31 de dez. de 2010

O QUE ESPERAR DE 2011?

Já que a tradição estabelece, o que seria uma simples mudança cronológica, artificialmente determinada para nos orientar no tempo, torna-se um momento de reflexão, materializa-se como um intervalo para se fazer reflexões. Daqui a pouco, 2010 ter-se-á transformado em memórias apenas. Um marco do calendário, que ficará nos calendários para situar os acontecimentos estarão no passado.

Para não ficar de fora dessa tradição - e, portanto, não ser taxado de "seco" ou insensível - reflito sobre o que seria prioridade em 2011. O que esperar de um ano, com base no que tem ocorrido no anterior? Muitos dirão que querem mais dinheiro, alguns desejarão um carro, uma casa, ganhar a mega-sena da virada, encontrar um novo amor, entre outras buscas semelhantes.

Eu costumo ir pelo lado oposto, e desta vez não farei diferente. Em 2011, eu quero mais compreensão; mais amor; mais humanidade; mais companheirismo; mais coletividade; mais humildade; menos corrupção; menos violência; menos fome; menos arrogância; menos crianças nas ruas. Tenho certeza de que se cada um desses aspectos forem espectivamente aumentados e amenizados, ninguém precisará buscar dinheiro, carrões, mansões, novos amores, nem a mega da virada.

Precisamos de um ano em que as escolas melhorem, e as autoridades políticas honrem seus compromissos; em que a música seja instrumento de manifestação e não de apologia à violência e à devassidão; em que os profissionais cumpram suas obrigações, entendendo que estão a serviço de um público e não de si próprios.

Não estou exigindo nada impossível. Queremos mudanças, mas se estas não partirem de nós, milagres não acontecerão, o mundo depende das atitudes e decisões humanas. O ano que iniciará daqui a três horas será muito bem-vindo, a não ser que resolvamos contrariar todos os aspectos abordados acima. E espero, sinceramente, que daqui a um ano, esteja eu dizendo, como digo sobre 2010, que 2011 foi um ano marcante, decisivo e divisor de águas.

Um Ano Novo Antológico para todos!

Uma abraço!

Cassildo.

25 de dez. de 2010

TEMPOS MODERNOS (LULU SANTOS)

Eu vejo a vida
Melhor no futuro
Eu vejo isso
Por cima de um muro
De hipocrisia
Que insiste
Em nos rodear...

Eu vejo a vida
Mais clara e farta
Repleta de toda
Satisfação
Que se tem direito
Do firmamento ao chão...

Eu quero crer
No amor numa boa
Que isso valha
Pra qualquer pessoa
Que realizar, a força
Que tem uma paixão...

Eu vejo um novo
Começo de era
De gente fina
Elegante e sincera
Com habilidade
Pra dizer mais sim
Do que não, não, não...

Hoje o tempo voa amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
Não há tempo
Que volte amor
Vamos viver tudo
Que há pra viver
Vamos nos permitir...

Eu quero crer
No amor numa boa
Que isso valha
Pra qualquer pessoa
Que realizar, a força
Que tem uma paixão...

Eu vejo um novo
Começo de era
De gente fina
Elegante e sincera
Com habilidade
Pra dizer mais sim
Do que não...

Hoje o tempo voa amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
E não há tempo
Que volte amor
Vamos viver tudo
Que há prá viver
Vamos nos permitir...

E não há tempo
Que volte amor
Vamos viver tudo
Que há pra viver
Vamos nos permitir...

24 de dez. de 2010

NASCIMENTO E RENASCIMENTO

Sou alheio aos apelos comerciais projetados para minar a mente das pessoas, especialmente aquelas mais consumistas em datas específicas, como no Natal. Prefiro andar pelo lado contrário do caminho, entendendo que devemos nos comportar, nesta época, no sentido de renovar, inovar e recomeçar as coisas. Coincidência ou não, o Natal – em nossa tradição – acontece uma semana antes da chegada do Novo Ano.
Respeitando as diversidades opinativas obre o tema, entendo ser indispensável a reflexão para quem quer tornar útil esta comemoração. Então, passemos a avaliar concreta e sinceramente aquilo que poderíamos ter feito melhor, mas que não conseguimos. Pode ser tudo, desde algo que dissemos de desagradável a alguém a até mesmo um desempenho insatisfatório no âmbito profissional. Façamos, então, diferente e diferente para melhor, na intenção de avançarmos nessa constante estrada da existência.
Criemos projetos, façamos novos planos. Vamos tentar melhorar a nós mesmos como cidadãos. Vamos cuidar melhor da sociedade, denunciando práticas que não sejam lícitas, pais que não ligam para os filhos e autoridades que dão mau exemplo. Vamos cobrar as promessas daqueles que tanto nos ocuparam em 2010, pedindo uma oportunidade de mostrar serviço. Vamos trabalhar melhor, com mais consciência, com desejo de mudança. Vamos fazer surgirem novas idéias e atos úteis.
Nascer e renascer; o Renascimento presume alteração no curso normal das coisas que não deram certo; presume pensarmos o moderno, de forma a darmos um novo tom ao que consideramos importante. Até mesmo, quem sabe, esquecer muito do que vivenciamos durante todo o ano. Isso é pensar em Natal, sem ceder aos apelos de uma sociedade materialista e pouco humana.

AULA DA SAUDADE DO EETB: EMOÇÃO EXTREMA

Como explicar o sentimento de saudade? Que definição a respeito dela poderíamos tecer? Como acostumar-se à ausência daqueles com quem dividimos, por um longo período, parte de nossas vidas? O que é, de fato, a saudade?

Ainda que a resposta a essas questões inexista concretamente, os alunos dos 3ª Anos A e B, da Escola Estadual Tristão de Barros, tentaram demonstrá-la ontem à noite. Sabemos, no entanto, que somente o tempo - abstrato por natureza - conseguirá em seu trajeto formular uma explicação para tal sentimento. Nada terá sido como antes após a noite dessa quinta-feira.

Para mim, recém-chegado àquele estabelecimento (mais precisamente em março deste ano), foi um privilégio enorme trabalhar com todos esses alunos. É uma pena que o regime semestral, do qual sou defensor, tenha limitado a um período ainda menor essa convivência que foi simplesmente espetacular.

Sinto também muita saudade. Aliás, acredito que eu já sentia isso antes de finalizarmos tal ciclo, por já saber do seu desfecho. Foi prazeroso ouvir os depoimentos dos colegas Erleilson, Elba, Marquinhos, Maíze e dos alunos, pedindo perdão por algo não agradável e ratificando a importância de cada um. Os vídeos com as retrospectivas de momentos importantes na vida deles alimentava esse sentimento de perda, mas não de perda ruim, de algo que ficará eternizado.

Espero, de coração, que vocês que ora seguem para um novo rumo, encontrem todas as felicidades possíveis e imagináveis, e que se lembrem: professor e aluno são para sempre; dispensam o prefixo "ex", porque foram feitos para ficarem na permanência, sendo um a razão de existência do outro.

Saudade, sim; tristeza, não.

Meus sinceros agradecimentos às turmas concluintes por tão bem terem me acolhido nessa Escola. Vocês estão encardidos em mim.

Até breve.

Cassildo.

19 de dez. de 2010

CONFRATERNIZAÇÃO DO IEJ

Neste domingo, os professores do IEJ – INSTITUTO DE ENSINO JANUÁRIO, curso preparatório ao vestibular de Acari, estiveram presentes a uma confraternização organizada pelo Diretor, o Professor Jodailson. Estiveram presentes Raul, Kleyton, Tobias, Cassildo, Jaire e Henrique, além de Jorian, convidado do último.

Um momento de grande descontração, de avaliação sobre o ano de 2010 e projeções para 2011. Um dos assuntos tratados foi a permanência do corpo de professores, tendo-se a confirmação de quase todos para as aulas do próximo ano.

Agradecimentos especiais a Jodailson e esposa Kaline, que sempre deram um suporte muito grande a nós, profissionais de pré-vestibular, fazendo com que o cursinho caminhasse dignamente e gerasse uma expectativa muito boa de aprovação.

Um abraço em vocês!

POR QUE DISTORCER OS FATOS?

Das coisas que me indignam, que considero absurdas, está em posição de destaque aquela da distorção dos fatos. Há pessoas que nascem com uma vocação para tal e, caso aventurassem suas vidas a escrever ficção, estariam realizadas financeira e literariamente.
Indago-me: por que distorcer as coisas? Qual a razão para dizer que um fato é maior ou diferente daquilo que realmente foi observado na realidade, sem se preocupar com as conseqüências negativas que isso poderá trazer? Estamos ilhados por pessoas desse tipo, inclusive quem talvez nem imaginemos. Precisamos ter cuidado com elas, pois não têm compromisso nenhum com a verdade.
Os casos mais extremos são os que se caracterizam por uma afirmação comprovadamente falsa ou diferente, mas que o autor defende veementemente mesmo quando sabe que o seu interlocutor tem ciência de como realmente ele é. Argumentos de todos os tipos são empregados para tentar calar a veracidade, como se houvesse um dever de aceitar um teor que não existe e, portanto, não se faz verídico.
Criatividade não falta aos especialistas nesse quesito. Mas entendo que a criatividade deve ser utilizada para o bem, para entreter, para descontrair, para sair da monotonia. Não para difamar ou caluniar quem quer que seja, ainda mais quando se tem a certeza do contraditório ou pelo menos não se pode descartá-lo. Essa é bem a cara de nosso país, uma nação onde já virou rotina manipularem as informações, as instituições e os cidadãos.

CONCURSO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CARNAÚBA DOS DANTAS

A Prefeitura Municipal de Carnaúba dos Dantas realiza hoje - 19.12.2010 - concurso público para provimento de diversos cargos, sendo 143 para admissão imediata e 29 para cadastro de reserva, um número bem razoável de vagas, considerado o porte daquele Município. Os salários chegam a R$ 1.510,08.

No caso específico de Língua Portuguesa, a organizada do certame, Soluções Concursos, a exemplo do que ocorreu nas provas de Cruzeta/RN, adotará o novo Acordo Ortográfico, o que deixará o exame ainda mais complexo.

Um fato interessante é que as provas serão realizadas também na cidade de Acari, e em turnos distintos: matutino e vespertino.

UERN REALIZA VESTIBULAR / 2011

Hoje, 19.12, e amanhã, dia 20, a COMPERVE DA UERN aplica provas para o PSV - PROCESSO SELETIVO VOCACIONADO / 2011, em diversas áreas. O que chama a atenção é a demanda entre inscritos e vagas, muito alta se comparada à da UFRN, por exemplo, que é uma instituição muito procurada.
Para se ter idéia, a concorrência do Curso de Medicina chega a 104,84, não se considerando o argumento de inclusão. Cursos como Direito alcançaram a incrível demanda de 36,90 em um turno e 32,00 em outro.
Em tese, é muito mais difícil ingressar nos cursos da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte. Em tese, porque é preciso analisar a concorrência quantitativa e qualitativamente.

ECONOMIA E ENSINO NÃO DEVEM SER OPOSTOS

Algum jornal publica que os alunos de meu Estado tiveram pior desempenho num exame de caráter internacional. Poderia eu ter vergonha em abordar tal assunto num espaço que não possui fronteiras, já que se trata de um dado depreciativo, especialmente considerando que sou Professor da Rede Pública Estadual, admitido ainda este ano.

O fato é que, não só o Rio Grande do Norte, mas o Brasil como um todo, não tem conseguido – na proporção em que se espera – alavancar a educação para que ocupemos uma posição mais digna no cenário mundial. Somos comparados a países muito mais pobres do que o nosso, os quais não apresentam as mesmas potencialidades de que dispomos e que vivem em situação econômica degradante, o que justifica o desempenho ruim deles e torna incoerente as notícias de economia e finanças que o Brasil tem feito questão de divulgar.

É uma situação mesmo dual: muito bom saber que o Brasil hoje em dia é respeitado quando se trata de assuntos econômicos. É importante exportar mais, ter mais pessoas comprando, ter uma moeda forte, ter uma inflação controlada. No entanto, nada disso terá sentido – em futuro próximo – se continuarmos a tratar da educação como se fosse um engodo, um aspecto apenas para compor um programa de governo, por obrigatoriedade legal. A consciência é mais importante do que certas ações, pois sem instrução e qualificação adequadas, a nação poderá jogar tudo para o alto, pela falta de competência em manter esse nível até então conquistado, em termos econômicos e sociais.

Paradoxal é acompanhar publicações dessa natureza, o Brasil sempre apontado como um país promissor monetariamente e indicado como um dos piores na educação. O segundo fato é a coisa mais vergonhosa que um cidadão crítico pode desejar a sua geração, porque demonstra que as pessoas responsáveis em conduzir o avanço, ao longo de várias gestões, nunca se preocuparam de verdade com o crescimento pleno alcançado tão-somente quando se começa a investir maciçamente em educação, mais precisamente nos níveis iniciais. Que notícias alentadoras possam ser veiculadas com uma maior brevidade, caso contrário não saberemos o que acontecerá às próximas gerações.

18 de dez. de 2010

MUNDANOS DESASTRES (CASSILDO SOUZA)

Estrondos da rouquidão

Da voz de um míssil letal

Mortal, tiro seco, final

Golpe de misericórdia.

Ervas devastadoras

Que não são nem devastadas

Nem também eliminadas,

Eliminando a razão.

Confusões premeditadas

Esperando o perdão

Sem o arrependimento

Engolindo o momento

Tirando o tempo de cena

Que não faz valer a pena

Vivência contemporânea.

12 de dez. de 2010

REDAÇÃO OFICIAL DOMINA PROVA DA UFRN

O Concurso da UFRN para cargos administrativos, realizada neste domingo, teve na prova de Português uma grande valorização à redação oficial. Questões envolvendo Ofício, Memorando, Aviso e outros modelos serviram de base também para interpretação e gramática.
Na prova discursiva, foi cobrada uma ARGUMENTAÇÃO EM PROSA - como já previsto - abordando o "jeitinho brasileiro" no serviço público, a falta de ética na hora de cumprir as obrigações.
É interessante ressaltar que o sistema de avaliação da COMPERVE elimina o candidato que - mesmo fechando a prova objetiva - não atingir nota 5,00 na prova de redação. Tivemos, portanto, redação oficial e a produção de texto. Uma prova bem complexa, adequada ao número gigantesco de candidatos inscritos, o que provocou uma concorrência inicial superior a 700 / 1.

11 de dez. de 2010

COMPROMISSO E COMPETÊNCIA: CARACTERÍSTICAS MARCANTES DOS ALUNOS DO EETB

Quinta-feira, 09 de dezembro de 2010. Pátio de eventos do EETB tomado, com alunos, pais, professores, funcionários, autoridades da educação, pessoas de vários setores da sociedade. A atmosfera perfeita para uma abertura espetacular!
Grupo de dança, voz e violão, desfile de moda (com artefatos reaproveitados), Boi de Reis e - para fechar com chave de ouro - Grupo de Teatro liderado pela Professora Célia., que trouxe à tona, para quem não conhece, a arte de seus integrantes já testemunhada antes por muitos de nós. Todas essas apresentações já demonstravam a capacidade, o talento e a incorporação do espírito da Escola por parte dos alunos envolvidos e dos que estavam na platéia. Era impossível não se arrepiar pela maneira peculiar como os números foram executados. A MOSTRA CULTURAL DO TRISTÃO DE BARROS valera a pena já nessa noite.
O melhor, no entanto, estaria por vir. Na sexta-feira, 10 de dezembro, dia oficial da Mostra, as salas montadas eram de uma organização sensacional - fruto do trabalho dos alunos. As visitas começavam a surgir, a ponto de não haver espaço para todos que quisessem adentrar os recintos de uma só vez. Filas se formavam nas portas, até um grupo anterior sair para que se pudesse apreciar cada tema abordado.
A diferença existente entre essa Feira e o que normalmente acontece em outras, é que não se trabalhou apenas para cumprir um cronograma. Impressionou a capacidade, a competência e a curiosidade dos alunos em pesquisar os temas e "mostrar" - na acepção do termo - aquilo que se considerasse novo, porque as coisas conhecidas não despertariam tanto interesse. Houve uma entrega excepcional e o resultado, conforme avaliamos, não poderia ter sido melhor.
A felicidade dos professores, ao final de um dia cansativo mas compensador, era a prova de que tudo o que se viveu na preparação, as preocupações para saber se o evento daria conta do que foi planejado, onde ficaria melhor esse ou aquele objeto, o que deveria ser priorizado, entre outros detalhes, valeu a pena.
E fica uma lição, especialmente para mim, que participei da primeira Mostra: estudantes, quando incentivados e encorajados, dão uma resposta de alto nível. Os professores são importantes, mas não são cruciais. Coordenamos, norteamos, orientamos, mas a execução e a criatividade são deles. São o nosso patrimônio e se confundem com a própria instituição. Foi comovente ver a maneira como todos se engajaram na busca de uma unidade, sem a preocupação de que sua sala fosse a melhor, a mais visitada, e sim com o intuito de que a Feira do Tristão de Barros fosse bem concorrida, avaliada e considerada positiva, do ponto de vista da Cultura e da Ciência, pilares que a justificam.
Estou realizado, sem nenhuma demagogia ou exagero. Sinto-me privilegiado em fazer parte de um corpo docente tão preocupado com o aluno em sua integralidade e não apenas pelos conteúdos programáticos - importantes mas não únicos. Sinto-me, ainda, lisonjeado em ter alunos, no geral, tão inteligentes, tão comprometidos, tão sagazes. E não poderia me furtar de citar o suporte dado pela 9ª DIRED, Direção, Supervisão, profissionais de apoio e todas as pessoas que fazem parte daquele estabelecimento. O meu primeiro ano no Estado - 2010 - não poderia terminar de maneira mais interessante.

Obrigado, Tristão de Barros!

Tenho orgulho de vestir essa camisa,

Cassildo.


8 de dez. de 2010

MOSTRA CULTURAL E CIENTÍFICA 2010!

O Tristão de Barros continua os preparativos para a MOSTRA CULTURAL E CIENTÍFICA / 2010, dentro do tema gerador "SUSTENTABILIDADE: ATÉ QUANDO PODEMOS NOS SUSTENTAR?"

Cada sala terá um tema específico ligado à ciência e/ou cultura em suas diversas formas. O empenho dos alunos para deixar tudo preparado tem impressionado pela disciplina com que realizam os ajustes.

A MOSTRA terá abertura dia 09.12.2010, às 19h, com várias apresentações artístico-culturais e a exposição propriamente dita será durante todo o dia 10.12.2010 (sexta-feira), inciando a partir das 8h.

5 de dez. de 2010

DEBUTAR: O SONHO DE TODA MENINA

Noite de sábado. Salão de eventos da AABB Campestre tomado. Pais, professores, funcionários, amigos das meninas do Tristão de Barros juntos para prestigiarem a festa inesquecível para qualquer garota: o Baile de 15 Anos ou Baile de Debutantes, como queiram, surgido a partir da Disciplina Complementar Sexualidade - no âmbito do Ensino Médio Inovador.

Chegada a hora da entrada: emoção para elas e os padrinhos; emoção para os pais; emoção para os professores; emoção para os funcionários; emoção para os amigos. O nervosismo no rosto de umas, o choro na face de outras. Um momento para ficar marcado e bem marcado, de modo a que nada venha apagá-lo. Discursos do Diretor da Escola, Antônio Marcos; da Vice-Diretora, Rita Maíze, do Dr. José Maria, Advogado; E do casal ilustre Genibaldo Barros e sua esposa, representando a família Barros, que denomina a instituição. Atmosfera que indicava a grandiosidade daquela realização.

Era impossível que alguém ficasse inerte a cada momento da festa. Isso me fez refletir - obviamente - no papel que uma escola desempenha em relação a seus alunos. Está muitíssimo além da transmissão do conhecimento (que é fundamentalmente necessário), vai também culminar com o acesso a formas de cidadania, de inserção social, de inclusão em geral. Não é à toa que o EETB é a escola que recebe aqueles alunos considerados diferentes por uma ou outra razão. O contexto se abrange e por isso a festa foi tão brilhante, a exemplo de oportunidades anteriores, quando eu ainda não fazia parte daquele seleto - mas humilde - grupo.

Enfim, a valsa.

Tenho certeza de que aquelas meninas homenageadas jamais esquecerão aquele momento único. Se nós, simples apreciadores, ficamos extasiados com tamanha beleza, elas terão esse filme eternamente registrado em suas memórias. E que tenham mesmo. A lição se renova a cada ano que esse Baile é promovido. A lição é a de que quando podemos levar felicidades às pessoas, sentimo-nos tão ou mais felizes do que elas.

Parabéns, meninas. O sonho está concretizado. O de vocês e o nosso também. Curtam esse momento, ele não mais se repetirá.

Um abraço a todas.

Cassildo.

3 de dez. de 2010

UM DEUS ATEU (GUILHERME ARANTES)

Quem
Te roubou o inocente jardim
Tuas faces de rubras maçãs
Teu condão
Talismã
Quem levou
Nossas verdes manhãs de sol

Tardes sem fim
Inventou a distância cruel
Levou a linha, a vareta e o papel
Lavou o céu
Secou o mar
Jogou nuvens de areia nos olhos
Muralhas de pedras
Brilhantes que furtam a visão

Como um deus ateu
Vaguei vagabundo
Morei num barril
Andei condenado
A viver buscando

Cana de açucar
Duna de sal
Moinho de sonho
Usina do amor

No torvelinho
Na febre no frio
Não se perdeu
Nosso ébrio navio

2 de dez. de 2010

DÚVIDAS SOBRE A CARTA ABERTA

Vários alunos me contactaram esses dias em virtude de a prova da COMPERVE / UFRN ter cobrado uma CARTA ABERTA.
Realmente, a CARTA ABERTA, no seu modelo mais tradicional, apresenta algumas diferenças em relação à CARTA ARGUMENTATIVA, como por exemplo o título "CARTA ABERTA A...". O fato é que o Edital da COMPERVE pedia uma CARTA ARGUMENTATIVA e nâo CARTA ABERTA e, por esse motivo, as questões estruturais não deverão influenciar no resultado final da nota, até porque todos foram pegos de surpresa. O que deverá definir a qualidade do texto é o teor argumentativo, exigido em ambos os gêneros.
A colocação da data no início do texto, na CARTA ARGUMENTATIVA, se transfere para o final do texto na CARTA ABERTA; o vocativo geralmente não é colocado. São outras diferenças, se considerarmos o modelo tradicional. No entanto, acessei na Internet esses dias uma CARTA ABERTA de Marina Silva para os candidatos JOSÉ SERRA e DILMA ROUSSEFF, cujo modelo se assemelha ao de outros tipos de carta, com a única diferença do título.
No mais, o que distingue mesmo uma da outra é o fato de a primeira ser geralmente direcionada um destinatário individual, enquanto que a segunda é endereçada a um grupo de pessoas.
Portanto, os desesperados fiquem tranqüilos. Sua nota será considerada num todo e de acordo com as orientações da proposta de redação. De resto, há muito mito e pouca criatividade dos que insistem em fazer desse fato "uma tempestade em copo d´água".

A PRIMEIRA BATALHA ACABOU; ESPEREMOS OS RESULTADOS

Foi duro, conturbado, antitético, paradoxal, sinuoso. Mas o primeiro "assalto" acabou. Foi duro para todos: alunos, professores, família de alunos, família de professores, funcionários de apoio, que fizeram de tudo para que as coisas caminhassem corretamente. O vestibular é assim, complexo em sua dimensão e dinâmico em sua maneira de selecionar.
Atônitos, muitos de nós ficamos e muitas vezes. Os professores, no entanto, tiveram a obrigação de mascarar um pouco essa ansiedade a fim de que os alunos também não ficassem ainda mais apavorados. É uma função complexa. Ou seria dinâmica? Ou, ainda, paradoxal, antitética, sinuosa? Não importa, é uma função nobre dar um mínimo de contribuição àqueles que sonham em ser grandes. E, em nosso sistema, isso passa pelo vestibular.
O fato é que a hora de descansar chegou. Mas é chegada também a hora de refletir, avaliar, comentar. Caso não fosse assim, não haveria graça, motivação. É gratificante perceber que os temas trabalhados em sala de aula foram bem apreendidos pelos vestibulandos, refletindo-se em seu desempenho positivo no certame deste ano. Nada mais coerente. O mérito, se houver, é de vocês que entenderam a mensagem que nós passamos.
Eu gostaria de agradecer imensamente a todos os meus alunos de Currais Novos (Central de Cursos e Tristão de Barros), Acari (IEJ), Santa Cruz (CEDAP). Agradecer a paciência de, em muitos casos, nos suportarem ainda que estivessem cansados mental e fisicamente. O processo de ensino é uma interação, só há quando existe reciprocidade. E a participação de vocês foi efetiva na construção desse caminho. Gostaria de pedir desculpas, por que não? Desculpas por não ter sido claro em algumas intervenções, estremecendo essa relação tão dual. Desculpas por sido severo na hora em que julgava necessário. Desculpas por não poder agradar a todos, por mais que a intenção fosse essa. Desculpas por não ter o poder da perfeição e, portanto, não ter como dominar todos os conhecimentos.
A amizade ficará, o vínculo é indelével. Mas o respeito é fundamental. As diferenças sempre existirão e, aliás, são imprescindíveis para que nós avancemos sem imposição. E isso deverá refletir nos resultados, porque eu espero muitas conquistas para o ano. A conquista será coletiva, porque nos sentiremos parte delas. Trilhamos os mesmos caminhos e, tenho convicção, ainda comemoraremos muitas vitórias. A primeira batalha terminou, os resultados são conseqüências naturais de um trabalho fruto da mais bela relação que pode existir na Terra: professor - aluno.
Muito obrigado,
vocês foram, são e serão excepcionais.
Cassildo.