O que fizemos um ao outro?
O que estamos fazendo um ao outro?
Por que a distância entre um e outro?
Esse silêncio que soa com um barulho
Que perfura, que inquieta, que perturba
Não sabemos da sua dimensão,
Sabemos que penetra, em linha reta e certa
Como fosse uma seta , e que há muito se ecoa.
Quando romper tal calar,
Outro nascerá em mim
Outro nascerá em ti
E renasceremos nós.
A trama tornará a ocorrer
Para que nunca mais calemos,
Para que jamais silenciemos,
Para que esqueçamos que um dia
A distância silenciosa tenha nos tomado.
2 comentários:
Depois de ler o que o Cassildo escreve, fica-me a impressão de que nem tudo está perdido. Tenhom esperança no futuro de uma Pindorama melhor. Essa esperança se transformará em certeza quando os homens, especialmente os líderes políticos, voltarem a sua atenção para a prioridade nas escolas, com ênfase no ensino humanista, com ênfase para a filosofia e a ecologia, fundado em conceitos éticos e espiritualistas, que possam despertar, naqueles que o recebem, os mais elevados ideais.
Obrigado, Joel, pelos comentários. Na verdade, você compreendeu bem que o silêncio às vezes é representado pela omissão, não somente de algumas autoridades, mas de profissionais do ensino, da saúde, da segurança, entre outras, a quem a sociedade confia as suas apostas. Há várias formas de silenciar, como há várias formas de não calar.
Um abraço!
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