21 de abr. de 2011

OS DOIS "EUS" DA SOCIEDADE

O primeiro, o da bonança, bônus, louvor, elogio:

EU fiz, EU sou o melhor, EU criei, EU sou competente, EU sou "o cara", EU sou o exemplo, EU tenho a força, EU domino o mundo, EU vejo tudo, EU sei de tudo, EU ouço tudo.

Típico discurso, muito provavelmente, daqueles que precisam se afirmar, dos que são fracos, dos que têm a necessidade constante de elevar a autoestima, ou melhor, de autoelevar-se. Infelizmente, estamos cheios desses fatos.

O segundo "eu", o do ônus, o da culpa, o da crítica. Este, ninguém o quer e, por tal razão, sempre o acompanha um sonoro ou destacado "não":

EU NÃO vi nada, EU NÃO tive culpa, EU NÃO falto, EU NÃO erro, EU NÃO sou falso, EU NÃO falo mal dos outros, EU NÃO estava lá, EU NÃO apoio gente ruim, EU NÃO sou a favor de desonestidade.

Típico de quem não quer se comprometer, daqueles que não têm personalidade de assumir responsabilidades e suas consequencias, dos que sempre jogam a culpabilidade no outro, dos indivíduos incapazes de reconhecer a si próprios como humanos comuns, que falham, que cometem equívocos.

O ser humano é mesmo interessante. Todos nós, em algum momento, só pensamos individualmente, somos os exemplos de tudo e não queremos ser apontados por erro algum. Depois, quando refletimos sobre a maneira que o mundo se apresenta hoje, achamos tudo estranho e sem nexo.


Somos, SIM, todos NÓS, todos os EUS, os responsáveis por tudo que acontece no mundo. Sejam fatos LOUVÁVEIS ou LAMENTÁVEIS, porque MUNDO só existe na medida em que se povoa de 6 bilhões de seres ora FRÁGEIS, ora INCRÍVEIS, que podem ou não acertar, CONTRADITÓRIOS em sua essência.


Por isso, reflitamos sobre o "EU" e o "EU NÃO" e assumamos cada parte que nos convier.

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