Alheio a
apelos comerciais que se exercitam com mais veemência nesta época em nome de
Jesus Cristo, inevitavelmente, de forma alienada ou não, somos levados a
fazermos balanços, reflexões sobre um período de 365 dias marcado segundo as
nossas abstrações. Pessoas de todas as religiões, de todos os segmentos, faixas
etárias, gêneros, classes sociais, crédulos ou incrédulos acabam realizando sua
retrospectiva pessoal. Comigo não haveria de ser diferente.
Metaforizando a
ideia de Natal como Renascimento, faz sentido que tais reflexões nos venham à
tona. Alguns fazem suas análises com base no montante de dinheiro acumulado, na
aquisição de bens materiais, nos cargos que conquistaram, dentre outros
aspectos. Eu prefiro fazer diferente, mesmo porque não conquistei nada disso,
nem me interessa prioritariamente. Prefiro dizer que 2012 foi um ano
espetacular em vários aspectos, mas principalmente por me manter realizando
atividades que me completam; por estar ao lado de pessoas a quem estimo; por
conhecer outros seres humanos especiais, não obstante a escassez de gente do
bem; por realizar projetos engavetados, alguns dos quais extremamente pessoais
e importantes para mim. Por estar vivo, com saúde e com vitalidade.
Sei que para a
maior parte da sociedade, essas minhas conquistas seriam bestiais; pois digo
que elas me fizeram melhor, mais firme, mais motivado e menos dramático; foram
relevantes no sentido de me colocar sempre inquieto, em dinamicidade, num
movimento dialógico – primeiro comigo mesmo – e depois com os outros. Este ano,
que está desfazendo-se para o recomeçar de um outro – mesmo sendo o tempo
alguma coisa abstrata – deixará marcas em minha vida pessoal e profissional
justamente por ter consolidado várias vertentes que eu vinha tentando –
gradativamente – concluir. É isso que me importa.
Além disso, as
reflexões devem levar-nos a buscar o aperfeiçoamento naquilo em que erramos
durante os últimos 12 meses. Como não somos dotados de perfeição, estaremos
sempre propensos a mudanças de atitude, de estratégia, de metodologia. Muita coisa
também não deu certo, houve dias de crises, de estresses, de berros, até de
choros, mas isso é o que norteará o avanço nas questões menos favoráveis que temos
enfrentado nos últimos tempos. E, na minha convicção, as deficiências que todo
ser humano tem serão otimizadas para o nosso crescimento.
Natal:
Nascimento e Renascimento. Espero que em 2013 todos possam comemorar menos
acidentes de trânsito, menos corrupção, menos ignorância, menos intolerância;
mais respostas positivas, mais portas abertas, mais conhecimento, mais amor
(sem hipocrisias), mais lealdade. Se não for para esperar isso, tudo o que a
ideia moderna de Natal e Ano Novo traz será apenas futilidade. Grande ano para
todos que acreditam na verdade.
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