Será que somos assim um povo tão trabalhador? Reclamamos das instâncias superiores, mas – no geral – estamos sempre buscando uma forma de não cumprirmos nosso horário e nos escondendo das obrigações. Os feriados brasileiros quase sempre encontram subterfúgios para serem alongados e adoramos isso. Os alunos são quem mais sofrem, numa carga horária escolar vergonhosa – uma das menores do mundo, ainda assim afetada pelos “dias brancos”. Queremos crescimento, mas parecemos não fazer isso coletivamente, como se – num passe de mágica – tudo mudasse apenas pela vontade e não pelas ações.
E não significa dizer que devemos nos rebaixar e não lutarmos por dignidade. Uma coisa não tem relação com a outra. Precisamos entender que nossos filhos e netos é que ganharão se ajudarmos a construir as coisas hoje. Se somos professores, precisamos ter compromisso com nossos alunos; se advogados, compromisso com a justiça; se médicos, comprometimento com a vida das pessoas; se policiais, com a segurança dos cidadãos; e assim por diante. Chega de querermos o tempo todo apenas passar o tempo sentado, recebendo vencimentos, enquanto o sistema não caminha.
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