Início de ano letivo, mais do que uma simples data no
calendário escolar, representa novidades para alunos e professores. O desconhecido
impera para um e outro e ao docente cabe explorar esses terrenos “estranhos”
para que seu trabalho flua corretamente. Nessa análise, é possível utilizar-se
de mesmos procedimentos, ainda que em níveis diferentes. A expectativa de
resposta às tarefas, no entanto, tendem a mudar e o profissional deve esperar
esse intervalo.
Se temos uma
turma de 6º e outra turma de 7º ano, provavelmente esses alunos, oriundos de
escolas públicas em sua maioria, têm um conhecimento semelhante em Língua
Inglesa, por exemplo. A diferença de nível entre os dois públicos não
corresponde a uma porcentagem tão considerável. É válido também estabelecer que
muitos temas vistos em sala podem não ter sido bem captados na série anterior,
o que acaba aproximando-os ainda mais. Tendo como o exemplo o verbo TO BE (às
vezes distorcido em sua importância e ensinado inadequadamente), o professor
poderia aplicar – na primeira aula do ano letivo – uma mesma atividade para as duas
séries, obtendo diagnósticos diferentes, mas não poderíamos afirmar que ele
estaria equivocado só por ter-se valido das mesmas tarefas. Ao mesmo tempo,
teria uma noção do aprendizado do 7º ano e estaria iniciando um conteúdo
compatível com o 6º.
Outros exemplos
existem à vontade, em áreas diversas. Isso poderia ser mais utilizado, porque
aquela habilidade testada em determinada tarefa teria respostas alinhadas à
capacidade de cada estágio vivido pelos alunos. Se um professor de matemática aplica
problemas de equação do 1º grau para séries diferentes, isso não quer dizer que
esteja facilitando o seu trabalho e por isso utilizando uma única atividade. Ele
pode estar querendo medir o aprendizado desse assunto numa série anterior e, do
mesmo modo, iniciando um tópico novo na série corrente, o que presume
desempenhos também distintos, já esperados no momento em que se concebeu o
plano daquela aula.
Vejo isso
com importância maior do que pretendemos admitir, já que costumamos iniciar o
ano acadêmico sem nos preocuparmos se os assuntos trabalhados no nível
antecedente foram realmente compreendidos pelos discentes. Isso também é
avaliar continuamente, expressão tão disseminada nos dias atuais. Precisamos ter
um panorama do que realmente ficou de significativo nos alunos e medir as
perspectivas de aprendizado para aqueles que estão vivenciando um conteúdo pela
primeira vez. Isso, em meu entender, vem
facilitar o nosso trabalho durante o ano e tende a evitar que deficiências anteriores
possam atrapalhar o curso do aprendizado no ano corrente.
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