As coisas
vêm e vão, com uma rapidez imensa. Fogem muito mais rápido do que surgem, a
oscilação é a tônica. O tempo que se leva a construir um patrimônio, uma imagem
moral, um relacionamento, jamais será o mesmo para que estes sumam de nossa
presença. É como o tempo que se leva para edificar uma casa, cujo trabalho de
vinte dias pode ser destruído por uma tempestade de dez minutos.
Por
essas razões, não devemos, jamais, esperar para usufruir dessas coisas, para
visitar os amigos, traçar planos, sermos um pouco felizes. Aproveitemos o
máximo as virtudes enquanto as temos, porque nos custou muito consegui-las e
não mais voltarão com o passar do ciclo vital. Valorizemos o preço que gastamos
para concretizar determinados sonhos, determinados projetos de vida.
Isto
não é fácil, é verdade, mas o fato é que toda vez que não resolvemos nossos
problemas no tempo que temos para fazê-lo, acabamos nos arrependendo muito
tarde. E então teremos que começar tudo de novo, com a mesma motivação, que não
é fácil, com a sensação de que poderíamos estar engajados em outras metas,
porque o ser humano nunca pára.
Aproveitar
o dia é interessante. Acordar com a consciência do dever cumprido no dia
anterior, e com a tranqüilidade necessária a ingressar em outros desafios é uma
dádiva que só pode ser concebida com muito esforço, coragem, motivação (não a
motivação “clichê” dos livros de autoajuda). Nada que teremos no futuro será em
troca de nada no presente.
Somos
os responsáveis pelo nosso próprio sucesso. Se trabalharmos duro, renunciando
certas coisas, certamente teremos êxito, mas se nos distrairmos e ficarmos
olhando o horizonte, seremos iguais ao sol, que todo dia nasce e se põe, com a
diferença de que nem iluminaremos ninguém nem lugar algum.
Cassildo Souza.
Em alguma época do ano de 2006.
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