A
despeito das "campanhas" que a mídia e redes sociais têm feito em cima
do acidente no Rio Grande do Sul, que pelo menos isto sirva de lição e
reflexão para o povo brasileiro. Na hora da farra, ninguém quer saber de
segurança, pois parece surgir uma ideia de superpoderes em quem está
eufórico. Agora, todos falam de saídas de emergência, de brigadas de
incêndio, de não acender sinalizadores
em ambientes fechados. Mas a consciência significa capacidade de
enxergar a longo prazo, coisa que infelizmente nós não costumamos
praticar. Daqui a um mês, quando a "tragédia" estiver fora de moda,
todos estarão prontos para "outra", porque segundo o célebre raciocínio
da maioria, aquilo foi uma fatalidade que não ocorrerá novamente. E a
festa continua. É o Brasil!
Língua: primeira manifestação cultural de qualquer sociedade. Expressão maior do ser humano, em diferentes maneiras: verbal e não-verbal; escrita e falada; culta e variante; musical e visual. Enfim, Língua Portuguesa, Língua Brasileira, língua estrangeira: sem ela, a sociedade não sobreviveria.
30 de jan. de 2013
29 de jan. de 2013
CONCURSEIROS DE PLANTÃO - QUESTÕES SOBRE TERMOS DA ORAÇÃO
01. (Uni-Rio-RJ) Em “Na mocidade, muitas coisas lhe haviam acontecido”, temos oração:
a) sem sujeito; b) com sujeito simples e claro;
c) com sujeito oculto; d) com sujeito composto;
e) com sujeito indeterminado.
02. (Concurso de Admissão ao Colégio Naval) No texto:
“batem leve, levemente,
Como quem chama por mim...
Será chuva? Será gente?
Gente não é certamente
E a chuva não bate assim.” (Augusto Gil)
Qual é o sujeito de “Batem leve, levemente”?
03. (UFRJ-Letras) A classificação sintática de NADA, no trecho abaixo, é:
“Reflexionou muito sem adiantar nada.” (Machado de Assis)
a) sujeito; b) objeto direto;
c) pronome indefinido; d) predicativo do sujeito.
a) sem sujeito; b) com sujeito simples e claro;
c) com sujeito oculto; d) com sujeito composto;
e) com sujeito indeterminado.
02. (Concurso de Admissão ao Colégio Naval) No texto:
“batem leve, levemente,
Como quem chama por mim...
Será chuva? Será gente?
Gente não é certamente
E a chuva não bate assim.” (Augusto Gil)
Qual é o sujeito de “Batem leve, levemente”?
03. (UFRJ-Letras) A classificação sintática de NADA, no trecho abaixo, é:
“Reflexionou muito sem adiantar nada.” (Machado de Assis)
a) sujeito; b) objeto direto;
c) pronome indefinido; d) predicativo do sujeito.
Concordância de HAVER = EXISTIR / FAZER (indicando tempo).
HAVER, quando significa "existir" e quando significa "fazer" (indicando tempo decorrido) não concorda no plural.
HOUVE tempos de horror (EXISTIRAM tempos de horror). (C)
HOUVERAM tempos de horror (E).
HAVIA dois anos que eu não vinha (FAZIA dois anos que não vinha) (C)
HAVIAM dois anos que eu não vinha (E)
HOUVE tempos de horror (EXISTIRAM tempos de horror). (C)
HOUVERAM tempos de horror (E).
HAVIA dois anos que eu não vinha (FAZIA dois anos que não vinha) (C)
HAVIAM dois anos que eu não vinha (E)
CONCURSEIROS DE PLANTÃO - QUESTÕES SOBRE VOZ PASSIVA
01. (FCC –
4ª TRT/2006) Transpondo-se para a voz passiva a frase "Uma Copa do
Mundo põe à prova a solidez dos laços familiares", a forma verbal
sublinhada deverá ser substituída por
(A) é posta. (B) são postos.
(C) era posta. (D) tem posto.
(E) tem sido posto.
02. (CESGRANRIO – SEMSA MANAUS / 2005) Observe:
I - Fui dominado por uma certa sensação de medo.
II - Eu já havia passado por ali uma dúzia de vezes.
III - A massa compacta e verde se estende de horizonte a horizonte.
Tem (Têm) a forma verbal na voz passiva a(s) frase(s):
(A) I, apenas. (B) II, apenas.
(C) III, apenas. (D) I e II, apenas.
(E) II e III, apenas.
(A) é posta. (B) são postos.
(C) era posta. (D) tem posto.
(E) tem sido posto.
02. (CESGRANRIO – SEMSA MANAUS / 2005) Observe:
I - Fui dominado por uma certa sensação de medo.
II - Eu já havia passado por ali uma dúzia de vezes.
III - A massa compacta e verde se estende de horizonte a horizonte.
Tem (Têm) a forma verbal na voz passiva a(s) frase(s):
(A) I, apenas. (B) II, apenas.
(C) III, apenas. (D) I e II, apenas.
(E) II e III, apenas.
28 de jan. de 2013
Tudo tem limite, até a covardia
Na
minha simples maneira de ver o mundo, a covardia – prima-irmã da inveja –
constitui um escudo para aqueles que não têm capacidade de andar com as
próprias pernas ou que, tendo essa possibilidade, abdicam dela
para trilhar num caminho menos tortuoso, mais arisco. Aos 34 anos de
idade, eu já tenho acumulados alguns casos que me dizem respeito bem
como outras situações que remetem pessoas de minha convivência. Isso
sempre existiu, mas a evidência de agora é algo assustador.
“Ninguém” mais procura pagar o preço para conseguir se dar bem na vida, no emprego, nos estudos. A tônica é “pegar carona” nos méritos alheios e, se possível, até mesmo prejudicar essas pessoas para tomar-lhes alguns benefícios. Inúmeros casos há de indivíduos que apostam na mentira ou na sabotagem para desabonar a idoneidade moral do outro diante da sociedade e, depois, ocupar o posto tão desejado, para o qual muitas vezes não demonstra habilidade ou perfil. Isso deveria acontecer somente nas novelas; infelizmente, é cotidiano, rotineiro.
Existem outros exemplos por toda a parte. O que esses criativos seres não sabem é que o tempo deles é limitado. Não há covardia no mundo que resista ao que prevalecerá depois; os planos que foram arquitetados, com base na mediocridade de quem os projetou, uma hora ou outra denunciarão falhas, vulnerabilidade típica de quem nunca moveu uma palha para crescer na vida. Em dado momento, a facilidade para se atingir um objetivo de maneira inescrupulosa começa a dar sinais de fraqueza, porque não é possível segurar uma mentira que, nessas situações, é criada corriqueiramente sem muito cuidado com as conseqüências.
Gostaria que os atos de covardia diminuíssem, embora seja um pensamento utópico, romântico demais para os dias atuais. No entanto, isso não impede que eu deseje um limite, pelo menos, na maneira como as pessoas agem contra seus pares. Na hipótese de não decrescerem por vontade própria, a sociedade deveria ser mais rigorosa e repudiar atos de tal natureza. Não posso achar normal o culto à hipocrisia, à ausência de lealdade, à valorização do fútil, tudo em detrimento da correção e da batalha para se alcançar objetivos. Entendo que a covardia já ultrapassou os limites de nossa compreensão e até isso precisa ter limite. Precisamos “isolar” de vez os homens que não possuem postura digna se assim serem chamados.
“Ninguém” mais procura pagar o preço para conseguir se dar bem na vida, no emprego, nos estudos. A tônica é “pegar carona” nos méritos alheios e, se possível, até mesmo prejudicar essas pessoas para tomar-lhes alguns benefícios. Inúmeros casos há de indivíduos que apostam na mentira ou na sabotagem para desabonar a idoneidade moral do outro diante da sociedade e, depois, ocupar o posto tão desejado, para o qual muitas vezes não demonstra habilidade ou perfil. Isso deveria acontecer somente nas novelas; infelizmente, é cotidiano, rotineiro.
Existem outros exemplos por toda a parte. O que esses criativos seres não sabem é que o tempo deles é limitado. Não há covardia no mundo que resista ao que prevalecerá depois; os planos que foram arquitetados, com base na mediocridade de quem os projetou, uma hora ou outra denunciarão falhas, vulnerabilidade típica de quem nunca moveu uma palha para crescer na vida. Em dado momento, a facilidade para se atingir um objetivo de maneira inescrupulosa começa a dar sinais de fraqueza, porque não é possível segurar uma mentira que, nessas situações, é criada corriqueiramente sem muito cuidado com as conseqüências.
Gostaria que os atos de covardia diminuíssem, embora seja um pensamento utópico, romântico demais para os dias atuais. No entanto, isso não impede que eu deseje um limite, pelo menos, na maneira como as pessoas agem contra seus pares. Na hipótese de não decrescerem por vontade própria, a sociedade deveria ser mais rigorosa e repudiar atos de tal natureza. Não posso achar normal o culto à hipocrisia, à ausência de lealdade, à valorização do fútil, tudo em detrimento da correção e da batalha para se alcançar objetivos. Entendo que a covardia já ultrapassou os limites de nossa compreensão e até isso precisa ter limite. Precisamos “isolar” de vez os homens que não possuem postura digna se assim serem chamados.
25 de jan. de 2013
A harmonia geral provavelmente nunca haverá
Segundo a maioria dos dicionários
da língua portuguesa, harmonia é,
dentre outros significados, “regularidade, simetria, organização”. Termo usado na música, nas empresas, no
esporte e notadamente nos relacionamentos afetivos, para indicar consistência,
unidade, coesão. Considerando tais sentidos práticos, será que podemos esperar
que a humanidade um dia caminhe nessa linha, ou a própria natureza do homem inviabiliza
esse desejo?
Analisemos racionalmente a
característica do ser humano de querer conquistar tudo o que estiver a seu
alcance, pensando primeiramente nele para depois – quem sabe – direcionar-se a
seus parceiros. Muitas vezes uma aspiração do indivíduo A contraria diretamente
as aspirações do indivíduo B. Vejamos o
exemplo de 2 pessoas conhecidas, que se dão bem, mas que são - em determinado momento da vida – obrigadas a
estarem em lados opostos, lutando por apenas 1 vaga num emprego. Certamente,
não precisa haver briga, mas o próprio desfecho desse episódio sugere uma “desarmonia”,
já que haverá um bem-sucedido e um fracassado.
E quantos casos desse tipo, ou em outras instâncias, acontecem diariamente
no planeta!
Os interesses humanos se opõem
entre si, à maioria das vezes, e isso – em meu entender – inviabiliza a
harmonia, em seu sentido mais prático. O problema não seria tão grave se as
pessoas entendessem essa natureza complexa que os envolve. A situação se agrava
porque a aceitação do triunfo alheio, quando nos atinge diretamente, torna-se um
fardo que não queremos carregar. Nesse caso, o sucesso do outro implica nossa
queda e, infelizmente, em grande parte dos casos, não estamos preparados para
os reveses, o que nos faz correr atrás do prejuízo a todo custo e – usualmente –
com estratégias pouco civilizadas. Tudo isso conduz à falta de harmonia, o que
não deveria necessariamente provocar covardia, mas é o que corriqueiramente
observamos.
Por essas vias, provavelmente
nunca existirá a harmonia geral. Podemos até relevar certas coisas, podemos ser
mais maleáveis em certos casos, menos rudes, mais tolerantes, mais gentis. Mas o
conceito de harmonia talvez não nos permita conquistá-la de forma plena, porque
nossos interesses inevitavelmente estão em contraste com as aspirações de
outrem, que de forma igual lutarão para que seus anseios sejam concretizados. Aliás,
os contrastes dominam nossa raça desde sempre. Se vivemos em conflito com nós
mesmos, isso apenas se amplia quando saímos da peleja interior para nos
afirmarmos diante dos nossos, por assim dizer, “opositores”.
21 de jan. de 2013
Quando o erro de digitação torna-se erro ortográfico
Trabalhando como professor de língua
portuguesa para concursos e vestibulares há cerca de 6 anos, é pouco provável
que nós cometamos erros primários de ortografia na hora de escrever um texto (o
que sempre pode ocorrer, independentemente de quem seja o redator). No entanto,
comigo e com outros escritores, isso ocorre mais do que se possa esperar. Nem
sempre é por falta de domínio ao padrão ortográfico, mas – muitas vezes – pela
digitação de uma letra de forma equivocada, o que ocorre cotidianamente.
Vamos aos casos práticos. Quem observar
um teclado de computador (em seus inúmeros modelos), perceberá que a letra “s”
é vizinha do “z” e do “x”. A combinação de palavras escritas inadequadamente
que isso pode provocar é gigantesca. Ao escrever “bazar”, alguém pode –
evidentemente sem querer – tocar no “s” e acabar grafando “basar”, o que será
motivo de questionamento para um leitor mais “antenado” ou “chato” no sentido
de apontar o erro alheio. A palavra “espontâneo” é inúmeras vezes redigida como
“expontâneo”, e não sabemos se o seu redator quis produzi-la
assim ou se pode ter sido vítima de um erro de digitação.
Outros casos práticos de erro
ortográfico (ou de digitação) se verificam corriqueiramente: os vocábulos “expor”,
“estender”, “expectativa”, “expectador” (que espera), “espectador” (que
assiste, vê) são constantemente grafados trocando-se “s” por “z” ou “s” por “x”
ou, ainda, “x” por “z”. Em sua maior parte, diríamos que como há dificuldade
para muitas pessoas em representar graficamente as palavras (grosso modo, pois
isso não é bem assim), o erro terá sido de ortografia. No entanto, eu mesmo, ao
digitar meus textos, já cometi essas gafes por – na rapidez de meus dedos – bater
numa tecla indevida e a palavra ficar totalmente comprometida. Várias certidões
de nascimento trouxeram o nome “Luiz”, quando deveria ser “Luís”, “Teresinha”
quando deveria ser “Terezinha”, e assim por diante.
Casos envolvendo as letras “m” e “n”
são muito comuns também, já que estão “coladas”, no teclado. Conheço um amigo, cujo nome “William”
teria normalmente um “m” ao final, que se chama Willian (Willian Pinheiro). É
claro que isso não muda a maneira como se pronuncia o vocábulo, mas a primeiro
momento parece estranho, como seria estranho considerarmos as palavras “albun”,
“un", “conpra”.
Ou seja, nem sempre há erro
ortográfico pela convicção de quem redigiu; em muitos casos, a palavra ficou
inadequada pela não observância na hora de escrevê-la no seu computador,
Iphone, tablet ou o que quer que seja, neste mundo tão veloz e exigente.
20 de jan. de 2013
Aproveite o dia
As coisas
vêm e vão, com uma rapidez imensa. Fogem muito mais rápido do que surgem, a
oscilação é a tônica. O tempo que se leva a construir um patrimônio, uma imagem
moral, um relacionamento, jamais será o mesmo para que estes sumam de nossa
presença. É como o tempo que se leva para edificar uma casa, cujo trabalho de
vinte dias pode ser destruído por uma tempestade de dez minutos.
Por
essas razões, não devemos, jamais, esperar para usufruir dessas coisas, para
visitar os amigos, traçar planos, sermos um pouco felizes. Aproveitemos o
máximo as virtudes enquanto as temos, porque nos custou muito consegui-las e
não mais voltarão com o passar do ciclo vital. Valorizemos o preço que gastamos
para concretizar determinados sonhos, determinados projetos de vida.
Isto
não é fácil, é verdade, mas o fato é que toda vez que não resolvemos nossos
problemas no tempo que temos para fazê-lo, acabamos nos arrependendo muito
tarde. E então teremos que começar tudo de novo, com a mesma motivação, que não
é fácil, com a sensação de que poderíamos estar engajados em outras metas,
porque o ser humano nunca pára.
Aproveitar
o dia é interessante. Acordar com a consciência do dever cumprido no dia
anterior, e com a tranqüilidade necessária a ingressar em outros desafios é uma
dádiva que só pode ser concebida com muito esforço, coragem, motivação (não a
motivação “clichê” dos livros de autoajuda). Nada que teremos no futuro será em
troca de nada no presente.
Somos
os responsáveis pelo nosso próprio sucesso. Se trabalharmos duro, renunciando
certas coisas, certamente teremos êxito, mas se nos distrairmos e ficarmos
olhando o horizonte, seremos iguais ao sol, que todo dia nasce e se põe, com a
diferença de que nem iluminaremos ninguém nem lugar algum.
Cassildo Souza.
Em alguma época do ano de 2006.
19 de jan. de 2013
ESCLARECIMENTO SOBRE A RELAÇÃO DA UFCG
Pessoal, há de se esclarecer algo muito
importante. A UFCG divulga a lista de APROVADOS num limite de 5 vezes o
número de vagas. Por exemplo, se em determinado curso há 40 vagas, serão
listados 200 alunos e um período para renunciar à vaga será estipulado
(neste caso, de 18 de fevereiro a 18 de março). Após as devidas
renúncias de vagas, será divulgada a lista oficial, dia 22.03.2013,
apenas com os alunos que ficaram, depois desse período, dentro das vagas
previstas. Então, a relação com o nome APROVADO é relativa, é preciso
consultar o desempenho individual para averiguar a posição em que o
candidato ficou. Caso não seja viável, recomenda-se renunciar à vaga pelo
sistema.
15 de jan. de 2013
PRODUZIR TEXTOS É RE-ELABORAR-SE CONTINUAMENTE
Neste
ponto de nossos estudos, convém lembrar que a produção de textos é uma
atividade que implica um processo de criação inicial ao qual segue sempre um
processo de re-elaboração. Isso significa que não há texto que já nasça pronto;
é necessário sempre um trabalho de avaliação do que se escreveu e de correção e
aprimoramento. Não estamos falando aqui de avaliação e correção no sentido de
atribuição de conceitos para efeito de aprovação ou reprovação. Estamos falando
do desenvolvimento da sua própria capacidade de ler e reler o que escreveu a
fim de melhorar seu texto e torná-lo mais eficiente. Para isso, é importante
que você leia o que escreveu com distanciamento crítico, procurando colocar-se
no papel do leitor. Ao fazer isso, pergunte-se o tempo todo se o que você está
captando com a leitura é o que você espera que o seu leitor capte. Há várias
operações que você pode realizar a fim de aprimorar seu texto; cortar palavras
ou expressões excessivas, substituir palavras ou expressões por outras mais
claras e precisas, inverter seqüências para obter maior clareza ou
expressividade, reordenar idéias, argumentos ou dados para conseguir uma exposição
mais bem-ordenada. Saiba que esses procedimentos são parte do cotidiano dos profissionais
da escrita – jornalistas, redatores, escritores, poetas vivem mexendo e remexendo
seus textos.
No
caso dos textos falados, os processos de revisão e reorganização são conduzidos
durante o próprio desenvolvimento do texto. Você deve desenvolver a capacidade
de perceber se seu texto está atuando como planejado de remanejá-lo em direção
ao que você pretende. É quando surgem expressões como “talvez seja melhor dizer
de outro modo”, “acredito que isso ainda não ficou bem claro, por isso vou
voltar ao assunto”, “é melhor pensarmos numa outra forma de encaminhar esta
conversa” e outras, que indicam claramente a alteração dos rumos do texto.
Extraído de INFANTE, Ulisses.
Curso de Gramática Aplicada aos Textos. 7.ed. São Paulo, Scipione, 2008.
O TEXTO ESCRITO (AOS PRÉ-VESTIBULANDOS)
A luta que os alunos enfrentam
em relação à produção de textos escritos é muito especial. Em geral, eles não
apresentam dificuldades em se expressar através da fala coloquial. Os problemas
começam a surgir quando esse aluno tem necessidade de se expressar formalmente
e se agravam no momento de produzir um texto escrito. Nesta última situação,
ele deve ter claro que há diferenças marcantes entre falar e escrever.
Na linguagem oral o falante tem claro com quem
fala e em que contexto. O conhecimento da situação facilita a produção oral.
Nela o interlocutor, presente fisicamente, é ativo, tendo possibilidade de
intervir, de pedir esclarecimentos, ou até de mudar o curso da conversação. O
falante pode ainda recorrer a recursos que não são propriamente lingüísticos,
como gestos ou expressões faciais. Na linguagem escrita a falta desses
elementos extratextuais precisa ser suprimida pelo texto, que se deve organizar
de forma a garantir a sua inteligibilidade.
Escrever não é apenas traduzir a fala em sinais
gráficos. O fato de um texto escrito não ser satisfatório não significa que seu
produtor tenha dificuldades quanto ao manejo da linguagem cotidiana e sim que
ele não domina os recursos específicos da modalidade escrita.
A escrita tem normas próprias, tais como regras de
ortografia – que, evidentemente, não é marcada na fala – de pontuação, de
concordância, de uso de tempos verbais. Entretanto, a simples utilização de
tais regras e de outros recursos da norma culta não garante o sucesso de um
texto escrito. Não basta, também, saber que escrever é diferente de falar. É
necessário preocupar-se com a constituição de um discurso, entendido aqui como
um ato de linguagem que representa uma interação entre o produtor do texto e
seu receptor; além disso, é preciso ter em mente a figura do interlocutor e a
finalidade para a qual o texto foi produzido.
Para que esse discurso seja bem-sucedido deve
constituir um todo significativo e não fragmentos isolados justapostos. No
interior de um texto devem existir elementos que estabeleçam uma ligação entre
as partes, isto é, elos significativos que confiram coesão ao discurso.
Considera-se coeso o texto em que as partes referem-se mutuamente, só fazendo
sentido quando consideradas em relação umas com as outras.
(DURIGAN,
Regina H. de Almeida et al. “A dissertação no vestibular”. Campinas: Unicamp,
1997). Extraído de:
INFANTE, Ulisses.
Curso de Gramática Aplicada aos Textos. 7.ed. São Paulo, Scipione, 2008.
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