16h45 de
segunda-feira. Mais uma vez, estamos em aula de produção textual. O tema? Não
importa, fica em segundo plano, embora eu o considere importante. Na Central de
Cursos, enquanto os alunos expedem seus posicionamentos, eu começo a refletir
sobre a importância de exercitar a habilidade escrita. Muitos – incrivelmente –
ainda não se deram conta de quanto será ruim não dominar essa característica
daqui em diante. Se os vestibulares sempre cobraram esse tipo de tarefa, agora
os concursos também começam a cada vez mais aplicá-lo em suas seleções, o que
significa necessidade maior ainda de focar-se nesse quesito.
É preciso
entender – e nem sempre isso acontece – que as empresas públicas ou privadas
exigem hoje, mais do que sempre exigiram, pessoas com capacidade de analisar situações
do dia a dia, para assim poderem tomar decisões. Requerem-se pessoas críticas,
com consciência de sua atuação na sociedade e, portanto, ajustáveis ao perfil
de qualquer instituição. Desse modo, a prova de redação (à maioria das vezes,
de cunho DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO) surge como modo de selecionar com a maior
qualidade possível esses candidatos, que deverão demonstrar conhecimento sobre
um tema e capacidade de emitir opinião sobre ele, com base em argumentos
consistentes.
É razoável compreender que o sonho da maioria
das pessoas, de serem aprovadas nas universidades e em concursos públicos passará
cada vez mais pela prova de redação. E redação não se pode aprender do dia para
noite, não se obtêm num piscar de olhos. A melhor estratégia para aperfeiçoá-la
é treinar, exercitar sem preguiça. Evidentemente, a leitura prévia deve existir
sobre os mais variados temas que permeiam as discussões atuais, mas não existe
uma obrigatoriedade em relação a temas específicos. Ser um bom leitor é uma boa
condição para ser bom escritor, mas desde que a escrita também seja praticada,
acompanhando as leituras realizadas. Aprende-se a ler, lendo; aprende-se a
escrever, escrevendo. Não há receitas miraculosas. Há apenas a certeza da
importância que tal atividade representa na atual conjuntura.
Os alunos
continuam escrevendo seus textos porque duas razões principais abordadas acima levam
a isso: uma, a necessidade de prática, de aperfeiçoamento, de avanço a cada
nova escrita: como qualquer outra atividade física ou intelectual, a repetição
e a correção de erros anteriores tornam-se elementos decisivos; outro motivo é
a própria necessidade de se adequar às exigências do mundo de hoje. A comunicação
é um bem importantíssimo para estabelecer relações consistentes, para se tomar
partido, para analisar problemas e tentar resolvê-los. São profissionais assim
que dominarão – aliás, já dominam – os principais postos de trabalho. Consequentemente,
ir à busca dessa capacitação comunicativa é o mínimo que se pode fazer. É o que
procuro realizar, também, ao finalizar o presente texto, às 17h21, entre uma
dúvida e outra tirada. O exercício leva
à perfeição.
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