19 de dez. de 2010

POR QUE DISTORCER OS FATOS?

Das coisas que me indignam, que considero absurdas, está em posição de destaque aquela da distorção dos fatos. Há pessoas que nascem com uma vocação para tal e, caso aventurassem suas vidas a escrever ficção, estariam realizadas financeira e literariamente.
Indago-me: por que distorcer as coisas? Qual a razão para dizer que um fato é maior ou diferente daquilo que realmente foi observado na realidade, sem se preocupar com as conseqüências negativas que isso poderá trazer? Estamos ilhados por pessoas desse tipo, inclusive quem talvez nem imaginemos. Precisamos ter cuidado com elas, pois não têm compromisso nenhum com a verdade.
Os casos mais extremos são os que se caracterizam por uma afirmação comprovadamente falsa ou diferente, mas que o autor defende veementemente mesmo quando sabe que o seu interlocutor tem ciência de como realmente ele é. Argumentos de todos os tipos são empregados para tentar calar a veracidade, como se houvesse um dever de aceitar um teor que não existe e, portanto, não se faz verídico.
Criatividade não falta aos especialistas nesse quesito. Mas entendo que a criatividade deve ser utilizada para o bem, para entreter, para descontrair, para sair da monotonia. Não para difamar ou caluniar quem quer que seja, ainda mais quando se tem a certeza do contraditório ou pelo menos não se pode descartá-lo. Essa é bem a cara de nosso país, uma nação onde já virou rotina manipularem as informações, as instituições e os cidadãos.

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