Cassildo Souza
Ser profissional é, para mim, uma das qualidades mais importantes do ser humano. Nada se iguala à capacidade de fazer cumprir aquilo de que se está imbuído, algo que não deveria ser considerado mérito, por se tratar apenas do atendimento às atribuições. No entanto, o profissionalismo é tão carente hoje que passa a ser considerado muito mais valoroza a ação daqueles que desempenham suas tarefas com compromisso e responsabilidade.
Para ser um bom profissional, é preciso, essencialmente, identificar-se com o que se faz. Por mais que exista a boa vontade, a ética e a necessidade dos rendimentos, quando uma profissão não é típica da vocação, geralmente o desempenho fica abaixo do que poderia ser. E existe muita gente que trabalha em áreas estranhas às suas aptidões, mas, por causa da sobrevivência, vê-se obrigada a enfrentar o tédio delas gerado. É o que acontece com a maioria dos trabalhadores brasileiros.
Há também alguns "profissionais" que estão em determinado posto apenas pelo status. Receberam um "prêmio" de algum padrinho e pensam que são os detentores de todo o poder do universo. Quando esse sentimento ocupa o ser humano, a arrogância e a prepotência ganham um espaço infinito e, consequentemente, as atribuições que lhes foram conferidas são totalmente esquecidas, perdendo com isso os que dependem de determinado serviço.
Seja pela não identificação, seja por falta de competência ou até mesmo pelo pedantismo, nada justifica a falta de profissionalismo: quando falo nisso, também incluo a acomodação de não se buscar conhecimento, qualificação e refletir sobre as falhas que todo ser humano está sujeito a cometer. Ninguém é infalível, e o bom profissional também sabe disso. Ele é o primeiro a reconhecer um ato falho e, por conseguinte, o primeiro a se cobrar para acertar numa outra ocasião.
Todo mundo deve ter um ato de grandeza pelo menos uma vez na vida. Tentar se corrigir não é falta de mérito, pelo contrário é uma qualidade dos bons. Deve-se entender que, independentemente do cargo ocupado, aquela função só existe porque pessoas dependem dela. A obrigação é servi-las bem, não somente por uma questão de "etiqueta", mas para que necessidades sejam supridas. E isto vale para qualquer segmento: médico, educacional, comercial, industrial. Nada substitui a gentileza e a receptividade em bom estilo. O resto é coisa de quem deveria ficar em casa, recebendo uma mesada, apenas para não causar prejuízos à comunidade.
9 comentários:
assino em baixo. hoje ser profissional é algo tçao raro que está virando a exceção em lugar de ser regra.
Pois é, caro Theo. O importante é procurarmos nos inserir nessa raridade e fazermos o nosso melhor. Um grande abraço, faz tempo que não nos vemos. Mas uma hora eu chego por aí, para ver Nandinha.
Até mais!
Ser profissional é ter a consciencia limpa de que faz o melhor para o bem comum...
taí, Profº Cassildo, você é um bom exemplo!
Concordo em gênero, número e grau. Um ser profissional hj não é algo fácil de se encontrar e trabalhar com prazer também, feliz daquele que trabalha com prazer naquilo que gosta e mais feliz ainda são aqueles que têm a oportunidade de ficar aos cuidados deste profissional. Um abraço Cassildinho, sou sua fan e vc sabe disso, admiro muito o profissional que vc é.
Concordo em gênero, número e grau. Um ser profissional hj não é algo fácil de se encontrar e trabalhar com prazer também, feliz daquele que trabalha com prazer naquilo que gosta e mais feliz ainda são aqueles que têm a oportunidade de ficar aos cuidados deste profissional. Um abraço Cassildinho, sou sua fan e vc sabe disso, admiro muito o profissional que vc é.
Obrigado, Paola. Temos que fazer o caminho inverso do que a maioria escolheu trilhar hoje em dia. Chega de status barato, vamos fazer a nossa parte, não é mérito, é simplesmente nossa obrigação.
Um abraço.
Nossa, você escreveu extremamente bem! Parabéns.
Ah, como é bom ler um texto tão bem escrito e pontuado. Parabéns ótimo texto.
Muito obrigado, meu caro!
Postar um comentário