18 de mar. de 2013

POR QUE EXERCITAR A PRODUÇÃO ESCRITA?




16h45 de segunda-feira. Mais uma vez, estamos em aula de produção textual. O tema? Não importa, fica em segundo plano, embora eu o considere importante. Na Central de Cursos, enquanto os alunos expedem seus posicionamentos, eu começo a refletir sobre a importância de exercitar a habilidade escrita. Muitos – incrivelmente – ainda não se deram conta de quanto será ruim não dominar essa característica daqui em diante. Se os vestibulares sempre cobraram esse tipo de tarefa, agora os concursos também começam a cada vez mais aplicá-lo em suas seleções, o que significa necessidade maior ainda de focar-se nesse quesito.

É preciso entender – e nem sempre isso acontece – que as empresas públicas ou privadas exigem hoje, mais do que sempre exigiram, pessoas com capacidade de analisar situações do dia a dia, para assim poderem tomar decisões. Requerem-se pessoas críticas, com consciência de sua atuação na sociedade e, portanto, ajustáveis ao perfil de qualquer instituição. Desse modo, a prova de redação (à maioria das vezes, de cunho DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO) surge como modo de selecionar com a maior qualidade possível esses candidatos, que deverão demonstrar conhecimento sobre um tema e capacidade de emitir opinião sobre ele, com base em argumentos consistentes.

 É razoável compreender que o sonho da maioria das pessoas, de serem aprovadas nas universidades e em concursos públicos passará cada vez mais pela prova de redação. E redação não se pode aprender do dia para noite, não se obtêm num piscar de olhos. A melhor estratégia para aperfeiçoá-la é treinar, exercitar sem preguiça. Evidentemente, a leitura prévia deve existir sobre os mais variados temas que permeiam as discussões atuais, mas não existe uma obrigatoriedade em relação a temas específicos. Ser um bom leitor é uma boa condição para ser bom escritor, mas desde que a escrita também seja praticada, acompanhando as leituras realizadas. Aprende-se a ler, lendo; aprende-se a escrever, escrevendo. Não há receitas miraculosas. Há apenas a certeza da importância que tal atividade representa na atual conjuntura.

Os alunos continuam escrevendo seus textos porque duas razões principais abordadas acima levam a isso: uma, a necessidade de prática, de aperfeiçoamento, de avanço a cada nova escrita: como qualquer outra atividade física ou intelectual, a repetição e a correção de erros anteriores tornam-se elementos decisivos; outro motivo é a própria necessidade de se adequar às exigências do mundo de hoje. A comunicação é um bem importantíssimo para estabelecer relações consistentes, para se tomar partido, para analisar problemas e tentar resolvê-los. São profissionais assim que dominarão – aliás, já dominam – os principais postos de trabalho. Consequentemente, ir à busca dessa capacitação comunicativa é o mínimo que se pode fazer. É o que procuro realizar, também, ao finalizar o presente texto, às 17h21, entre uma dúvida e outra tirada.  O exercício leva à perfeição.

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