Foi duro, conturbado, antitético, paradoxal, sinuoso. Mas o primeiro "assalto" acabou. Foi duro para todos: alunos, professores, família de alunos, família de professores, funcionários de apoio, que fizeram de tudo para que as coisas caminhassem corretamente. O vestibular é assim, complexo em sua dimensão e dinâmico em sua maneira de selecionar.
Atônitos, muitos de nós ficamos e muitas vezes. Os professores, no entanto, tiveram a obrigação de mascarar um pouco essa ansiedade a fim de que os alunos também não ficassem ainda mais apavorados. É uma função complexa. Ou seria dinâmica? Ou, ainda, paradoxal, antitética, sinuosa? Não importa, é uma função nobre dar um mínimo de contribuição àqueles que sonham em ser grandes. E, em nosso sistema, isso passa pelo vestibular.
O fato é que a hora de descansar chegou. Mas é chegada também a hora de refletir, avaliar, comentar. Caso não fosse assim, não haveria graça, motivação. É gratificante perceber que os temas trabalhados em sala de aula foram bem apreendidos pelos vestibulandos, refletindo-se em seu desempenho positivo no certame deste ano. Nada mais coerente. O mérito, se houver, é de vocês que entenderam a mensagem que nós passamos.
Eu gostaria de agradecer imensamente a todos os meus alunos de Currais Novos (Central de Cursos e Tristão de Barros), Acari (IEJ), Santa Cruz (CEDAP). Agradecer a paciência de, em muitos casos, nos suportarem ainda que estivessem cansados mental e fisicamente. O processo de ensino é uma interação, só há quando existe reciprocidade. E a participação de vocês foi efetiva na construção desse caminho. Gostaria de pedir desculpas, por que não? Desculpas por não ter sido claro em algumas intervenções, estremecendo essa relação tão dual. Desculpas por sido severo na hora em que julgava necessário. Desculpas por não poder agradar a todos, por mais que a intenção fosse essa. Desculpas por não ter o poder da perfeição e, portanto, não ter como dominar todos os conhecimentos.
A amizade ficará, o vínculo é indelével. Mas o respeito é fundamental. As diferenças sempre existirão e, aliás, são imprescindíveis para que nós avancemos sem imposição. E isso deverá refletir nos resultados, porque eu espero muitas conquistas para o ano. A conquista será coletiva, porque nos sentiremos parte delas. Trilhamos os mesmos caminhos e, tenho convicção, ainda comemoraremos muitas vitórias. A primeira batalha terminou, os resultados são conseqüências naturais de um trabalho fruto da mais bela relação que pode existir na Terra: professor - aluno.
Muito obrigado,
vocês foram, são e serão excepcionais.
Cassildo.
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