigo que olhasse para Alberto Campos não se sentiria coagido a colocar o problema da morte. O corpo talvez
fosse débil, mas o que sobretudo identificávamos nele era a chama do espírito, que arde generosamente e que se alimenta
do seu próprio fogo.
(Carlos Drummond de Andrade)


01. De acordo com o texto, as pessoas que morrem precocemente
(A) surpreendem-nos sempre, pois tendemos a associar a morte à velhice.
(B) deixam transparecer, desde que nascem, sinais do que lhes ocorrerá.
(C) têm, em vida, pressa em passar pelo maior número possível de experiências.
(D) são justamente aquelas que nos pareciam mais intensas e vitais.
(E) preocupam-se em nos fazer ignorar seus pressentimentos.

02. A única afirmação correta em relação ao texto é:
(A) Em Alberto Campos não havia nenhum indício de que morreria precocemente.
(B) O destino não nos permite qualquer convicção sobre quem vai ou não morrer precocemente.
(C) A debilidade física de Alberto Campos era um indício que seus amigos fingiam não ver.
(D) A força espiritual depende do olhar alheio para alimentar sua própria energia.
(E) Os que vão morrer cedo buscam sempre convencer-se
do contrário.

03. Traduz-se corretamente o sentido de uma expressão do texto APENAS em
(A) marca misteriosa = sinal irreconhecível.
(B) escalados = excluídos.
(C)) certeza que nos contagia = convicção que nos toma.
(D) sentir-se coagido = mostrar-se disponível.
(E) chama do espírito = brilho aparente.

04. Identifica-se noção de causa no segmento:
(A) ... com as mãos e a alma preparadas...
(B) ... em sua rápida viagem pelo mundo...
(C) ... tanto é grave esse reconhecimento.
(D) ... limitam-se a olhar silenciosamente para as outras criaturas...
(E) ... e que se alimenta do seu próprio fogo.

05. O amigo que olhasse para Alberto Campos... (início do 2º parágrafo)
A forma verbal grifada na frase acima denota, no contexto,
(A) condição hipotética.                     (B) desconfiança real.
(C) desejo concreto.                           (D) dúvida possível.
(E) surpresa provável.

1-B: A RESPOSTA É DENUNCIADA POR DOIS SEGMENTOS: “...não trazia consigo essa marca misteriosa dos que foram escalados para morrer cedo.” “Não era um desses ‘avisados’ que já parecem surgir no berço com as mãos e a alma preparadas e que,...”. No texto, Alberto Campos é uma exceção a essa regra que, portanto, é defendida por Drummond.

2-A: Essa resposta pode ser justificada pelos motivos da questão n.º 1. Se Alberto Campos era uma exceção à regra de que alguns já nascem com a “marca” da morte, conseqüentemente, não havia nele indícios de que morreria antes do tempo, por isso, fala-se em morte surpreendente. Não se esperava que ele morresse cedo, ao contrário dos demais.

3-C: Questão que envolve significação de palavras, semântica. A letra A é descartada, pois enquanto “marca” é sinônimo de sinal, “misteriosa” não pode ser substituída por “irreconhecível”; na letra B, “escalados” não significa “excluídos”; na letra D, “coagido” é exatamente o contrário de “disponível”, coagido significa inibido, intimidado; na letra E, as duas expressões não têm nada de relação uma com a outra.  Na letra C, a resposta, “certeza” é sinônimo de “convicção” e “que nos contagia” pode substituir tranquilamente a expressão “que nos toma”.

4-C: Analisando-se o período por completo, se substituirmos o termo “tanto é grave esse reconhecimento” por “uma vez que é grave esse reconhecimento/tendo em vista ser grave esse reconhecimento, porque é grave esse reconhecimento” (todas expressões que indicam causa), teremos mantida a coerência do período. A oração da letra C realmente indica causa e é, por isso, a resposta da questão n.º 4.

5-A: Questão que envolve verbo. A desinência SSE sempre indica que o verbo está no IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO. O modo subjuntivo indica imprecisão ou incerteza da forma verbal. Não há garantia de que alguém olharia Alberto Campos, a indicação sugere indefinição e, por isso, a letra é a resposta. Há uma “condição hipotética”. Ou seja, poderia ocorrer ou não.

1 de ago. de 2012

PROPOSTA DE REDAÇÃO (ENEM, VESTIBULAR, PROITEC, IFRN)


PROPOSTA DE REDAÇÃO
TURMA PREPARATÓRIA AO ENEM, VESTIBULAR, PROITEC/2012 E INTEGRADO/2013
Coordenação: Professor Cassildo Souza (01.08.2012)

Leia atentamente o trecho a seguir, extraído de reportagem da revista Veja On Line.




CIDADANIA AO AVESSO
Manifesto pela paz em praia carioca: parte da classe média presente nas passeatas não enxerga
relação entre drogas e violência

QUEM CHEIRA MATA
O usuário de cocaína financia as armas e a munição que os traficantes usam para matar policiais, integrantes de grupos rivais e inocentes.

A venda de cocaína aos usuários cariocas rende 300 milhões de reais por ano aos bandidos. Os usuários de drogas financiam a corrida armamentista nos morros. Cada tiro de fuzil disparado tem também no gatilho o dedo de um comprador de cocaína. Essa realidade não é facilmente admitida. A tendência é tratar o usuário com leniência. Alguns países — o México é um exemplo — deixaram de considerar crime o porte de pequenas quantidades de cocaína. É uma medida temerária que aumenta a arrecadação dos bandidos e, como resultado, o seu poder de fogo.



Com base no trecho de reportagem acima, escreva uma DISSERTAÇÃO EM PROSA, CONCORDANDO, DISCORDANDO ou se posicionando PARCIALMENTE sobre a tese de que o usuário de cocaína financia a violência, defendida na citada matéria.


INSTRUÇÕES:

  1.  Atribua um título adequado a seu artigo;
  2.  Evite, ao máximo, rasuras;
  3. A assinatura no texto acarretará ao aluno a nota ZERO (0,00);
  4. O texto deverá adequar-se à norma ortográfica vigente (antigo acordo ortográfico);
  5. Serão analisados os seguintes aspectos: emprego adequado da norma culta; análise correta e coerente do tema proposto; aspectos coesivos; estrutura textual adequada à tipologia e ao gênero textual.


NOME: ___________________________________________________________ NOTA: _____