Língua: primeira manifestação cultural de qualquer sociedade. Expressão maior do ser humano, em diferentes maneiras: verbal e não-verbal; escrita e falada; culta e variante; musical e visual. Enfim, Língua Portuguesa, Língua Brasileira, língua estrangeira: sem ela, a sociedade não sobreviveria.
31 de dez. de 2009
ANO NOVO É RENASCENÇA
28 de dez. de 2009
QUANDO TUDO PARECE RESOLVIDO...(Cassildo Souza)
Ainda há muita coisa pra fazer.
Não se pode parar um só segundo
Não se pode viver para afundar
Não se deve deixar de trabalhar
Nem se deve virar um vagabundo
Não se pode fugir do nosso mundo
Não se deve o futuro antever
Nem se pode um momento enfraquecer
Vendo a vida toda hora inibido
Quando tudo parece resolvido
Ainda há muita coisa pra fazer.
Todos devem viver para buscar
Praticar, refazer, reconstruir
Entender, compreender e reunir
Relutar, sem querer desnortear
Ensinar, Indicar, orientar
Planejar, projetar, até prever
Sem pensar que assim irão vencer
Tudo o que se apresenta construído
Quando tudo parece resolvido
Ainda há muita coisa pra fazer.
Nós vivemos em busca de aventura
Contentar-se não faz o nosso ser
E aquele que aspira a crescer
Já pretende sair da via escura
Se há hoje um caminho de amargura
Não é digno por pouco entristecer
Nem se faz necessário se render
Não faz bem aparência de abatido
Quando tudo parece resolvido
Ainda há muita coisa pra fazer.
O processo de viver é uma arte
Há etapas e fases a trilhar
Os caminhos a se consolidar
Não pensemos que estamos lá em Marte
O sucesso de nós ora faz parte
O progresso é vontade de crescer
O caminho pra se sobreviver
No humano está ele contido
Quando tudo parece resolvido
Ainda há muita coisa pra fazer.
Não se pode parar um só segundo
Não se pode viver para afundar
Não se deve deixar de trabalhar
Nem se deve virar um vagabundo
Não se pode fugir do nosso mundo
Não se deve o futuro antever
Nem se pode um momento enfraquecer
Vendo a vida toda hora inibido
Quando tudo parece resolvido
Ainda há muita coisa pra fazer.
Todos devem viver para buscar
Praticar, refazer, reconstruir
Entender, compreender e reunir
Relutar, sem querer desnortear
Ensinar, Indicar, orientar
Planejar, projetar, até prever
Sem pensar que assim irão vencer
Tudo o que se apresenta construído
Quando tudo parece resolvido
Ainda há muita coisa pra fazer.
Nós vivemos em busca de aventura
Contentar-se não faz o nosso ser
E aquele que aspira a crescer
Já pretende sair da via escura
Se há hoje um caminho de amargura
Não é digno por pouco entristecer
Nem se faz necessário se render
Não faz bem aparência de abatido
Quando tudo parece resolvido
Ainda há muita coisa pra fazer.
O processo de viver é uma arte
Há etapas e fases a trilhar
Os caminhos a se consolidar
Não pensemos que estamos lá em Marte
O sucesso de nós ora faz parte
O progresso é vontade de crescer
O caminho pra se sobreviver
No humano está ele contido
Quando tudo parece resolvido
Ainda há muita coisa pra fazer.
24 de dez. de 2009
O FIM DA CENSURA AO ELOGIO
Como vivemos um período transitivo, que é o final de ano, com comemorações natalinas e de réveillon, em que teoricamente todos refletimos sobre conquistas e falhas, nada mais justo do que considerar a possibilidade de voltarmos à “era do reconhecimento”. Que tal dizermos ao colega que ele é competente e que contribui imensamente para o trabalho dos demais? Acho que não há nenhum prejuízo quanto a isso, pelo contrário: assim fazendo, estamos provavelmente garantindo uma qualidade muito maior no seu desempenho, no futuro.
Vamos parar com as críticas destrutivas. Vamos entender o motivo de uma coisa não ter saído como deveria, ocupar um pouco o lugar do outro. Será que a vida inteira nós só fizemos acertar? Nunca erramos e, por isso, achamo-nos no direito de menosprezar os outros por seus erros? Não deveria acontecer assim, mesmo porque entendo que cada um se destaca em dada habilidade. Não conheço uma só pessoa que domine todas as áreas e, assim sendo, em algum momento, vamos nos encontrar limitados.
O Natal, de que tanto falam os proprietários de comércio e prestadores de serviços (com a devida razão, também, porque estão cumprindo o seu papel) deve ser uma prestação de contas com nós mesmos. Estamos habituados a pedir, mas esquecemos que antes haveremos de contabilizar forças e fraquezas, a fim de aperfeiçoarmos aquilo que entendemos ser de relevância. E isso pode começar a partir do momento em que consigamos ver nas pessoas as suas virtudes, considerando que tais qualidades sempre superarão quaisquer defeitos.
Vamos, então, celebrar o elogio, o reconhecimento, a capacidade de perceber os predicados positivos. Segundo a lei de causa e efeito, aquilo que vai sempre retorna e, nesse caso, sempre será reverenciado aquele que conseguir também valorizar os seus semelhantes, sem esperar nenhum benefício, nenhuma compensação, nenhum lucro, realizando tudo de forma espontânea e natural.
Bom Natal para todos. Que o recomeço seja marcado pelo uso de palavras e ações concretamente positivas.
Cassildo.
16 de dez. de 2009
NOSTALGIAS EM POUCO TEMPO
6 de dez. de 2009
O MUNDO ENQUANTO NÓS... (CASSILDO)
O universo reage, se nós agimos,
A terra descansa, se não dormimos
O sol vem todo dia, ainda que não vejamos.
O mundo independe de nós.
As flores crescem, se não vivemos
As mentes viajam, se nós vagamos
O céu resplandece, se escurecemos
Os astros reluzem, se não brilhamos.
O mundo independe de nós.
O universo nunca está disperso
As estradas recebem os seus viajantes
Bandoleiros que não param jamais
E o mundo continua um só, enquanto nós.
O mundo independe de nós.
NO SEU UNIVERSO (CASSILDO)
Apago-me.
Fecho-me.
Sua presença basta
Para que eu viva,
Pelo menos nesse instante.
Estou desvinculado de tudo
O que pode ser normal,
Convencionais são minhas expressões
Abro-me em sua direção
Acordo-me no seu olhar
Conecto-me ao seu universo,
Nesses versos que ora inicio,
Intermedio e encerro
1 de dez. de 2009
MAIS QUESTÕES COMENTADAS - UFRN 2010
Na situação retratada pelo quadrinho, a resposta do interrogado
A) tem por objetivo despistar o delegado, cuja intenção é descobrir se o interlocutor mantém bom relacionamento com a família.
B) possibilita que o delegado atinja seu objetivo, ou seja, descobrir se também houve furto de confecções femininas.
C) comprova que a comunicação se realiza com sucesso, pois o interlocutor percebe a verdadeira pretensão do delegado.
D) surpreende e causa humor, devido ao fato de ele interpretar equivocadamente a pergunta que o delegado lhe faz.
REPOSTA: "D". É uma questão que envolve elementos como subentendidos e intertextualidade. O efeito de humor é causado justamente pela interpretação errônea que o acusado faz. Quando o Delegado pergunta se ele "não pensou" na "mulher", na "filha", queria referir-se às conseqüências para a família do réu. Ele, numa situação que só provavelmente ocorreria numa piada, como é este caso, achou que se tratasse das peças de roupa destinadas a homens. Letra "A" descarta-se, pois a resposta não foi proposital, foi inocente; letra "B" também se descarta, pois não era intenção do Delegado definir roubo de peças masculinas ou femininas; letra "C" é totalmente equivocada, pois exatamente ao contrário, o processo comunicativo não ocorre com sucesso.
02. (UFRN 2010)
Pode-se subentender da fala do interrogado:
A) Ele sentia alguma frustração por ter sido a única pessoa beneficiada com a infração que praticara havia algumas horas.
B) Se houvesse peças femininas na loja, ele provavelmente teria pegado pelo menos uma, para a esposa ou para a filha.
C) Mesmo em situações consideradas de risco, ele costumava pensar primeiro nos familiares que em si mesmo.
D) Ele só assaltara a loja porque estava certo de que existiam confecções para pessoas de ambos os sexos.
RESPOSTA: "B". A fala do interrogado, inclusive correlacionado-a à resposta da questão anterior, deixa claro que se houvesse peças do vestuário feminino, ele provavelmente as teria levado para mulher e/ou filha; letra "A" descarta-se, pois ele não parecia frustrado ou preocupado com alguma coisa; quanto à alternativa "C", não há indícios no texto de que ele pensava logo nos familiares do que em si mesmo; a letra "D", mais absurda de todas, porque o interrogado apenas se refere a peças femininas, condicionado pela pergunta do Delegado sobre a mulher e a filha.
30 de nov. de 2009
QUESTÕES COMENTADAS DA UFRN - VESTIBULAR 2010
Questão 01 (UFRN 2010)
Leia o período abaixo.
“Mal se congestiona o tráfego [...], o fagócito move-se [...].”
Nesse período, o conector Mal exprime noção de
A) tempo e admitiria, em seu lugar, a locução conjuntiva logo que.
B) tempo e seria correto substituí-lo pela locução conjuntiva visto que.
C) modo e é antônimo do advérbio bem.
D) modo e é homônimo do adjetivo mau.
Questão 02 (UFRN 2010)
Assim como nas três situações que o fragmento apresenta (linhas 4, 6 e 7), o acento grave também está usado adequadamente na opção:
A) A loja onde Rogério trabalha só abre de terça à sábado.
B) A viagem à bordo de uma lancha foi muito cansativa.
C) O automóvel que Valéria comprou é movido à álcool.
D) O requerimento é semelhante àquele que foi indeferido.
RESPOSTA PRÁTICA: "D". O acento indicativo de crase ou, simplesmente, ACENTO GRAVE, deve ser empregado sempre que houver a contração do A (preposição que sucede a palavra anterior) com outro A que antecede a palavra seguinte (ARTIGO FEMININO ou a primeira letra dos pronomes AQUELE, AQUELA, AQUILO). Assim, descartam-se diretamente as opções "A", "B" e "C" (nas três alternativas, respectivamente, SÁBADO, BORDO e ÁLCOOL são masculinas e não admitem o segundo A, que antecede as palavras femininas). A alternativa correta, "D", traz a preposição A do vocábulo SEMELHANTE ( Semelhante a quê?) seguida de outro A da palavra AQUELE e, portanto, emprega-se corretamente o Acento Grave.
Questão 03 (UFRN 2010)
Corresponde a uma forma desenvolvida da oração reduzida “Atravessando-o certa tarde
[...]” (linha 5):
A) Certa tarde, a ponto de atravessá-lo.
B) Quando ia atravessá-lo, certa tarde.
C) Certa tarde, enquanto o atravessava.
D) Conquanto o atravessasse, certa tarde.
RESPOSTA SIMPLES: "C". As orações reduzidas vêm sempre nas formas nominais (INFINITIVO, GERÚNDIO, PARTICÍPIO) e dispensam o uso dos conectivos (Quando, Porque, etc). O verbo deste caso específico encontra-se no GERÚNDIO que, normalmente, indica tempo. Descartam-se as alternativas "A" e "D", que podem significar nessa ordem, NA IMINÊNCIA DE e EMBORA, ou seja, não há temporalidade. Opta-se pela letra "C" porque o teor dá idéia de continuidade, a ação verbal já em processo, aspecto típico do Gerúndio, como em ATRAVESSANDO, enquanto que a letra "B" expressa uma temporalidade definida, sem progressão.
27 de nov. de 2009
CONTRARIEDADES HUMANAS
Por mais que tentemos elaborar um quadro de como se acha a Humanidade hoje, vamos sempre esbarrar em questões simples, mas sem resposta. Essa resposta que as pessoas têm buscado não é a melhor solução para nada. Quando se busca algo sem conteúdo, é impossível que se tenha forma necessária ao apogeu da raça mais complicada do planeta: o bicho homem.
25 de nov. de 2009
COMENTANDO A PROVA DE REDAÇÃO DA UFRN
Isso significa que o aluno deveria escrever um texto opinativo, com argumentos, estrutura definida em INTRODUÇAO, DESENVOLVIMENTO e CONCLUSÃO e, de preferência, em primeira pessoa do singular ou plural, para diferenciá-lo da DISSERTAÇÃO-ARGUMENTATIVA. Na proposta pedia-se para não assinar e também foi exigido um título. Além dessas duas exigências, este ano estipularam o número de dois argumentos sobre os quais o posicionamento seria desenvolvido, ou seja, dois parágrafos.
Não houve maiores surpresas, a temática era abrangente e exigia do aluno a capacidade de relacioná-la a outros temas, como por exemplo, à segurança pública e à falta de privacidade.
23 de nov. de 2009
VESTIBULAR UFRN - 2º DIA: DE NOVO, UM ARTIGO.
20 de nov. de 2009
PASSAR NO VESTIBULAR É UMA ESCOLHA
O fato é que até chegarmos ao momento da seleção, toda uma estrutura deve-se ir construindo. A preparação - seja na escola ou nos cursinhos - deve ser encarada como uma coisa sagrada, devem-se renunciar muitos momentos que poderão ser retomados após o suposto sucesso. O comprometimento com as matérias, com as dúvidas, com os detalhes constitui a pré-aceitação do resultado positivo. A partir dali, você já começou a decidir: passarei no vestibular.
Então, àqueles que já fizeram sua pré-aceitação, só tenho a dizer, parabéns. Porque, se a aprovação é uma escolha e não uma conseqüência vaga, não é preciso ficar preocupado com o que virá. Sabemos, é claro, que o processo pode ser injusto em alguns casos, mas ele é especialmente desfavorável aos que não optaram pelo êxito. Não adiantará muito reclamar por aquilo a que não se fez jus e, por esse mesmo motivo, os previamente compromissados com tal sucesso, desejo abraçá-los com toda a felicidade do mundo, por terem escolhido o melhor caminho.
Um abraço a todos os vestibulandos que se submeterão às provas dos dias 22, 23 e 24.
Cassildo.
19 de nov. de 2009
ESTRUTURAS DE CARTA E ARTIGO - ÚLTIMA CHAMADA
CARACTERÍSTICAS DO ARTIGO DE OPINIÃO
- Características aproximam-se da DISSERTAÇÃO, principalmente na estrutura INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO e CONCLUSÃO e nas estratégias para defender um argumento;
- Texto a ser publicado em JORNAL, REVISTA, SITE ou BLOG;
- Opinião do autor (independente da linha do veículo de comunicação);
- Geralmente se assina com PSEUDÔNIMO indicado pela organizadora do Vestibular (http://centraldasletras.blogspot.com/2008/08/o-que-pseudnimo.html);
- Se não houver indicação de PSEUDÔNIMO, não se deve assinar o artigo;
- Deve ser escrito em 1ª pessoa do singular ou plural, evitando-se os exageros.
CARACTERÍSTICAS DA CARTA-ARGUMENTATIVA
- Texto de cunho ARGUMENTATIVO, em defesa de um posicionamento assumido;
- Texto com leitor/destinatário específico, por isso deve haver referência ao receptor;
- Adequação dos pronomes de tratamento;
- Assinatura deverá ser com PSEUDÔNIMO indicado pela organizadora do Vestibular(http://centraldasletras.blogspot.com/2008/08/o-que-pseudnimo.html);
- Geralmente, utiliza-se a 1ª pessoa do singular, levando em conta que é um documento mais individual do que a DISSERTAÇÃO-ARGUMENTATIVA.
EXEMPLO DE ARTIGO DE OPINIÃO
TERCEIRO MANDATO: DEMOCRACIA OU REGIME AUTORITÁRIO?
Por Cassildo Souza
Muito tem se falado a respeito de um terceiro mandato para o Presidente Lula. Crescem os rumores de que ele poderá concorrer, mais uma vez, ao cargo maior da Federação. Se isso realmente se concretizar, constituirá uma forma de democracia ou um passo para o autoritarismo?
Muitos são os que defendem a sua permanência no poder, tendo em vista o bom governo que, reconhecidamente, vem fazendo. A economia permanece estável, novos investimentos estão sendo feitos no País e a maioria da população recebe ajuda financeira, por meio de programas sociais criados no governo FHC e reformulados na gestão de Lula. Por isso, a avaliação do segundo mandato alcança números bastante expressivos e não deixa de ser um dos principais fatores que reforçam o desejo de continuar exercendo o cargo.
As opiniões em contrário alegam que a possibilidade de prorrogação do mandato, através de nova eleição, contribuiria para alimentar o autoritarismo fazendo lembrar o regime ditatorial, cujos Presidentes sempre acabavam encontrando um dispositivo para permanecerem no poder mais tempo que o previsto. FHC, forte opositor de Lula, é um desses expoentes contrários à mudança. Para ele, não tem lógica Lula dizer que oito anos é pouco para se fazer o que deseja, pois criticara muito os dois mandatos do representante do PSDB, alegando que ele teve a oportunidade de fazer as reformas necessárias.
Então, qual seria o posicionamento coerente da população, já que os críticos da política brasileira comungam de opiniões diferentes, nos deixando ainda mais confusos? Trata-se de um assunto muito complexo. Precisamos atentar para o fato de que o povo, com o devido esclarecimento, poderá decidir pela continuidade ou não do Chefe do Executivo Nacional. Entendo que, mesmo Lula podendo concorrer ao terceiro mandato, só o ocupará se nós decidirmos assim. E nesse ponto, não podemos falar em excesso de autoridade; há democracia pura. O voto contrário assiste a quem discorda dessa possibilidade, optando por renovar os destinos da sociedade, caso, a seu juízo, se faça necessário.
EXEMPLO DE CARTA-ARGUMENTATIVA
Gravilândia, GV, 25 de dezembro de 2003.
Querida filha,Tenho-a criado da melhor maneira que um pai poderia fazer, considerando as condições por que sempre passamos no decorrer de nossas vidas. Apesar das dificuldades, nunca deixei de lhe dar o melhor de mim, procurei educá-la pensando em garantir um futuro digno para você e futuros descendentes. Entretanto, algumas de suas atitudes têm me incomodado um pouco ultimamente.
Sem querer bancar um pai “careta”, tenho me preocupado muito sobre a maneira como tem encarado as coisas em sua volta. Depois que conheceu aquele seu namorado, você virou a cabeça, jogou tudo para o alto e passou a cometer algumas imprudências: a maior delas, a falta de cuidados na prevenção de doenças ou de uma possível gravidez indesejada. Isso me deixa perplexo, principalmente pelas informações que você teve oportunidade de adquirir esses anos, o que naturalmente exigiria uma atitude totalmente diferente.
Lembre-se, não sou contra a sua maternidade. Aliás, considero o maior privilégio que uma mulher pode ter. Apenas não quero, caso isso venha a se concretizar prematuramente, vê-la desesperada pelos cantos, sem saber como agir pelo fato de não tê-la planejado. Vivemos num mundo recheado de mecanismos que ajudam a prevenir a gravidez, temos camisinha como o método mais conhecido, além de outros que você certamente os conhece. Por isso, peço-lhe que reflita um pouco sobre suas atitudes, você ainda nem concluiu o Ensino Médio, lembra? E o vestibular, o seu sonho de ser jornalista, de brigar pelos direitos dos mais fracos, como sempre dizia almejar quando era criança? Deixou-os de lado? Creio que não.
Filha, às vezes os sonhos podem ser interrompidos por falta de consciência. E é isso que lhe peço como alguém que a ama desde os seus primeiros passos, desde a época em que ainda segurava em sua mão para que andasse sem riscos de cair. Tome mais cuidado, previna-se; não jogue fora os seus anseios, as suas vontades, o seu futuro. Una o útil ao agradável. Divirta-se, sim, mas com prudência. E quanto ao resto, pode contar comigo e com a sua mãe, você sabe que estamos sempre prontos para dizer uma palavra de conforto, de apoio, de amor. Aquele amor insubstituível, que sentimos em nossos corações por essa linda menina que, num piscar de olhos, já virou mulher.
De seu pai que a ama profundamente,
Metódio Contraceptus
12 de nov. de 2009
QUESTÕES RESOLVIDAS - EVOLUÇÃO - 11.11.2009
01 (44). (UFPR) Em qual alternativa o vocábulo a deve receber acento grave?
a) pintou o quadro a óleo. b) Fomos a uma aldeia.
c) Dirigiram-se a Vossa Excelência. d) Voltou a casa paterna.
e) Começou a chover.
RESPOSTA: "D". Consideremos que a crase é fenômeno fonológico (sonoro) que representa a fusão de a (preposição) + a (artigo ou primeira letra dos pronomes aquele, aquela e aquilo). Assim, descarta-se a letra "A", pois óleo é masculino; na letra "B", temos preposição a + artigo indefinido uma, também descartando a possibilidade de crase; letra "C", crase proibida diante de pronomes de tratamento; letra "E", crase proibida diante de verbos. Na alternativa que corresponde à resposta (D) temos preposição a, que complementa voltou, mais artigo a exigido pela expressão "casa paterna" (diante dos substantivos casa e terra, só há crase se ambos estiverem especificados).
02(45).UFPR) Em qual das frases o a não deve receber acento grave?
a) Todos se referiam à casa de João. b) Todos aspiravam à posição de João.
c) Todos visavam à exaltação de João. d) Todos se dirigiram à casa de João.
e) Todos pretendiam à amizade de João.
RESPOSTA: "E". A crase presume regência com preposição a em relação ao vocábulo anterior. Isso ocorre em todas as alternativas até a letra "D"; letra "A", "Todos se referiam a + a casa de João (substantivo casa especificado exige artigo a), portanto recebe crase; letra "B", "Todos aspiravam a a posição de João (Aspirar, no sentido de pretender, rege preposição a), portanto, exige crase; letra "C", mesmo caso da anterior; letra "D", idem; na letra "E", o verbo pretender não rege preposição, pois é transitivo direto: "Todos pretendiam a (artigo) amizade de João".
Temos que entender crase como um conteúdo intimamente ligado a regência verbo-nominal. Se a palavra anterior traz a preposição a e a seguinte, o artigo a, certamente haverá crase, salvo nos casos em exceção como substantivos terra e casa.
Espero que tenham compreendido.
Um abraço.
Cassildo.
11 de nov. de 2009
SISTEMA DE BUSCA DO BLOG
Um abraço.
Cassildo
10 de nov. de 2009
Salve-se quem puder (Cassildo Souza)
Se é que alguém pode sair
Dessa selva de pedra,
De espinhos, de escuridão.
Viva, quem estiver
Alheio ao que está por vir.
Numa vida sem meta
Ninguém pode prosseguir.
Emaranhado de coisas estranhas
Incríveis desandos,
Mudanças tamanhas,
Tremendos abismos, milhões de ismos
Cegueira, miopia, estrabismo.
Água e fogo se juntaram há tempos
Não se consegue distinguir
Bons e maus momentos
Não há parâmetros que definam a luz da escuridão
Não há diferença entre problema e solução.
9 de nov. de 2009
SER CONTRA, A FAVOR OU FICAR NEUTRO?
3 de nov. de 2009
Apologia às artes (Cassildo Souza)
Buscar a afirmação num firme chão
Pisar as trilhas tortuosas sem aflição
Afeição que eu procuro
No muro de uma canção-poesia, solução
Para a tristeza da alma.
Seguindo as cores de uma sinestesia melódica
Banho as minhas impressões sentimentais
Renovo o viver por entre as artes
Numa plástica emoção de comover-me
Com criações, ilusões, realidades provisórias
Entreabertas diante de minha face.
Assumo identidades esfaceladas do real
Enquanto exploro a última gota de
Sensibilidade leitora que possuo
Para contemplar a genuinidade intelectual
Disposta pelos personagens da imaginação.
AINDA NÃO (CASSILDO)
Porque quero ir à forra, quando isso acontecer.
Ainda não falei,
Porque quero gritar, quando tiver que me expressar.
Ainda não pedi,
Porque quero ter direito à tudo, quando tudo estiver disponível
Ainda não tremi,
Porque tenho todo o calor em vez do frio,
Ainda não estou,
Porque quero vir totalmente, sem me dispersar
Ainda não fui,
Porque quero viver muito mais do que possa caminhar essa estrada do viver.
27 de out. de 2009
TRANSCENDIMENTO - FRAGMENTO DE MÚSICA (CASSILDO SOUZA)
Laços inlançáveis
Seres que se enlaçam
Laços que se prendem
Nós que se compreendem
Coisas que se prendem
Luzes que se acendem
Visões que me transcendem
Situações que não me entendem
(...)
Observo com PALAVRAS
Calo com o FALAR
Inferfiro com a PRESENÇA
Mesmo sem me destacar.
QUESTÕES RESOLVIDAS - EVOLUÇÃO - 26.10.2009
1.ESAF) Em todas as alternativas as palavras foram acentuadas corretamente, exceto em:
a) Eles têm muita coisa a dizer.
b) Estude os dois primeiros ítens do programa.
c) Afinal, o que contém este embrulho?
d) Foi agradável ouvir aquele orador.
e) Por favor, dêem-lhe uma nova chance.
RESPOSTA: "B". A palavra EXCETO indica o inverso do que se encontra no enunciado, portanto, dever-se-ia marcar a alternativa com palavra acentuada INCORRETAMENTE: Na letra "A", a forma verbal "têm" concorda com o pronome "Eles", plural, e por isso recebe circunflexo; na letra "C", "contém" concorda com o termo "este embrulho", singular, e por isso recebe acento agudo; na letra "D", "agradável" é paroxítona terminada em l; na letra "E", "dêem-lhe" concorda com a terceira pessoa do plural, como em "vêem", "lêem", "crêem". A alternativa da resposta, "B", explica-se pelo fato de "itens" não contemplar acento gráfico, assim como "homens", "virgens", "nuvens", "polens".
2.(TRE – RJ) A alternativa que apresenta erro quanto à acentuação em um dos vocábulos é:
a) lápis – júri.
d) raízes – amável
RESPOSTA: "E". A palavra "bambu", assim como "tatu", "Parati", "pitu", "caju", não recebe acento gráfico, pois somente as oxítonas terminadas em "a", "e", "o", "em" e "ens" são acentuadas; as que terminam em "i" e "u" não serão; já "Anhagabaú" é acentuada por que apresenta hiato formado com sílaba anterior, como os casos de "saúde", "saída", "faísca", "Maíra"´; nos demais casos, todas as palavras estão corretamente grafadas.
23 de out. de 2009
O que é que me falta fazer mais (Cassildo Souza)
Corrupção fiz questão de abolir
Guerra do Golfo cheguei a intervir
Só usando a influência de meu nome
Expulsei comandantes de renome
E pus ordem, primando pela paz
Controlei homem, moça e rapaz
Nunca mais ocorreu nenhuma guerra
Levei sossego de volta àquela terra
E o que é que me falta fazer mais bis)
Se o que fiz até hoje ninguém faz.
Eu ensinei ao Drummond de Andrade
Escrever, no quintal de sua casa
Em Itabira, eu lhe dei a minha asa
Para entender a nossa realidade
E relatar o fictício com verdade
Como o fazem os poetas imortais
Se inspirando de maneira eficaz
E nos trazendo momentos bem distintos
Expressando até mesmo seus instintos
E o que é que me falta fazer mais (bis)
Se o que fiz até hoje ninguém faz.
A Rei Pelé, a Garrincha e Maradona
Fui eu mesmo que os fiz trazer a arte
Do futebol que de nós ora faz parte
Tornando a bola a nossa primeira dona
Eliminando todo o esporte cafona
Deixei os outros países para trás
Desguarnecidos, com jogadas “imorais”
Comandadas por Romário e Ronaldo,
Dunga, Bebeto, Ronaldinho e Rivaldo
E o que é que me falta fazer mais (bis)
Se o que fiz até hoje ninguém faz.
A ciência foi por mim desvencilhada
Após o surto que foi a Filosofia
Fiz o que ninguém no mundo o faria
Fiz que a terra deixasse de ser parada
A Matemática foi uma coisa inventada
Química e física eu criei bem lá atrás
Para curar as doenças anormais
Eu fiz surgir neste mundo a Medicina
E ensinei a compor Penicilina
E o que é que me falta fazer mais (bis)
Se o que fiz até hoje ninguém faz.
O maior mérito eu agora vou contar
Que foi trazer a figura do repente
Violeiros, uma classe inteligente
O maior prêmio de que posso me orgulhar
Os cantadores, que eu gosto de contemplar
Todos rompendo limites convencionais
Municipais, estaduais ou federais
Pra que o povo lhes dispensem seu apreço
E nunca mais errem o seu endereço
E o que é que me falta fazer mais (bis)
Se o que fiz até hoje ninguém faz.
O SISTEMA DE TRANSPORTE BRASILEIRO
17 de out. de 2009
LÍNGUA PORTUGUESA: TERROR DAS ESCOLAS E CURSINHOS
Eu tenho-me, ultimamente, conscientizado de que meu papel - na contribuição para aqueles que desejam aperfeiçoar-se em escrever melhor - é bem mais difícil do que pensava há alguns anos, quando me aventurei nessa profissão. Eu não posso focar apenas o interesse ou desinteresse do aluno, e sim tenho também que estar preparado para a desatenção dos meus "comandantes" em relação à minha disciplina; ao desinteresse com que tratam, como se fosse apenas uma matéria complementar, para compor uma grade que, pelas convenções, deve ser toda certinha.
Falo isso com uma imensa tristeza, pois o desabafo geralmente remete à uma desculpa antecipada de um fracasso. Não é o meu caso. Longe de ser um narcisista, nunca achei que sou medíocre, embora tenha a plena consciência de que sempre precisarei melhorar. No entanto, procuro desenvolver um trabalho sério e, contraditoriamente, sou mal-interpretado por isso. A ser mal-compreendido pelos meus alunos, posso até concordar em parte. A ser preterido pelos que coordenam as instituições de ensino, fico impressionado como podem essas pessoas desconsiderar a importância da Língua Portuguesa. Porque aqui não se discute a rejeição em relação à pessoa do Professor Cassildo, mas em referência a uma área do conhecimento fundamental em qualquer situação.
Eu nunca vou me acomodar ou me acovardar diante dessas situações. Só não consigo impregnar em minha cabeça que pessoas responsáveis pela educação tenham tal mentalidade. Deve ser por isso que o desempenho médio na redação dos vestibulares é pífio e, também por isso, são vários os profissionais que mesmo tendo cursado o nível superior não escrevem bem, não se fazem entender corretamente. Eu espero - e vou fazer a minha parte - que um dia a nossa língua seja valorizada como merece e que todos - principalmente os que se consideram educadores - possam compreender de uma vez por todas que sem comunicação não há vida fácil.
14 de out. de 2009
REVISÃO DA CENTRAL DE CURSOS - QUESTÕES RESOLVIDAS
“Foste assaltado(1). Bem, a primeira coisa a dizer é que isso não chega a ser um fato excepcional (2). Excepcional é ganhar um bom salário, acertar a loto: mas ser assaltado é uma experiência que faz parte do cotidiano de qualquer cidadão brasileiro (3). Os assaltantes são democráticos: não discriminam idade, nem sexo, nem cor, nem mesmo classe social – grande parte das vítimas é das vilas populares(4).
É claro que na hora não pensaste nisso. Ficaste chocado com a fria brutalidade com que o delinqüente te ordenou que lhe entregasse a bicicleta [...].”
Pode-se afirmar que o elemento lingüístico em destaque refere-se às informações contidas:
A) nos três últimos períodos do primeiro parágrafo.
B) nos quatro períodos do primeiro parágrafo.
C) nos dois primeiros períodos do primeiro parágrafo.
D) nos três primeiros períodos do primeiro parágrafo.
QUESTÃO 27.(UFRN) Considere o trecho:
“Entregaste e fizeste bem: outros pagaram com a vida a impaciência, a coragem ou até mesmo o medo [...].”
No período acima, o apagamento dos dois-pontos implicará o uso de uma conjunção/locução conjuntiva a fim de explicitar a correta relação semântica que se estabelece entre as orações por eles interligadas.
Feita a substituição devida desse sinal de pontuação (sem que se altere o sentido original), o período deverá ser reescrito da seguinte forma:
A) Entregaste e fizeste bem, logo outros pagaram com a vida a impaciência, a coragem ou até mesmo o medo.
B) Entregaste e fizeste bem, assim como outros pagaram com a vida a impaciência, a coragem e até mesmo o medo.
C) Entregaste e fizeste bem, porque outros pagaram com a vida a impaciência, a coragem ou até mesmo o medo.
D) Entregaste e fizeste bem, à medida que outros pagaram com a vida a impaciência, a coragem ou até mesmo o medo.
QUESTÃO 29. (UFRN) “Deixa-me dizer-te, antes de mais nada, que a tua indignação é absolutamente justa.” (linhas 19 e 20) Mudando-se de tu para você o tratamento dado ao destinatário da carta, o período, de acordo com o registro culto da língua escrita, deverá ser reformulado do seguinte modo:
A) Deixa-me dizê-lo, antes de mais nada, que a sua indignação é absolutamente justa.
B) Deixe-me dizer-lhe, antes de mais nada, que a sua indignação é absolutamente justa.
C) Deixa-me dizer-lhe, antes de mais nada, que a tua indignação é absolutamente justa.
D) Deixe-me dizê-lo, antes de mais nada, que a tua indignação é absolutamente justa.
13 de out. de 2009
RETA FINAL DO VESTIBULAR
5 de out. de 2009
UTOPIAS QUE NÃO SE VÃO
2 de out. de 2009
Sereno ( Cassildo Souza)
Entro sem me atingir
Fáceis de se diluir
São pensamentos que vagueiam.
Templos, que vierem a mim
Campos em que eu ande sem fim
Antes de tudo, distanciar do fim
Em trilhas que me norteiam.
Vasto como um ser em êxtase
Coisas sem importância deixam-se
Ações que me venham, mexam-se
Pois as superficialidades fecham-se.
Misto de experiências vividas
Misturas das varias minhas vidas
Loucuras temporárias descabidas
No final boas coisas exercidas.
Conclusão: variação de meu sistema
Me vindo com certeza ou dilema,
Estando em risco ou situação amena,
Quero ver e cruzar a via serena.
MEC DIVULGA PROVA ANULADA DO ENEM
30 de set. de 2009
A REDAÇÃO NO ENEM
- Nunca assinar o texto, sob pena de anulação;
- Assumir um posicionamento claro, caso seja solicitado na proposta;
- Estruturar o texto em, no mínimo, três parágrafos (introdução, desenvolvimento e conclusão);
- Evitar o uso da 1ª pessoa do singular;
- Não fugir radicalmente ao tema, sob pena de anulação;
- Atribuir um título, principalmente se for solicitado;
- Dar caráter de imparcialidade ao texto (não se deixar levar pelas próprias opiniões, perdendo, com isso, a capacidade argumentativa).
Desejo boa sorte a todos os candidatos e que o ENEM possa servir, se não de ajuda no ingresso à universidade, como forma de medir os conhecimentos apreendidos durante o ano.
Um grande abraço.
Cassildo.
MEU CONTATO COM AS LETRAS
28 de set. de 2009
SER PROFISSIONAL, O QUE É?
21 de set. de 2009
VOLTANDO
14 de set. de 2009
Estranhos (Cassildo Souza)
Máscaras invisíveis
"Caras" deformadas
Nada por esforço
Frágeis e acessíveis
Mãos manipuladas.
Nada inocente
Tudo intenção
Todos sem razão
Estranhos relativos
São dissimulados
Nessa escuridão.
Obscuridade
Lei contemporânea
Impera sobre nós
Não se há clareza
Fachadas de beleza
Notadas no após.
Depois de tudo, nada
Indefine-se na calada
Qualidade do atroz.
10 de set. de 2009
O SILÊNCIO (CASSILDO SOUZA)
Não mais me dirigirei à Tua Senhoria
Se era a minha voz o tormento
Tranqüiliza-te: eu me calarei
Não a ouvirás mais
Não mais ouvirás eu
Apenas deixa-me terminar
Mandar-te a mensagem que ainda resta
Para que não se tenham dúvidas
Para que não sobrem brechas
Um dia, esquecerás de ter-me ouvido
Não precisarás ter uma má recordação
Não serei eu culpado por não falar
Ficarás imune, permanecerás intacta
Continuarás a estrada
Sem que eu te seja a pedra
Os caminhos voltarão a brilhar
E eu sumirei a partir do meu silêncio.
8 de set. de 2009
ALGUNS TEMAS FAVORITOS PARA OS VESTIBULARES
PRÉ-SAL. A descoberta de reservas petrolíferas abaixo da camada do sal tem sido matéria bastante abordada na imprensa nacional e ganha força para o vestibular. O Governo tem feito declarações muito positivas, considerando uma grande possibilidade econômica, principalmente pela eventual escassez do petróleo no mundo. Para isso, defende que investimentos gigantescos precisam ser realizados, além da criação de outra estatal para controlar a exploração: a Petro-Sal. Os contrários dizem que é preciso ter cuidado para que o País não seja vítima da maldição do Petróleo, ou seja, ficar dependente do mineral, descuidando-se de outros ramos econômicos igualmente ou mais viáveis. Além disso, alertam para as dificuldades geológicas, uma vez que a profundidade pode chegar até aos 7.000 metros.
LEGALIZAÇÃO DO ABORTO. Tem sido cada vez mais freqüente a discussão sobre o tema que, inclusive, foi cobrado no Exame do CEFET de 2008. Para quem a defende, a mulher é dona do corpo e, por isso, deveria decidir o que fazer com o seu filho, principalmente em caso de não ter condições para criá-lo. Por outro, quem o condena (principalmente as religiões Católica e Protestante) renega a prática por entender que ninguém tem o direito de impedir que uma vida seja gerada, especialmente quando os pais poderiam ter evitado a gravidez, na maioria dos casos, precoce.
LEI ANTIFUMO. A Lei estabelecida em agosto, na cidade de São Paulo, até serviu de modelos para outras localidades. A determinação é que locais fechados de uso coletivo não permitam o fumo, a fim de preservar a saúde dos não-fumantes ou fumantes passivos, que algumas vezes são mais afetados que os próprios fumantes. Para as pessoas que não apreciam o cigarro, o argumento é de que a norma constitui uma maneira de possibilitar mais saúde aos ambientes públicos. Os que fumam, porém, entendem que deveria existir uma melhor orientação por parte dos estabelecimentos, respeitando igualmente a todos.
SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL. Desde ano passado, com o surto da Dengue, o tema de saúde pública tem adquirido força. Esse ano, com a pandemia da Gripe A (H1N1), é possível que alguma banca exija aos candidatos a abordagem desse assunto tão importante e tão controverso, sem, no entanto, priorizar determinada doença.
VIOLÊNCIA. O Brasil sempre foi conhecido pela desestruturação urbana, e a violência resulta como principal ponto negativo dessa desorganização. Mas essa temática pode ser cobrada sob as diversas formas de manifestação, pois existem, além da violência urbana, a violência familiar, no trânsito, infantil/pedofilia e até na escola. Colocar a educação como elemento decisivo para a mudança no quadro é estratégia interessante, principalmente fazendo-se a correlação com o que ela pode trazer em termos de instrução, disciplina e qualificação profissional.
CORRUPÇÃO. Infelizmente, esse tema também está sempre em vigência. Todos os dias sabemos de algum caso de corrupção no País, em especial envolvendo autoridades que deveriam zelar pela probidade, honestidade e zelo pelo dinheiro público. De 2005 para cá, foram várias as crises envolvendo a Câmara dos Deputados e o Congresso Nacional: Mensalão, Mensalinho, Renúncia de Renan Calheiros e, agora, o caso dos Atos Secretos, cuja repercussão ajuda a pressionar a saída do Presidente do Senado, José Sarney.
PRÉ-SAL: GARANTIA DE SUCESSO ECONÔMICO E POLÍTICO?
Com previsões cada vez mais fortes de que o petróleo estaria chegando a seu limite, entendo que encontrar reservas desse tamanho não pode ser um fato a passar despercebido. Por isso, o episódio tem sido tratado - em especial pelo Governo - como um dos aspectos decisivos na afirmação da economia do País, num período em que o mundo passa para uma crise gigantesca, embora aqui ela não tenha atingido as proporções que se esperavam. Além dessas questões, no âmbito político isso pode servir como "carta na manga" dos governistas, levando-se em conta a sucessão presidencial que começa a ser esboçada. O Petróleo, certamente, será o carro-chefe da eventual candidata Dilma Roussef, a qual já foi - inclusive - Ministra das Minas e Energia. Analiso que o otimismo é totalmente compreensível, tanto pelo lado econômico como do ponto de vista político.
Contudo, nada está garantido: ouvi já especialistas dizerem que a viabilidade do pré-sal dependerá, em muito, de diversos investimentos, principalmente na área tecnológica. No que tange o aspecto geológico, não será fácil explorar tais reservas sem um planejamento bem desenhado, haja vista que a profundidade medida até se chegar ao mineral pode alcançar os 7.000 metros e, até se atingir o local específico - com a necessidade de fixar os cabos de âncora e com a resistência natural das rochas - muitos procedimentos precisam ser bem realizados, o que exige sabedoria e competência. Outra questão, a financeira, também deve ser cuidadosamente analisada: estima-se que será necessário gastar pelo menos 1 bilhão para que a estrutura de exploração garanta sucesso e, conseqüentemente, rentabilidade econômica. É realmente um desafio, não basta "apertar um botão".
Independentemente da viabilidade do negócio, é interessante cuidar para que o País não se torne vítima da "maldição do petróleo". É um momento importante, cujas ações poderão dar muitos frutos à economia nacional, entretanto, não se deve esquecer das demais potencialidades existentes e que merecem igual importância por parte do Governo. A nação deve ter equilíbrio, sendo a exploração petrolífera um dos pilares para fortalecer o crescimento, não o único.
Se as ações em referência forem devidamente observadas, o Brasil pode, realmente, ter motivos para comemorar futuramente. Nem iremos descartar uma possibilidade econômica tão forte, nem tampouco nos esquecermos das várias outras riquezas de que somos possuidores. Tudo dependerá da maneira como esse processo será conduzido e, em caso de competência, clareza e bom senso, nada impedirá que nos tornemos uma "potência", palavra tão pregada nos últimos tempos pelas nossas autoridades.
3 de set. de 2009
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
Denotação significa o sentido real, original, literal. Aquele encontrado no Dicionário.
Conotação é justamente o desvio desse sentido original, por meio da comparação.
Vejamos os exemplos:
A lua estava cheia ontem. A Terra ficou toda iluminada.
Aqui, o vocábulo LUA está tomada em seu sentido real, o satélite natural do Planeta e que recebe a luz do sol para também clarear a Terra. Portanto, temos sentido DENOTATIVO.
Diferentemente, ocorre uma FIGURAÇÃO DE SENTIDO (CONOTAÇÃO) com o trecho a seguir:
29 de ago. de 2009
CAMINHOS PARADOXAIS (CASSILDO SOUZA)
É A MESMA QUE TE ABSOLVEU
NO TEMPO EM QUE FAZIA PARTE
DESSE UNIVERSO TEU.
POR ISSO A VIDA É DUAL
CONTRADITÓRIA, PARADOXAL
A METAMORFOSE É CONSTANTE
O INTERVALO É INSTANTE.
AMBULANTES SÃO IDÉIAS
OPINIÕES SÃO MUTÁVEIS
CONTRÁRIOS VIRAM DE LADO
AS CERTEZAS, IMPROVÁVEIS.
HÁ TRÊS FACES DA VERDADE
A PRIMEIRA, A SITUAÇÃO
A SEGUNDA, A INDECISÃO
A TERCEIRA, A OPOSIÇAO.
O NADA ESTÁ EM TUDO
A FALA SAI-SE DO MUDO
O MUNDO VIRA BRINQUEDO
O MEDO VIRA ESCUDO.
A DÚVIDA ESCURECE O CLARO
O RARO SE ESCLARECE
PERECEM AS CONJECTURAS
QUE SE APÓIAM EM ARMADURAS.
VERDADES NÃO CORROMPIDAS
MENTIRAS QUE ESTRELAM
AS SITUAÇÕES DAS VIDAS
COM COISAS QUE SE APELAM.
28 de ago. de 2009
Hiato (Cassildo Souza)
O hiato que se formou
Entre nossas esquisitas idéias?
Esse abismo, para onde deslocar
Se tudo mantém uma oposição
Se nada se obtém no núcleo da razão?
Caminhos descaminhados
Descaminhos prolongados
Nesses ninhos enrolados.
Tiros não acertados
Tombos não planejados
Em rebeldias sem causa.
Muitos emaranhados
Indefinidos estados
Que não apresentam pausa.
E a direção, sem um norte
Sem forte orientação
Na calada das incertas.
Pudesse eu escrever
Tudo que quero dizer
Sem as feridas abertas,
Diria, em alto tom
Não há nada assim tão bom
Que não emita alertas.
O espaço que cresceu
Distância que percorreu
Nada muito adiantou.
Esperarei por resposta
Sem figuras de retórica
Essa questão está posta.
Nada se modificou
Onde está esse meu “eu”,
Para onde se voltou?
21 de ago. de 2009
O "HERALDÊS"
ALINHANDO OS OPOSTOS (CASSILDO SOUZA)
O início-conclusão
Da estranha sensação.
O redondo aplainado
O espinho perfumado
Desse escuro-clarão.
E o direto-inverso
Quanto seco no molhado
Quanto cheio no vazio.
E o bondoso-perverso
Quanta emoção racional
Quanta cheia no estio.
E vida-morte sempre
O sofrer prazerosamente
Inicia o final.
A reta-torta se cansa
E o estático se lança
Nesse enigma-sinal.
19 de ago. de 2009
LEI ANTIFUMO - UM PASSO PARA O AVANÇO
13 de ago. de 2009
MODELO DE CARTA ARGUMENTATIVA
Brasília, 30 de julho de 2009.
Excelentíssimo Senhor Presidente José Sarney,
Com as minhas considerações, venho tratar de um assunto bastante recorrente na mídia nos últimos meses, o qual envolve diretamente V. Exa., como Presidente do Senado Federal, Casa pela qual tenho o maior respeito. Trata-se de denúncias de favorecimento a vários senadores, por via de Atos Secretos, inclusive o Senhor, fato que envergonha a todos nós, brasileiros.
A minha visão é de que o Senhor Presidente deveria pedir afastamento do cargo. Sem querer fazer um julgamento precipitado, mesmo porque todos são inocentes até que se prove o contrário, o fato é que as denúncias existem e não são simples. São muitos os indícios de beneficiamento ilícito, como casos de nepotismo e aumento de verba indenizatória, sem publicação nos devidos órgãos de imprensa oficiais. Vossa Excelência aparece ligado a diversos desses Atos e, por isso, acho que sair, pelo menos temporariamente, seria uma prova de que pretende colaborar com as investigações.
Tais investigações constituem um elemento decisivo para a transparência pública, uma vez que a sociedade precisa ter conhecimento de como o dinheiro de seus impostos e tributos estão sendo aplicados. Num país em que a educação e saúde, só para citarmos duas áreas, costumeiramente vão de mal a pior, é inadmissível aceitarmos que ocorrências dessa natureza sejam consideradas normais. Por esse motivo, entendo que o Excelentíssimo Senador deve pedir licença, visando sempre ao interesse público.
Como cidadão brasileiro, consciente de minhas obrigações e direitos, é este o meu posicionamento. Se quem não deve não teme, dê-se a chance de esclarecer o que Senhor mesmo chama de denúncias infundadas, e isso só pode ser feito a partir do momento em que não mais ocupar a Presidência dessa Egrégia Casa, pois a sua imagem estará desvinculada de toda e qualquer “manobra” que porventura exista para não prolongar o caso.
Povo Consciente.