31 de mar. de 2013

ALGUNS DOS ERROS MAIS COMUNS EM TEXTOS DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVOS:



·           Foco da proposta: é preciso concentrar-se na pergunta-chave que será respondida ao longo do texto;
·           EXPOSIÇÃO dos dados estatísticos em detrimento da ARGUMENTAÇÃO. Dados podem ser usados na INTRODUÇÃO, para apresentar o tema, ou no desenvolvimento, para ILUSTRAR, mas não deve predominar a título de ARGUMENTOS;
·          Confusão entre TEMA X TÍTULO;
·           Não posicionar-se claramente, deixando a resolução para as autoridades ou para as pessoas envolvidas;
·           Idéias extremadas, ser radicalmente contra ou radicalmente a favor, especialmente com temas polêmicos como aborto, legalização da maconha, gravidez, união de homossexuais;
·           Fuga ao gênero textual sugerido. Fazer manifesto ou propaganda sobre determinado tema;
·           Expressões da fala em texto argumentativo como “já pensou?”, “gente, acorde!”, “bem”, “acertou em cheio”, “imagina só”;
·           Introdução detalhando o tema; o parágrafo introdutório deve apresentar o tema em linhas gerais, dando pistas do que será tratado, ao leitor;
·           “Ter” usado como “Haver”; “Tem muita gente que trabalha duro.” O certo é “Há muita gente que trabalha/Existe muita gente que trabalha duro.”
·           HÁ + ATRÁS com ideia de tempo decorrido;
·           Chegar à conclusão sem ter desenvolvido ou aprofundado o tema;
·           Uso de ONDE sem indicação de lugar;
·           Clichês como ULTIMAMENTE, NAS ÚLTIMAS DÉCADAS, etc nem sempre se enquadram na introdução;
·           Problemas de norma culta (concordância e ortografia, principalmente);
·           Falta de seqüência coerente de tempos verbais;
·           Confusão nos parônimos (ex. machista x marxista);
·           Não definição de verbos de 1ª conjugação quanto ao pretérito x futuro: MUDARAM / MUDARÃO.

24 de mar. de 2013

NOTAS IMPORTANTES PARA OS ALUNOS

Alunos do EM, da Escola Estadual "Tristão de Barros": quarta-feira, dia 27.03, será a nossa avaliação referente à primeira unidade: 3ªs. "A" e "C", 1ª "B" e 1ª "D". Terça-feira, faremos uma pequena revisão.

Atenção, alunos do ENSINO FUNDAMENTAL, da Escola Estadual "Tristão de Barros", quarta-feira será a prova dos 6ºs anos "A" e "B"; 7ºs anos "A" e "B" e 8º ano "A". Estudem, como já devem estar fazendo, os conteúdos até agora trabalhados. Nada de tensão e nervosismo, este é um procedimento normal para medirmos o que foi apreendido até agora.


Amanhã, na Central de Cursos, turmas do VESPERTINO e NOTURNO, resolveremos questões sobre o que foi estudado até agora, extraídas de nosso material. Será uma revisão dos 2 primeiros meses de aula.

18 de mar. de 2013

POR QUE EXERCITAR A PRODUÇÃO ESCRITA?




16h45 de segunda-feira. Mais uma vez, estamos em aula de produção textual. O tema? Não importa, fica em segundo plano, embora eu o considere importante. Na Central de Cursos, enquanto os alunos expedem seus posicionamentos, eu começo a refletir sobre a importância de exercitar a habilidade escrita. Muitos – incrivelmente – ainda não se deram conta de quanto será ruim não dominar essa característica daqui em diante. Se os vestibulares sempre cobraram esse tipo de tarefa, agora os concursos também começam a cada vez mais aplicá-lo em suas seleções, o que significa necessidade maior ainda de focar-se nesse quesito.

É preciso entender – e nem sempre isso acontece – que as empresas públicas ou privadas exigem hoje, mais do que sempre exigiram, pessoas com capacidade de analisar situações do dia a dia, para assim poderem tomar decisões. Requerem-se pessoas críticas, com consciência de sua atuação na sociedade e, portanto, ajustáveis ao perfil de qualquer instituição. Desse modo, a prova de redação (à maioria das vezes, de cunho DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO) surge como modo de selecionar com a maior qualidade possível esses candidatos, que deverão demonstrar conhecimento sobre um tema e capacidade de emitir opinião sobre ele, com base em argumentos consistentes.

 É razoável compreender que o sonho da maioria das pessoas, de serem aprovadas nas universidades e em concursos públicos passará cada vez mais pela prova de redação. E redação não se pode aprender do dia para noite, não se obtêm num piscar de olhos. A melhor estratégia para aperfeiçoá-la é treinar, exercitar sem preguiça. Evidentemente, a leitura prévia deve existir sobre os mais variados temas que permeiam as discussões atuais, mas não existe uma obrigatoriedade em relação a temas específicos. Ser um bom leitor é uma boa condição para ser bom escritor, mas desde que a escrita também seja praticada, acompanhando as leituras realizadas. Aprende-se a ler, lendo; aprende-se a escrever, escrevendo. Não há receitas miraculosas. Há apenas a certeza da importância que tal atividade representa na atual conjuntura.

Os alunos continuam escrevendo seus textos porque duas razões principais abordadas acima levam a isso: uma, a necessidade de prática, de aperfeiçoamento, de avanço a cada nova escrita: como qualquer outra atividade física ou intelectual, a repetição e a correção de erros anteriores tornam-se elementos decisivos; outro motivo é a própria necessidade de se adequar às exigências do mundo de hoje. A comunicação é um bem importantíssimo para estabelecer relações consistentes, para se tomar partido, para analisar problemas e tentar resolvê-los. São profissionais assim que dominarão – aliás, já dominam – os principais postos de trabalho. Consequentemente, ir à busca dessa capacitação comunicativa é o mínimo que se pode fazer. É o que procuro realizar, também, ao finalizar o presente texto, às 17h21, entre uma dúvida e outra tirada.  O exercício leva à perfeição.

17 de mar. de 2013

O PAPEL DOS PAIS NA FORMAÇÃO ESCOLAR DOS FILHOS

Os pais têm um papel crucial na formação de seus filhos. Precisam acompanhar o seu desenvolvimento escolar. Se um adolescente passa até 3 horas da manhã na internet, inevitavelmente ele terá problemas de acompanhar uma aula, no outro dia pela manhã, por mais interessante que ela possa parecer. Isso acontece corriqueiramente, e é tido como normalíssimo, mas quando o rendimento escolar cai, a culpada é sempre a escola abrangendo toda a sua equipe, em especial o professor. Coisas povo do Brasil, onde a cultura é algo escasso.

A LETARGIA JUVENIL: A MARCA DE NOSSO TEMPO QUE A ESCOLA NÃO RESOLVERÁ SOZINHA

Venho procurando compreender - enquanto cidadão do mundo e educador em pleno exercício da sala de aula - algumas situações que se passam nos ambientes escolares em nossa era, confessando que - a despeito da identificação dos fenômenos - não tenho imaginado soluções concretas que possam amenizar tais ocorrências. Uma delas é a apatia dos alunos adolescentes para a maioria dos temas que nos importam enquanto cidadãos.

Algum teórico de plantão, o qual sempre terá o meu respeito, dirá que nossa escola é ultrapassada. Não atende, assim, aos interesses da classe discente. Paradoxalmente, esses mesmos estudiosos pregam que o o processo de ensino-aprendizagem é (ou deveria ser) interativo. Essa interação - por assim ser chamada - nunca poderia ocorrer unilateralmente, com a iniciativa e execução de apenas uma das partes, e a letargia que vem acompanhando nossa juventude impede que tal relação mútua aconteça. Temas são ignorados, debates são tratados com indiferença e quando se lhes dá autonomia, poucos alunos conseguem corresponder satisfatoriamente às propostas apresentadas, como se não tivessem a mínima relevância. 

Fala-se muito que as autoridades brasileiras não investem em educação, tecnologia e cultura como deveriam, o que se compartilha com unanimidade. Contudo, dada essa falta de interesse e perspectivas, cabe-nos fazer a seguinte indagação: a sociedade quer - de fato - instruir-se, crescer culturalmente e intelectualmente? Quer ela discutir temáticas que realmente se fazem necessárias ou apenas deseja viver alheia a problemas com os quais "não tem nada a ver"? Diversão dá menos trabalho do que raciocinar, então vivamos de eternas comemorações. É essa a ordem geral. A falta de discussão de tópicos - científicos ou não - inerentes ao nosso país fica evidente, e não é digno acreditar numa nação que desconhece seus próprios erros. O pilar dessas mudanças tão reclamadas deve ser a juventude, a qual precisa promover debates intensos e maduros em detrimento à ideologia do comodismo e da preguiça. Isso passa, inegavelmente, pela escola.

Temo que essa sonolência juvenil seja a marca de nosso tempo; a marca da displicência, da inércia, da exagerada descontração e incipiente reflexão. Os educadores, responsáveis pela formação oficial do indivíduo, têm um enorme desafio a ser encarado. Mas é preciso o suporte de outros segmentos da sociedade civil, a família, os meios de comunicação, as instituições religiosas, a fim de munir esses adolescentes de uma consciência que os torne cidadãos de verdade, ativos e atentos aos assuntos que importam ao crescimento geral. Do contrário, o pensamento limitado continuará assim, a transgressão será mera utopia e a escola perderá seu papel: moldar pessoas críticas e conscientes.

15 de mar. de 2013

ALGUMAS QUESTÕES TRABALHADAS NA AULA DE CONCURSOS (CENTRAL DE CURSOS) - 14.03.2013



11. Marque o erro de ortografia:
a) expontâneo                        b) extravagante
c) exterior                               d) explodir 
RESPOSTA: "A". A palavra correta é espontâneo. Todas as outras palavras apontam para o prefixo "ex", que geralmente indica "movimento para fora".

12. Assinale o erro de ortografia:
a) pechincha                           b) sossobrar
c) prazo                                  d) xícara
RESPOSTA: "B". A palavra é soçobrar, que pode significar "subverter", "afundar", "perturbar". As demais são palavras conhecidas e, por eliminação, o candidato poderia resolver.
 
13. Está correta a palavra:
a) hereje                                 b) reprisar
c) cangica                               d) repreza
RESPOSTA: "B". As demais alternativas trazem palavras com escritas equivocadas. Corretamente se escrevem herege, canjica e represa.
 
14. (FGV – Adaptada) Reescreva o trecho a seguir, corrigindo as impropriedades ortográficas:
 Todos suporam que, a dispeito da inesperiência, ele seria candidato.

RESPOSTA: Há, no trecho, 3 palavras erradas: a forma verbal correta é supuseram e não "suporam", deriva de puseram, assim como compuseram, repuseram, etc; a palavra correta é despeito e não "dispeito"; e, no terceiro caso, temos o equívoco de inexperiência, grafada gravemente com "s". 

13 de mar. de 2013

EDITAL DA CAERN COBRA REDAÇÃO PARA NÍVEIS MÉDIO E SUPERIOR


A Caern - Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte acaba de lançar edital para preenchimento de vagas e formação de cadastro de reserva, em cargos de nível fundamental, médio e superior (http://www.funcern.br/downloads/cat_view/58-concurso-caern.html). A realização do concurso ficará a cargo da FUNCERN - FUNDAÇÃO DE APOIO À EDUCAÇÃO E AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO DO RN.

A novidade (nem tanto assim, já que começa a ficar cada vez mais comum) é a prova dos cargos de nível médio e superior que terão, dentre outras modalidades, a redação DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVA, mesmo tipo textual cobrado pelo ENEM e pelos concursos da CAIXA e do BANCO DO BRASIL. 

Por essa seqüência textual, o candidato deverá se posicionar sobre um tema polêmico apresentando argumentos que sustentem sua tese. Neste blog, temos vários posts a respeito desses gêneros e modelos de textos construídos para alunos que se preparam a concursos e vestibulares (http://centraldasletras.blogspot.com.br/p/modelos-de-dissertacao-em-prosa-textos.html e http://centraldasletras.blogspot.com.br/p/perguntas-e-respostas-sobre-textos.html).

Há algum tempo, nas aulas preparatórias para concursos, temos tido o cuidado de dizer aos candidatos que a redação será cada vez mais recorrente de agora em diante nos concursos. Aqueles que leem e escrevem com regularidade terão possibilidades maiores de conquistar os postos de trabalho. Consideramos isso extremamente positivo, pois se subentende que o candidato que escreve melhor tem maior capacidade de resolver situações-problema.

8 de mar. de 2013

A ASCENSÃO FEMININA: HÁ MUITO O QUE CONQUISTAR, MAS JÁ EXISTE O QUE CELEBRAR


Acho que datas devem ser coerentes com os propósitos de sua simbologia. Não há sentido celebrar um dia cuja denominação não se alinhe a propostas de reflexão sobre aquela homenagem. Acho que o Dia Internacional da Mulher já atende - embora parcialmente - a esses requisitos.

A mulher, historicamente maculada pela inferiorização imposta em relação aos homens, têm conseguido "virar o jogo" de maneira efetiva, a começar pela cada vez mais independente maneira de viver. Hoje, essa independência se evidencia em suas conquistas: votam, trabalham, criam filhos sozinhas, comandam grupos masculinos e, o melhor, de maneira natural, sem que a sociedade a enxergue com desconfiança, como tantas vezes já aconteceu. A geração atual tem o privilégio de vivenciar situações que colocam a mulher no centro das atenções.

O número de mulheres ocupando cargos outrora quase exclusivo dos homens aumentou consideravelmente nos últimos 30 anos. Isso em diversos ramos e, atualmente, de forma mais acentuada na política, como os exemplos concretíssimos de Dilma Rousseff, Presidente do Brasil, e Cristina Kichner, chefe de Estado da Argentina. São apenas ilustrações que comprovam mudanças substanciais na vida das mulheres, que saíram do estigma de "sexo frágil" para ocuparem postos de destaque com muita competência.

No entanto, ainda existem muitas coisas a serem consolidadas por essa classe que nos complementa. Apesar de uma lei que lhes "garante" integridade física, casos de violência contra elas continuam a nos indignar diariamente. Alguns companheiros acham-se no direito de agredir seus cônjuges por ciúmes, intolerância, efeito de álcool e outros entorpecentes; enfim, predomina nesses casos o machismo impregnado em nossa sociedade por séculos, mesmo que o contexto de mundo tenha-se alterado drasticamente. As punições já existem, mas para os inconsequentes, pouco importa esse "detalhe". Há que se progredir muito ainda nessa vertente.

Já está mais do que claro o quanto a mulher desempenha um papel crucial na sociedade. Elas nos mostraram que sabem muito mais do que "simples" tarefas domésticas, as quais hoje já conseguem dividir com os homens (quem diria!). Perdeu-se muito tempo sem contar a colaboração de - no mínimo - 50% de material humano de qualidade, por causa de uma ignorância chamada patriarcalismo. As mulheres - creio eu - ainda darão muitas  mostras de sua capacidade. Só temos a ganhar com a colaboração dessas vencedoras, mães, irmãs, esposas, colegas de trabalho. O Dia Internacional da Mulher configura-se algo oportuno nos dias de hoje. Sem esquecermos do que falta, essa data deve ser, sim, comemorada.

7 de mar. de 2013

O QUE OS ALUNOS QUEREM FAZER NA AULA?



Tenho tido experiências intrigantes no início deste ano letivo: em algumas turmas já veteranas, não estou sendo bem-sucedido na aplicação de algumas tarefas na disciplina Língua Inglesa, com destaque especial para concluintes do ensino médio, cujo debates, orientações e explicações têm sido ignorados veementemente, com dispersão e barulho, preferindo-se a produção mais individual, como responder a atividades de interpretação textual ou exercícios de tópicos gramaticais do livro didático.

Sabemos o quanto é importante a abordagem interdisciplinar e, no caso de Linguagens e Códigos, não se concebe aprender única e exclusivamente os aspectos lingüísticos do idioma, sem considerar os vários contextos que um texto de qualquer natureza nos traz. É preciso discutir não somente esses componentes, mas muito além disso; é necessário construir sentidos, apoiando-se na realidade e nas experiências de cada um. Para tanto, a exposição, a reflexão, o debate são essenciais, especialmente quando estamos nos referindo a concluintes do ensino médio, às vésperas de enfrentarem exames que decidirão suas vidas.

O professor, na função de medir a melhor tarefa para seus alunos, pode - evidentemente depois de ter observado o que mais favorece a turma - mudar o curso de sua aula. No nosso caso, deixamos que os alunos - a certa ocasião - ficassem no trabalho mais "braçal", mais físico, menos reflexivo. Mas um problema pode surgir se não tivermos o limite exato de quando essa mudança temporária deve terminar. Não podemos abdicar da abordagem de temas de interesse social, e no nosso caso específico da área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, a discussão desses assuntos tende a acontecer sempre. Um desafio tremendo é compreender como mostrar aos discentes a melhor maneira de adaptarem-se a diferentes situações.

Desse modo, ao profissional é cabido o direito ou a liberdade de mosificar seus objetivos conforme se apresenta a turma, no entanto ele não pode ficar refém de uma característica ou mudança de postura do aluno, já que o docente deve ter a capacidade de discernimento sobre o que se aplica às necessidades de seus seguidores. O equilíbrio é necessário em todos os segmentos, mas na prática educacional, cremos, ser ainda mais crucial. Só o dia-a-dia, aliado à preparação teórica prévia, poderá indicar um caminho sensato a seguir.

5 de mar. de 2013

MESMA TAREFA PARA DIFERENTES NÍVEIS PRESUMEM EXPECTATIVAS DIFERENTES



           
               Início de ano letivo, mais do que uma simples data no calendário escolar, representa novidades para alunos e professores. O desconhecido impera para um e outro e ao docente cabe explorar esses terrenos “estranhos” para que seu trabalho flua corretamente. Nessa análise, é possível utilizar-se de mesmos procedimentos, ainda que em níveis diferentes. A expectativa de resposta às tarefas, no entanto, tendem a mudar e o profissional deve esperar esse intervalo.

            Se temos uma turma de 6º e outra turma de 7º ano, provavelmente esses alunos, oriundos de escolas públicas em sua maioria, têm um conhecimento semelhante em Língua Inglesa, por exemplo. A diferença de nível entre os dois públicos não corresponde a uma porcentagem tão considerável. É válido também estabelecer que muitos temas vistos em sala podem não ter sido bem captados na série anterior, o que acaba aproximando-os ainda mais. Tendo como o exemplo o verbo TO BE (às vezes distorcido em sua importância e ensinado inadequadamente), o professor poderia aplicar – na primeira aula do ano letivo – uma mesma atividade para as duas séries, obtendo diagnósticos diferentes, mas não poderíamos afirmar que ele estaria equivocado só por ter-se valido das mesmas tarefas. Ao mesmo tempo, teria uma noção do aprendizado do 7º ano e estaria iniciando um conteúdo compatível com o 6º.

            Outros exemplos existem à vontade, em áreas diversas. Isso poderia ser mais utilizado, porque aquela habilidade testada em determinada tarefa teria respostas alinhadas à capacidade de cada estágio vivido pelos alunos. Se um professor de matemática aplica problemas de equação do 1º grau para séries diferentes, isso não quer dizer que esteja facilitando o seu trabalho e por isso utilizando uma única atividade. Ele pode estar querendo medir o aprendizado desse assunto numa série anterior e, do mesmo modo, iniciando um tópico novo na série corrente, o que presume desempenhos também distintos, já esperados no momento em que se concebeu o plano daquela aula. 

            Vejo isso com importância maior do que pretendemos admitir, já que costumamos iniciar o ano acadêmico sem nos preocuparmos se os assuntos trabalhados no nível antecedente foram realmente compreendidos pelos discentes. Isso também é avaliar continuamente, expressão tão disseminada nos dias atuais. Precisamos ter um panorama do que realmente ficou de significativo nos alunos e medir as perspectivas de aprendizado para aqueles que estão vivenciando um conteúdo pela primeira vez.  Isso, em meu entender, vem facilitar o nosso trabalho durante o ano e tende a evitar que deficiências anteriores possam atrapalhar o curso do aprendizado no ano corrente.