Hoje eu vou justificar ainda mais a minha fama de estranho, de esquisito. Numa época em que todos tendem a direcionar-se para os vestibulandos aprovados no processo deste ano, vou esquecê-los um pouco, na premissa de que eles terão tempo de sobra para que eu os parabenize. Direciono-me, assim, para aqueles operários que não lograram êxito em sua caminhada. Àqueles que, mesmo tendo uma conduta irrepreensível, foram sugados pelo monstro que é o sistema adotado em nosso país para o acesso às universidades.
É muito cômodo criticar as pessoas quando elas não conseguem aquilo que entendemos ser fundamental para o sucesso. Um exemplo marcante é o jovem de 17, 18 anos que vê-se imbuído de uma tarefa árdua que é a preparação para os processos de seleção dessa natureza. Se o resultado for positivo, ele vai ao céu; ao inferno, se o resultado for negativo. E, de antemão, já me oponho a essa avaliação. Se o modelo de selecionar esses jovens é falho e por enquanto não pode ser modificado, a nossa maneira de olhar quem não conseguiu o passaporte deve ser revista.
O que tenho dito a essas pessoas que ficaram para uma segunda oportunidade? Digo-lhes para levantar a cabeça, para se orgulhar da busca incessante, do esforço, da tentativa. Aconselho-os a entender que elas não serão consideradas menores ou menos importantes por causa de um sonho que não foi concretizado (ainda). Vejo-as exatamente como as via antes do resultado final. Jamais colocarei em xeque o nível e o caráter das pessoas, pois aqueles que vi chorar estão em minha lembrança como heróis de uma guerra, cuja batalha inicial foi desfavorável, mas que o tempo fará a virada necessária à vitória.
Tenho todos os meus alunos guardados como pérolas, as quais não são facilmente encontradas. Por isso é que o melhor ainda está por vir. As pérolas ficam guardadas para serem exploradas no momento certo, quando os frutos dessa raridade serão obtidos, independentemente da época, do local, da forma. Eu estarei esperando na curva do caminho o sucesso de vocês que, por ora, ainda não veio, apenas porque será grandioso quando se confirmar.
Como diria Guilherme Arantes, em sua música, "Amanhã, mesmo que uns não queiram será de outros que esperam ver o dia raiar".
Um forte abraço e contem comigo. Sempre!
Seu amigo, Cassildo.
É muito cômodo criticar as pessoas quando elas não conseguem aquilo que entendemos ser fundamental para o sucesso. Um exemplo marcante é o jovem de 17, 18 anos que vê-se imbuído de uma tarefa árdua que é a preparação para os processos de seleção dessa natureza. Se o resultado for positivo, ele vai ao céu; ao inferno, se o resultado for negativo. E, de antemão, já me oponho a essa avaliação. Se o modelo de selecionar esses jovens é falho e por enquanto não pode ser modificado, a nossa maneira de olhar quem não conseguiu o passaporte deve ser revista.
O que tenho dito a essas pessoas que ficaram para uma segunda oportunidade? Digo-lhes para levantar a cabeça, para se orgulhar da busca incessante, do esforço, da tentativa. Aconselho-os a entender que elas não serão consideradas menores ou menos importantes por causa de um sonho que não foi concretizado (ainda). Vejo-as exatamente como as via antes do resultado final. Jamais colocarei em xeque o nível e o caráter das pessoas, pois aqueles que vi chorar estão em minha lembrança como heróis de uma guerra, cuja batalha inicial foi desfavorável, mas que o tempo fará a virada necessária à vitória.
Tenho todos os meus alunos guardados como pérolas, as quais não são facilmente encontradas. Por isso é que o melhor ainda está por vir. As pérolas ficam guardadas para serem exploradas no momento certo, quando os frutos dessa raridade serão obtidos, independentemente da época, do local, da forma. Eu estarei esperando na curva do caminho o sucesso de vocês que, por ora, ainda não veio, apenas porque será grandioso quando se confirmar.
Como diria Guilherme Arantes, em sua música, "Amanhã, mesmo que uns não queiram será de outros que esperam ver o dia raiar".
Um forte abraço e contem comigo. Sempre!
Seu amigo, Cassildo.
3 comentários:
como professor, tendo alunos nessa exata situação descrita por você, Cassildo, faço minhas suas palavras, porque este tem de ser um momento também de recomeço. o sistema precisa mesmo ser revisto, nós precisamos rever valores. que nossos alunos não desacreditem de si, de suas capacidades e não deixem de seguir. aécio flávio consolin diz: qualquer caminho é bom, desde que leve adiante.
um abraço!
Muito lindo Cassildo, o que vc fez! Magnífico! Obrigada pela parte que me toca profundamente!
Um abraço!
Viviane Dávila
Obrigado pelo comentário, Viviane. O que está no texto é exatamente o que eu sinto. Uma ternura imensa também por quem não conseguiu. Dessa vez.
Um abraço.
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