Todo ser humano tem - pelo menos em tese - a vontade de mudar o mundo em que vive. O olhar inquietado e inquietante é característica nossa, ainda que não percebamos. Eu, por exemplo, tenho pago caro por causa disso, o que me conduz a refletir periodicamente se vale mesmo a pena - digamos - brigar por certos ideiais.
Na função-missão que me foi concedida, vejo-me acuado em certos momentos, por desejar sempre atingir determinados nívei, alcançar objetivos, contribuir com um percentual mínino de conhecimento, aprendizado. Não me conformo em estar inserido num contexto e ficar inerte a dadas situações. Sou um pouco incisivo nisso, o que me tem trazido alguns ônus e desgastado vivências. Tal situação me incomoda bastante.
Estes dias, tenho refletido sobre o que vale mais a pena. Não estou relevando uma desistência, mas o certo é que pareço estar sozinho (ou pior, invisível), falando o que ninguém entende. Assim, sou sempre - ou tenho sido - inconveniente a tudo e a todos. Alguns desses ilustres que não me compreendem denunciam-se nenhum pouco preocupados com a situação de seu parceiro, do público-alvo ou de quem quer que seja. Quem sou eu, então para querer mudar o mundo? Ninguém!
Às vezes é melhor calar, pelo menos temporariamente. Falar "demais" não é razoável. Já que estamos numa terra chamada "Hipocrilândia", vamos fingir que tudo anda às mil maravilhas, que todos são exemplares e que não devemos interferir em nada. Não tenho dúvidas de que isso vai durar muitíssimo pouco tempo, porque a expressão é característica marcante em mim.
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