Os vícios de linguagem são de diversas naturezas e podem começar na linguagem falada, estendendo-se à linguagem escrita. É importante afirmar que não se deve adotar uma postura muito rigorosa, pois numa conversa informal, não há necessidade de demonstrar o conhecimento lingüístico típico do registro escrito. Tais vícios são imperdoáveis quando se inserirem num em determinadas situações que exigem a utilização específica da norma culta. Numa conversa entre amigos, porém, o rigor absoluto pode significar arrogância ou prepotência. Vejamos os casos:
I - Ambigüidade ou duplo sentido
Fenômeno que dá margem a mais de uma interpretação:
1. O julgamento do professor ocorrerá amanhã.
2. A cachorra da minha sogra não sai de casa.
Na primeira oração, não sabe se o professor será julgador (componente de júri popular, por exemplo) ou se ele será julgado; na segunda, não se sabe se a referência é sobre a cadela pertencente à sogra ou se, de forma pejorativa, chama-se à sogra de "cachorra".
II - Barbarismo
Grafia ou pronúncia inadequada ao padrão culto da língua.
rúbrica, previlégio, reinvindicação, necrópsia.
A palavra correta é rubrica e não rúbrica (não há acento, a palavra é paroxítona); a palavra certa é privilégio e não previlégio; reivindicação só possui um "n"; necropsia é a forma adequada, não existe necrópsia (diferentemente, ambas as formas biópsia e biopsia estão corretas; possuem dupla prosódia).
III - Cacófato
Indica uma formação sonora desagradável, com palavrões ou repartição excessiva de uma estrutura fonética.
1. Já está pronto o álbum da Maria. Não percebemos como estava a boca dela.
2. Conforme afirma o FMI, a queda não foi tão grave assim.
3. Ele me jogou na cara que sempre me ajudou.
Na primeira e terceiras orações, a audição é desagradável, pelas formações bum - da Maria e me jo - gou, e na segunda oração, existe o excesso do fonema /f/.
IV - Solecismo
Falha de natureza sintática.
1. Mudou muitas coisas esses anos.
2. Obedecia ela no passado, agora é diferente.
Na oração n.º 1, há um erro de concordância verbal. A forma mudou deveria ser mudaram, para concordar com o sujeito muitas coisas; Na segunda oração, o verbo obedecer exige objeto indireto, portanto, deveria ser complementado com o pronome-objeto lhe. Além disso, o pronome ela, por ser sujeito, não pode complementar verbo.
V - Redundância ou Pleonasmo Vicioso
Repetição desnecessária, tendo em vista palavras já citadas ou subentendidas.
Em minha opinião pessoal, acho que vou manter o mesmo grupo.
V - Redundância ou Pleonasmo Vicioso
Repetição desnecessária, tendo em vista palavras já citadas ou subentendidas.
Em minha opinião pessoal, acho que vou manter o mesmo grupo.
Sem comentários.
Um forte abraço.
Cassildo Souza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário